Cap.3

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5 de maio de 1890 -

Visitei a casa do meu amigo ontem a tarde, fui para lá por volta das 16:30, fazia 2 meses que não o via. John estava muito entusiasmado por me ver, fui convidado para entrar e logo percebi a mudança em sua casa, as paredes estavam com cores diferentes, estava um tom de marrom avermelhado com contornos em dourado, outrora eram
em uma cor azul celeste com contornos em florais brancos.
A casa em si era rústica, no exterior tinha se nas paredes pedras portuguesas, que decoravam toda a entrada. Era lindo de se ver, tudo em seu devido lugar.

Enquanto eu examinava da porta o interior e o parte da frente da casa, Dauson diz de repente vendo meu silêncio :

- Vai ficar ai parado sem fazer nada?

- Estava olhando como você é feio - eu disse com uma meia risada nos lábios começando a adentrar a casa.

Me sentei em um sofá de couro, em frente a uma lareira, então ele se sentou em uma poltrona ao meu lado esquerdo e começou a dizer:

-Como foi sua viagem até aqui? desculpe me as vezes esqueço o quão longe minha casa é da cidade - ele disse sorrindo alegremente.

- Foi muito bom, andei até o final da cidade, de lá peguei carona atrás de uma charrete com uma mula, o senhor que estava dirigindo foi bem simpático e concordou em me deixar algumas quadras antes de sua casa.

- Que bom meu amigo, seria uma tortura andar isso tudo totalmente a pé - logo ele abaixou a cabeça e a coçou - Preciso que você vá para a transivania, e saia até amanhã de manhã. O conde Drácula odeia quaisquer tipo de atraso, e eu já mandei uma carta para ele insinuando que haveria outra pessoa para atendê-lo - ele parecia estar apreensivo - a viagem é longa, então espero que você ja esteja preparado.

- Sim John, já está tudo preparado para a partida, já arrumei meu baú com minhas roupas, livros e mapas dos municípios da Inglaterra.

Então apareceu a esposa de Dauson com uma bandeja de prata com xícaras de porcelana, com o frescor de camellia sinensis,mais conhecido como chá preto. Encheu lhe uma xícara e entregou nas mãos do marido e veio ate mim e perguntou:

- Senhor aceita uma xícara de chá? ou quem sabe um biscoito.

- Aceito somente o chá, obrigado.

Ela encheu a xícara e me entregou cordialmente. Tomei um gole daquele que parecia ser um maravilhoso chá, e era delicioso.

- Enfim, preciso que faça o conde comprar o lugar mais caro e perto do centro o possível - ele me olhou com um ar de preocupação estampado no rosto.

- Claro que irei sim, é o meu trabalho, sei muito bem o que fazer com esses tipos de ricos - dei um pequeno gole em meu chá - espero que ele seja apenas um bom cachorrinho e aceite tudo o que eu propor.

- Tome cuidado com o que fala Jimin, o Drácula tem fama de ser um homem muito cruel e insensível, por favor, tenha cuidado para ele não fazer algo de ruim com você.

- Claro, irei tomar cuidado com minhas palavras, obrigado pela preocupação, mas não precisa se preocupar.

-Escreva para mim todos os dias, até o dia que você chegar, para eu ter certeza que está tudo bem contigo.

-Pode deixar, irei te mandar uma carta todos os finais de semana, talvez demore muito tempo para chegar, mas já bastará para o seu coração ficar tranquilo - Tomei o chá completamente e coloquei a xícara em cima de uma mesa pequena ao lado do sofá - muito obrigado por me receber, tenho que ir, tenho que preparar algumas coisas antes de partir.

Me levantei e quando estava prestes a sair pela porta, John veio até mim e abriu a porta e fez um gesto de que eu poderia passar.

- Tenha uma boa viajem, e tome cuidado com os lobos na viagem, está se tendo muitas notícias de ataques.

Doce vampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora