Cap.4

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6 de maio de 1890-

Logo pela manhã, enquanto eu comia meu desejum, ouvi alguém bater em meus portais, me levantei, andei até a porta alta de madeira de minha casa, e a abri, era um homem de estatura baixa e corcunda, ele usava roupas comuns de um cocheiro e seus olhos pareciam totalmente opacos, sem brilho algum, além da pele extremamente pálida, parecia um cadáver em minha frente.

- O que deseja? - eu disse com a voz meio embargada por causa do sono que ainda restava em mim.

- Bom dia senhor, sou o cocheiro que irá te levar até o castelo do meu senhor conde vlad drácula. - disse ele fazendo uma leve reverência.

- Oh, só um minuto irei traz...- ele me interrompeu.

- Senhor, deixe que eu entre em sua casa e pegue suas coisas e coloque atrás na carruagem, estou sendo pago para isso senhor.

- Então entre, minhas coisas estão na sala de visitas logo alí. - Apontei com um dedo longo para a uma sala ao lado direito - Tome cuidado, dentro das malas estão coisas frágeis.

- Sim senhor - dei espaço suficiente para ele passar e logo foi pegando minhas malas, não era muita coisa, eram 3 malas grandes e uma mochila de lado pequena.

- vou subir para tomar um banho e vestir uma roupa descente.

- Ok, Senhor Park Jimin

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Antes estava com um pijama listrado vermelho, agora já estava com um traje de alfaiataria clássica, totalmente de cores em azul marinho. Desci rapidamente pelos degraus de minha casa, e desci ate o saguão, avistei o cocheiro parado do lado de fora da minha porta entre aberta, lá estava ele me fitando com aquele olhar frio e obscuro.
Enquanto eu trancava minha porta, ele abriu a porta da carruagem e ficou esperando por mim. Entrei, e ele fechou a porta logo em seguida e seguimos viagem

Já estava no começo da madrugada, em meu relógio marcava exatamente 02:40, ao que parecia, já estávamos fora da Inglaterra. Vi pela janela que circulava entre nós uma névoa densa, eu não conseguia ver nada do que estava do lado de fora, e fiquei preocupado do cocheiro estar tendo problemas com sua visão, abri a janela do lado direito, me debrucei sob a porta e perguntei em alto e em bom tom:

- Ei senhor? está conseguindo ver algo? poderíamos parar e esperar está névoa diminuir.

- Sabia que...o drácula é um vampiro sanguinário?... - ele sussurrou quase inaudível, olhando para frente sem exitar.

-Que? - Eu perguntei tentando entender o que ele estava dizendo.

- O conde Drácula matou milhares de pessoas quando ele era um líder militar, ele que impalava seus inimigos e assistia eles deslizarem nas estacas durante dias. - ele suspirou e continuou - bem, ele era respeitado, não...ele era temido por todos, até mesmo pelo seus subordinados.

- Então o conde foi líder militar? - tentei ignorar a parte que ele dizia que o Drácula era um psicopata - o senhor está falando isso para me fazer ter medo?

- Não senhor, é apenas um aviso, quando adentrar aquele castelo, tome cuidado, ele é um sedutor nato, ele seduz suas presas para depois beber seu sangue...

Ele continuou falando, mas não dei ouvidos, ele parecia estar divagando sobre tudo aquilo.Voltei com o corpo para dentro e fechei a janela, decidi que iria dormir e deixaria aquele homem me levar para aonde quer que fosse.
De repente, ouvi uivos a uma distância considerável de nós, estava chegando perto, parecia ser uma alcatéia, me lembrei do que o meu amigo disse um dia antes de eu viajar, "Tome cuidado com os ataques de lobos na viagem..", eu tinha esquecido totalmente disso, se eu tivesse lembrado teria trago uma espada junto comigo.
Quando voltei ao meu estado de consciência do presente, abri a janela e gritei para o homem :

- COLOCA ESSES CAVALOS PARA ANDAREM MAIS RÁPIDO - comecei a ouvir passadas de patas mais rápidas dos lobos vindo atrás da carruagem - PELO AMOR DE DEUS.

- Deus não está aqui para te salvar, senhor.

Neste momento, os cavalos pararam de andar, o cocheiro saiu de seu posto e pisou fortemente no chão, foi aí que percebi que ele tinha ficado alto e corpulento, ele sacou uma longa espada de estilo montante suíça, os lobos logo em seguida vieram rapidamente, pararam por um segundo e o homem atacou eles com a espada, um dos lobos brancos pulou em cima de seu braço esquerdo, outro mordeu sua perna, enquanto o resto rosnava de longe, com uma força sobrenatural ele jogou o lobo que estava sob ele, e o outro que estava em seus pés lhe golpeou na cabeça com a espada.
De forma súbita, ele parou, fitou os lobos, então eles se deitaram no chão se contorcendo e  gemiam de dor absoluta, de supetão ele olhou para trás diretamente em meus olhos, eu vi que os olhos dele não eram mais de um castanho claro, mas sim de um vermelho cor de sangue, mesmo com a luz da lua iluminando, tudo se escureceu.

Doce vampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora