Capítulo 3

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        Acordo no dia seguinte com uma forte pontada no meu estômago e não demoro muito para adivinhar o que causou isso. O leite.

        Começo a sentir vontade de fazer cocô e sei que não vou poder ir ao banheiro pois está tudo trancado e eu estou dentro desse berço, então ajoelho de frente para a grade do berço com as pernas afastadas e faço um pouco de força. Na primeira tentativa já sinto a parte de trás da fralda começar a ficar mais pesada e quente. Logo estou repetindo isso duas, três vezes e quando meu intestino parece se acalmar eu me permito relaxar.

          O cheiro e o peso são bem marcantes. Principalmente o peso da fralda, já que fiz muito cocô.

           Sento no berço e sinto o conteúdo se espalhar e ser esmagado no meu bumbum, a sensação a princípio é estranha, mas rapidamente se torna... agradável.

- Parece que uma bebezinha já acordou.

- Sim. - Eu digo ao olhar para o daddy entrando no meu quarto.

- E parece que tem uma surpresinha nessa fraldinha, não? - Ele diz sorrindo.

           Fico muito envergonhada e provavelmente muito vermelha, afinal, estou usando uma fralda com muito cocô e ele vai me trocar e me limpar.

           Ele me tirou do berço, me limpou e me trocou e então o resto do dia passou como o anterior. Comigo e ele assistindo desenhos e brincando. Mas, diferentemente do outro dia, quando o jantar acaba e ele me leva para o quarto, dessa vez ele não lê uma historinha.

- Vou deixar você a vontade, para se trocar. - Ele me coloca sentada na poltrona e tira as luvas.

- Ok.

        Quando ele fecha a porta eu começo retirando as meias e a calça que eu estava usando. Abro o body e retiro ele.

        Vou para o banheiro e jogo as roupas no cesto de roupas sujas que havia ali e vou para o chuveiro tomar um banho pois a fralda que eu estava usando estava suja de xixi.

         Tomo meu banho depois de descartar a fralda e coloco minhas roupas que trouxe após me secar.

*     *     *

- O motorista está te esperando lá fora. Quer ajuda com a mochila?

- Não precisa senhor Fitzgerald. - Ele sorri.

- Acho que depois desse fim de semana pode me chamar de Aaron. - Eu sorrio.

- Está bem Aaron.

- O pagamento já foi depositado na sua conta.

- Como eu fui? - Pergunto pois preciso saber.

- Foi sua primeira vez como little não?

- Foi...

- Você se saiu muito bem para uma primeira vez. Mas na próxima vez poderia regredir um pouco mais. Talvez não usar palavras ou andar, apenas chorar e engatinhar. Ou andar pouco, engatinhar mais e usar as palavras erradas. - Ele fala. - Estou sendo muito precipitado?

- Eu... não sei. - Eu digo. - É realmente tudo novo pra mim.

- E você gostou?

- Não foi tão ruim quanto eu imaginei que seria. - Confesso. - Na verdade, nada ruim.

- E vai voltar? - Algo como esperança percorre seu olhar.

- Sim. Se ainda me quiser no próximo fim de semana eu quero voltar.

- Estarei esperando ansiosamente então. - Ele diz.

             Com um sorriso e um aceno de cabeça eu saio da casa com minha mochila.

Amor e FraldasOnde histórias criam vida. Descubra agora