Capítulo 5

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Sonhos.

Algo que tem me irritado ultimamente são meus sonhos.

Sempre me gabei de conseguir controla-los e de ter bons sonhos quase o tempo todo.

Mas isso não se aplica aos últimos dias.

Tenho tido diversos pesadelos. Alguns esquisitos, outros assustadores.

Sei que Freud fala bastante sobre sonhos, talvez devesse ler algo a respeito, mas só de pensar em ter que ler algo realista e cientifico, me sinto enjoada.

A maioria desses sonhos envolve água. MUITA ÁGUA. Um deles foi com uma enchente que arrastava minhas coisas pra longe, outro de uma inundação em que a água invadia meu quarto pelas frestas da janela com o intuito de me afogar.

Sonhei com meus amigos. Ex amigos na verdade. Desfazer amizades deveria ser um talento já que sou ótima nisso. Nos sonhos eu via os seus olhares de desprezo por tê-los machucado.

Talvez tenha chegado minha hora de pagar por meus atos. Ou talvez meu cérebro goste de me torturar com isso.

Esses sonhos me lembram do livro "Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo" que estou lendo agora. Os sonhos de Ari pareciam ter mais sentido que os meus, mas os olhares de desprezo... acho que me fazem sentir o mesmo que Ari quando atropela Dante infinitas vezes com a caminhonete em seus sonhos (tirando a parte da garota, é claro).

Talvez esses sonhos estejam ligados com a minha recém chegada a vida adulta (não é todo dia que faltam 3 meses para seus 18 anos, não é mesmo?), já que minha mãe disse que sonhar com enchente significa que "meus sentimentos estão transbordando, uma vez que não os compartilho com ninguém".

Fica difícil compartilhar meu sentimentos com alguém, já que destruí minhas amizades.

Obrigado pela interpretação, mãe.

Estrelas no infinito céu - por Felicity ValentineOnde histórias criam vida. Descubra agora