12: origens

Arnold Smith parte 1

Fevereiro de 2022, Texas, Estados Unidos

Eu e minha família estávamos de mudança e acabávamos de chegar em nossa nova casa, o lugar era tranquilo, silencioso e pacato, de certa forma era até mesmo reconfortante. Eu ajudava meus pais a carregar algumas caixas com nossas coisa quando o nosso novo vizinho da casa a frente deixa de lado o que estava fazendo e vem até nossa direção:

- Olá, vocês são os novos moradores da casa? Querem ajuda?

- Boa tarde, sim, nós somos os novos moradores, como sabia? - Meu pai responde o moço

- Eu era amigo do antigo morador da casa, ele tinha comentado que tinha vendido a casa, bem, e além de tudo não é muito difícil de perceber. Se quiserem posso ajudar a levar as coisas pra dentro, minha agenda não está muito lotada hoje mesmo

- Aproveitando que esse senhor tão generoso veio nos ajudar eu vou aproveitar e ir começar a preparar o almoço logo, tô morta de fome, inclusive, o senhor não quer almoçar conosco hoje? - Minha mãe diz se intrometendo na conversa

E o vizinho a responde:

- Seria uma honra, vocês parecem ser bem animados - diz ele enquanto solta leves gargalhadas - mas já que está com tanta fome assim vocês podem almoçar lá em casa, minha esposa já está com almoço quase pronto. Sabe, meus filhos foram embora a um tempo, então eu e ela moramos sozinhos, seria ótimo que vocês nos fizessem companhia hoje ela iria adorar! - O senhor exclama com ânimo enquanto ajuda meu pai a carregar alguma caixas para dentro de casa

Eu não fico muito para ajudar meus pais, logo minha mãe me pede para me arrumar parar ir pra escola, e eu obedeço. Eu entro novamente naquela casa um tanto velha, porém conservada, subo as escadas e antes de ir me arrumar procuro logo um quarto para mim, não poderia perder a oportunidade de escolher meu quarto. Sigo os corredor do segundo andar dando uma rápida olhada por todos os quartos, chegando no último quarto do corredor encontro um pequeno em relação aos outros, dando uma rápida olhada como nos outros eu encontro um pequeno alçapão no teto, próximo a porta, eu puxo o mesmo e escada empoeirada e barrulhenta começa a descer. A curiosidade me fez esquecer o que minha mãe me pediu pra fazer, era um lugar pequeno, apertado, escuro e empoeirado, aparentemente nem menso os antigos moradora vinham aqui, o que poderia esconder esse lugar? Talvez nada, mas o sentimento de mistério e a expectativa de poder haver algo ali me atraia, mas antes mesmo de conseguir entrar direito no sótão eu escuto minha mãe aos berros me apressar, haveriam novas oportunidades para explorar ali, então eu deixo a curiosidade um pouco de lado, e me levo rapidamente ao banho

Após um rápido banho, eu pego minha blusa branca, minha calça jeans azul escura e minha jaqueta de couro preta, me despeço dos meus pais e parto em direção a escola. No meio caminho para a escola algo me chama a atenção, perto de uma esquina eu ouço alguns barrulhos e resmungos, algo como uma briga, e novamente a curiosidade volta a sussurrar em mim, me chamando e tentando a ver o que estava a acontecer ali, me aproximando eu vejo dois garotos, um deles usava óculos, era alto e magro, ele estava no chão ao lado de uma lata de lixo enquanto o outro garoto estava cercando ele.

- Jonathan, eu te pago seu almoço, qual é, eu não te fiz nada, me deixa em paz, por favor, você não precisa fazer isso! - berrava o garoto no chão

- Fala baixo idiota, alguém vai te escutar e olha aqui, independente de como for você já ia pagar nosso almoço de todo jeito, inclusive semana passada você disse que ia me pagar minha nova jaqueta, aquela que você manchou com comida na semana passada, acha que eu esqueci? Inclusive, como você ainda não pagou não pensa que vai sair barato, vai ter uma taxinha de juros em cima disso aí - Disse o garotos que cercava o de óculos, um com a pele mais clara, cabelo longo e um corpo mais atlético