- Um; May I Help You? -

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Louis cutucou Marientte puxando a calça dela, para chamar atenção de sua madrinha que olhava encantada para a fachada extensa e chamativa da loja de brinquedos, no centro de Paris; a Miraculous World, a qual mais parecia com um universo de magia e diversão embutidos em um só lugar. Pelo menos, de uma magia e diversão que apenas aqueles dispostos a desembolsar uma boa bagatela em brinquedos, podiam desfrutar.

— Tia Mari! - o menino de seis aninhos a chamou.

A Dupain-Cheng o encarou, Louis Couffaine Bourgeois, o menininho de cabelos loiros e olhos azuis alegres e brilhantes, era seu único afilhado e filho de seus melhores amigos de infância, Luka e Chloé.

Suspirou levemente arrependida por prometer ao pequeno que compraria o que ele quisesse da famosa loja de brinquedos do centro, depois da comemoração de seu aniversário de seis anos.

A data especial já havia passado e agora ela se via sem saídas. Compraria o presente do menino como havia prometido mesmo que aquilo lhe custasse todo seu salário.

Não poderia descumprir uma promessa feita para uma criança.

Olhou para o pequeno ao seu lado, com um sorriso conformado.

— Vamos entrar, Lou? - ela estendeu a mão, a qual o menino agarrou com força a puxando desesperadamente para dentro.

Ele ria, alegre e falava alto, extasiado demais por estar ali.

Os dois adentraram a loja. Marinette observou o lugar por dentro sem reparar que Louis havia soltado sua mão. Se a fachada é tão extensa, certamente, por dentro seria maior. E era grande, com teto alto, onde brinquedos e mais brinquedos variados se espalhavam pelo lugar em prateleiras ou mesas centrais. Ela reparou numa roda gigante pequena girando, mais à frente, em uma mesa. Tudo em tons terrosos e dourados, com detalhes sinuosos e arabescos, contemplavam a sensação de estar dentro de um castelo mágico de brinquedos.

A Dupain-Cheng olhou para frente à procura do afilhado. O viu abraçar um rapaz alto que se agachou para abraçá-lo, de cabelos loiros e a pele levemente bronzeada, trajando uma blusa verde escura com o logotipo da loja e calças escuras.

— Tio Chat Noir! - o menino sorriu animado.

— Oi, Louis! Que bom que voltou e tô vendo que não trouxe a sua babá dessa vez. - o aloirado o pegou no colo se levantando.

— Aaah, a tia Sabrina tá de folga hoje. - balançou a cabeça, reafirmando a própria fala.

O homem sorria divertido para o pequeno. Ele se aproximou de Marinette com o menino ainda em seu colo.

— Boa tarde! - deixou o garoto no chão. - Eu sou o Chat Noir, como posso ajudar? - estendeu a mão para cumprimentá-la.

Então aquele era o tal Chat Noir, o novo atendente da loja de brinquedos que Louis tanto falava e dizia gostar. E ela não estranhou o nome, já que todos os atendentes só atendiam por vocativos divertidos de super heróis, princesas e variáveis.

E aquele nome em questão fazia jus ao usuário; já que no ponto de vista de Marinette, Chat Noir era realmente um gato.

Ela sorriu levemente afastando os pensamentos. Estendeu a mão apertando a dele, quando finalmente visualizou os olhos tão intensamente verdes e brilhantes que o rapaz possuía, como duas lindas esmeraldas de valor incalculável. As pupilas se dilatavam e contraiam conforme ele piscava.

A estranha sensação de já conhecê-lo, tomou o peito. Por que ela se sentia tão mexida com um simples olhar?

A Dupian-Cheng sentiu o mundo naquele mísero instante, quando olhares se cruzaram, como se estivesse hipnotizada pela presença do olhar dele sobre ela. Os cílios pareciam bater devagar quando mais ela prestava atenção nas íris tão esverdeadas com um fundo levemente amarelado.

In Another LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora