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Scarlett e eu dormimos juntas mais vezes, antes dela simplesmente cortar contato comigo e me tratar como uma simples amiga de seu filho e uma vizinha qualquer. Eu sentia falta dela e, embora tentasse seguir em frente com a minha vida, sempre se lembrava de Scarlett, das noites que compartilhamos e da paixão que eu sentia por ela.

Naquela noite em que dormimos juntas pela 5ª vez, Scarlett tentou dizer para mim, depois que terminamos de fazer sexo, que essa seria a última vez que nos veríamos. Ela não foi rude, não foi agressiva, mas, num tom triste, tentou dizer isso de uma forma gentil.

— Eu... tenho que parar. — ela disse isso com uma voz triste, enquanto ainda me abraçava e me segurava perto.

— O quê? — perguntei, ainda respirando irregularmente. Ela deu um último beijo em meus lábios, antes de se afastar de mim, em um tom calmo, mas sério, ela diz:

— Não podemos continuar fazendo isso...

Me sento na cama, confusa.

— Não podemos continuar nos vendo, você diz? — ela respirou fundo, tentando se conter.

— Sinto muito, quero dizer... sim. Não podemos. Não podemos continuar dormindo juntas. — ela disse isso com um tom sério, mas sua expressão facial sugeria que ela estava triste e desapontada. — Eu tenho que ir, Jones. — ela estava tentando mostrar alguma determinação em sua voz para sair o mais rápido que pudesse, apesar de parecer que se sentia mal por estar me machucando.

— Scarlett? — digo isso em um tom confuso e surpreso, vendo ela se vestir.

— Olha, eu entendo que essa pode não ser a mensagem que você quer ouvir, mas é assim que tem que ser. Isto não pode ir mais longe. — disse com um tom sério, mas muito gentil, como se estivesse tentando me confortar, mesmo sabendo que era ela quem a estava me machucando. Ela olhou para mim novamente, como se quisesse me abraçar ou me beijar uma última vez... mas sabia que tinha que ir embora.

— E você vai embora sem mais nem menos? — perguntei, com a testa franzida. Meu tom de voz está mudando para um incrédulo. Sua expressão facial ficou triste, enquanto respirava fundo. Scarlett assentiu, seu rosto ficando ainda mais triste do que antes.

— Eu sei que isso parece ruim... — ela disse com uma voz calma, mas decepcionada, como se estivesse tentando demonstrar algum remorso. — Mas eu tenho meus motivos... — continuou, ainda no mesmo tom e expressão. — Apenas acredite... — concluiu ela, dando um sorriso triste, mas gentil, como se soubesse que estava me machucando, mas acreditasse que o que estava fazendo era a coisa certa.

Eu tinha uma expressão confusa, surpresa, magoada e incrédula. Eu não podia evitar, Scarlett havia se tornado algo mais especial para mim. Algo que ela não vai ser. Algo que ela não pode ser. Algo que eu não devia considerar.

Ela ficou ainda mais triste e preocupada comigo.

— Jones... — ela finalmente disse, mas depois parou por um momento, tentando conter suas emoções. — Eu... eu não queria fazer isso, sei que você não merecia, mas tem que ser assim, acredite... — continuou, com a voz suave, como se quisesse ficar, mas ela sabia que precisava ir embora. Eu assenti, desviando o olhar. Ela se aproximou de mim, como se quisesse dizer uma última palavra. — Eu sinto muito. — a voz dela estava mais preocupada e cheia de tristeza, como se ela estivesse realmente triste por ter me machucado, mas estivesse tentando ser o mais forte possível. — Tenho que ir agora. Se cuide. — ela disse com uma voz calma, antes de se virar lentamente e sair, fechando a porta atrás dela.

Nessa noite eu desabei, pois havia me apaixonado por Scarlett.

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