Capítulo 8

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Lembrem-se que essa fic é uma adaptação, então por favor me avisem se tiverem erros de personagens.

Boa leitura :)
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— Bom dia, meu anjo. – Mai murmurou vendo Bambam acordando. Acabara de chegar do plantão, exausta mas com um largo sorriso.

— Mamãe... cadê ela? – Olhava para todos os lados do quarto não vendo nenhum resquício da loira que dormira junto. — Onde está Rosé?

Lisa queria ter certeza de que tudo que aconteceu ontem à noite não fora apenas um sonho.

— Ah, ela já foi. Não quis te acordar...

— Que horas são?

— Sete e trinta e quatro.

— Sete e trinta e quatro? Não acredito! – Tentou se levantar da cama. — Como pude dormir tanto. Droga eu vou me atrasar!

— Tem certeza que quer ir? Se quiser, não vejo problema em faltar os três dias restantes que faltam para retirar o gesso.

— Não, eu quero ir. Para isso me deram as muletas, certo?

Se arrumou rapidamente pegando as muletas que estavam perto da escrivaninha e se manteve em pé, não com muita destreza. Era como se estivesse repreendendo a andar, com uma só perna.

(...)

— Bom dia, Lisa. E minha perna como está? – Bambam sorriu para ela quando se apoiou em seu armário.

— Ela já está melhor.

— Me alegro.

— E como foi na minha aula ontem? – Perguntou pegando alguns livros que iria precisar.

— Foi ótimo... Pra eu descobrir que eu odeio balé! – Seu sorriso sumiu. — Estou aqui todo quebrado, aquela professora é louca, sabia? E da próxima vez que me mandar fazer essas coisas, se indigne pelo menos a me dizer o nome das suas amigas! Não sou nenhum médium para adivinhar. Tinha uma colega sua lá que me perguntava sobre uma tal de Dahyun e fiquei boiando, sorte minha que não me perguntou nada complexo...

— Deve ser a Momo... – Deduziu. - Mas e a Dahyun? Você não conhece?

— Óbvio que não!

— Como não conhece? Ela é uma amiga da Rosé. Neta daquela vizinha dela, a dona Charlotte... – Tentava fazer ele se recordar.

— Eu nunca a vi lá... – Falou desinteressado.

— É porque ela não mora mais aqui em Seul, ela está morando em Busan. Já faz um tempo que não a vejo aqui, a última vez que veio foi há dois anos...

— Como eu iria conhece-la se à dois anos eu nem morava aqui em Seul ainda?

— É verdade. – Disse contrariada. — Bambam... eu preciso te contar uma coisa. — Pausou e Bambam balançou a cabeça dizendo em silêncio para que ela continuasse.

— Ontem à noite Rosé dormiu lá comigo, sua mãe quem pediu para não me deixar sozinha...Precisava lhe dizer isso. – Não conseguia parar de pensar um momento naquela noite, naquela aproximação que tiveram e no quase beijo.

— E não se mataram? – Riu e Lisa suspirou olhando pra ele meio culpada.

— Ela quase me beijou.

— Na boca? – Arregalou os olhos

— Não, não. No pé. – Zombou. - É claro que foi na boca!

— Lisa, não me mate por isso... Mas ela é minha namorada. Você não foi grossa com ela, foi? – Falou como se fosse culpado.

Lisa pensou:

"É isso mesmo que eu ouvi? E eu estou aqui morrendo de culpa. Se não fosse a minha fobia a trovões, Rosé não teria ido dormir comigo e não teria quase me beijado. E para piorar mais ainda, acho que eu gostaria que aquele beijo acontecesse. A culpada sou eu aqui, certo? Bambam age como se ele fosse o culpado, acha que estou brava... Mas a alguns dias atrás eu fiquei sim brava, com essa possibilidade. Então por que não estou brava agora? Eu deveria estar histérica, espumando fogo contra Bambam. Mas por que não estou?"

— Não... eu não fui grossa... – Sussurrou se equilibrando nas muletas. — Bambam... o que eu faço se ela tentar me beijar de novo? – Verbalizou corando um pouco com a possibilidade. — Quero dizer... devo evita-la?

— Óbvio que ela vai querer te beijar. É isso que os namorados fazem. Mas por favor, não a evite. É bom para que ela não desconfie que está fugindo... – Disse pensativo, pensou mais um pouco só para depois lhe dizer o que se passava pela cabeça. — Será que... Você não pode quebrar essa pra mim? Dê alguns beijos e ela já estará satisfeita.

— Você quer que eu... – Apontou pra si mesma. — Beije sua namorada?

Lisa estava inexpressiva.

— Eu sei que é loucura, mas não precisa ser sempre. Como eu disse, dê alguns beijos e enrole ela o quanto der. Até que tudo volte ao normal. Por favor... – Lisa engoliu em seco ouvindo as suplicas do amigo.

— Vou ver no que eu posso fazer...

Ela não sabia o que dizer, dizia apenas o que vinha na sua cabeça, tratando de não dar muita importância. Tentando ser o mais formal possível para que seu amigo não desconfiasse, diante daquele turbilhão de sensações estranhas que sentiu na noite anterior.

— Sério? – Sorriu aliviado pois achava que ela surtaria. — Você é a melhor amiga do mundo sabia?

Lisa tentou sorrir, mas não conseguiu. A culpa martelava dentro dela e não conseguiu mais olha-lo nos olhos.

— Só não se apaixone pela minha namorada... – Brincou dando um soco fraco em seu braço, ainda sorrindo franco por ela ter aceitado.

— Não diga asneiras...

(...)

Três dias se passaram voando para enfim, ela tirar aquele gesso que tanto incomodava. Fechando assim uma semana e meia que os dois trocaram de corpo.

— Mãe, você deveria ir...– Lisa insistia.

— Mas hoje é domingo... O único dia que temos para passar juntos.

— Haverá outros domingos. Mas hoje, quero que aceite o convite para sair com ele. Você precisa ir se divertir um pouco e aposto que Robert fará isso de bom proveito. – Sentou-se no sofá ao lado da mulher.

Robert trabalhava no mesmo hospital. Médico, divorciado, beirava aos 38 anos e era um grande amigo da mulher. Mas tinha um interesse romântico na mesma, já havia convidado uma outra vez mais esta recusou com a desculpa que passaria o domingo com o filho. E assim ela estava fazendo novamente.

— Eu não tenho mais idade para essas coisas... – Se lamentou e Lisa buscou sua mão, fazendo ela olha-o.

— E quem lhe disse que o amor tem idade? Não tem idade para se divertir, aproveitar a vida... Não quero mais desculpas. Se quer ir, então ligue pra ele agora e diga que mudou de ideia. – Lhe entregou o telefone.

— Tem certeza? – Esboçou um sorriso envergonhado, ela realmente queria ir.

— Totalmente!

Mai sorriu e foi até a cozinha discando o número. Lisa pegou o controle da tv e a ligou quando achou. Passou-se minutos até ver Mai voltar à sala.

— Ele disse que vai passar aqui às oito horas...

— Ótimo. Então ainda temos duas horas. – Desligou a tv, e se pois de pé.

— Duas horas pra quê? – Questionou confusa.

— Oras... para se arrumar! Quero que esteja linda e eu vou te ajudar. – Sorriu empurrando Mai pro quarto.

IG: @Sofhix_

~Sofi

Se eu fosse você - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora