Capítulo vinte e sete

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Alina narrando:

A família Thompson é incrível, de dar inveja a qualquer um. Eu sempre quis ter uma família grande e ver todos reunidos assim, brincando, se divertindo e até mesmo implicando uns com os outros me deixou ainda mais desejosa de ter algo parecido. Minha família é pequena, é difícil com que todos se reúnam. Eu os vejo pouco e tudo em casa é sempre silencioso. Passar a infância sozinha sem ter irmão para brincar e até mesmo brigar era minha única reclamação.

Embora todos os irmãos Thompson fossem lindos, Noah tem algo que se destaca do resto. Seu sorriso é fácil e praticamente volta a ser criança quando está com sua família. Assim como o restante, eles se divertem juntos e a companhia uns dos outros basta. Todos, sem excessão, me recepcionaram e me trataram super bem, o que me deixou muito feliz e em paz.

Eles são completamente receptivos e amorosos, totalmente diferente do que meu pai um dia me disse.

Enquanto estava longe, fiquei a todo instante admirando meu namorado. Existe algo nele que encanta de uma maneira diferente, além da sua beleza indiscutível e seus músculos perfeitos. E é só fechar os olhos que eu sempre me pego imaginando o quanto é delicioso ter suas mãos deslizando sob minha pele enquanto estou em torno de seus braços fortes.

Despedir-me de Noah ao final do dia foi difícil. Ele me deixou em meu apartamento e se foi. Por mais que eu quisesse ficar junto com ele, Noah saiu para assistir jogo com Harry, Louis e Nicolas. Ele até me convidou para ir junto, mas prontamente neguei, não queria atrapalhar sua noite com os garotos, afinal, ele também precisa se divertir apenas com seus amigos.

Voltar à minha rotina normal depois de um final de semana agradável foi realmente difícil. Acordar, ir até o escritório, estudar casos, audiências, contratos e papéis burocráticos foi exaustivo.

No meio da semana, logo após o almoço na casa dos Thompsons, meu pai apareceu de surpresa na empresa e me convidou para almoçarmos juntos.

Foi bom passar um tempo com ele de modo descontraído, sem assuntos corporativos envolvidos em nossa conversa. Oliver estava calmo, alegre e um tanto carinhoso, o que me fez me culpar mentalmente por estar mentindo e escondendo as coisas dele.

Depois que voltei a trabalhar, passei a tarde todo martelando a mudança radical que vem acontecendo em minha vida desde do meu retorno a Londres.

No final do expediente, pego meu celular sobre o aparador ligando para Celeste urgente. Ela com certeza vai conseguir me distrair.

-Celeste!_falo assim que ouço sua voz aguda.-Está podendo conversar?

-Na verdade não._ouço ela se despedir de alguém.-Estou finalizando meu expediente.

-Então te ligo depois.

-O que houve?_suspiro, deixando meus ombros caírem.

-Só queria conversar...sobre meu pai.

-Me encontre no Mc donald's de Cambridge em vinte minutos._sorrio, animada.-Estou mesmo precisando de um hambúrguer com fritas.

-Ah, que máximo!_exclamo.-Te encontro lá, amiga.

-Ok.

-E...Celeste?

-Sim?_ouço seus passos apressados.

-Obrigada.

Apenas diga que me amaOnde histórias criam vida. Descubra agora