Chat Noir, ansiosamente, esperou por duas semanas que Ladybug aparecesse de novo na loja, mas ela não apareceu. Não até aquele momento. Naquela tarde de sexta-feira.
— Chat? - o rapaz que arrumava uma prateleira olhou para trás reconhecendo a voz que ele tanto queria ouvir nas últimas semanas.
— Labybug! - ele sorriu. - Você...veio... - tombou a cabeça um tanto bobo reparando no vestido rosado tão delicado que ela usava para aquela primavera.
— Acho que eu demorei um pouco, não é?! - mordeu o lábio inferior desviando o olhar.
— Não tem problema. - ele gesticulou se aproximando. - Você tem uma vida, deve ser ocupada.
— Eu estive ocupada mesmo. Estava em Londres trabalhando.
— No que você trabalha? - ficou curioso. - Se você não quiser responder tudo bem. Se isso for invasivo demais. - ele se retificou.
— Não, tudo bem. - ela sorriu o tranquilizando. - Eu trabalho com moda. Sou assistente de designer.
O rapaz tombou a cabeça pensativo. Algo dentro dele mudou como se alguma coisa tivesse sido desbloqueada. Uma sensação estranha percorreu o corpo, como se ele soubesse muito bem o que era o ramo da moda sem nunca ter lido nada sobre.
— Parece ser muito legal. - ele sorriu ainda relfexivo. - Eu faço faculdade de gastronomia mais voltado pra confeitaria. Tô no último período. Trabalho aqui pra ajudar a pagar a faculdade. - ele abaixou pegando uma caixa e os dois andaram até uma outra prateleira mais para o final da loja, repondo o estoque de ursinhos de pelúcia.
Naquele momento a movimentação na loja era pequena com poucos atendentes.
— Então você deve ser bom fazendo doces. - sorriu. - Eu terminei a faculdade ano passado, consegui esse emprego há um mês. - ela pegou um ursinho da caixa dando para ele.
— Se você quiser saber se sou bom mesmo é só pedir. Posso fazer o que você quiser.
— Sério? - ele assentiu. - Então, que tal macarons de maracujá?!
— Macarons de maracujá...hmm acho que nunca comi. Mas eu posso tentar. - riu e balançou a cabeça.
— Você nunca comeu?! São os meus favoritos! Meu pai fazia pra mim quando eu era pequena. Era o doce que eu queria comer todos os dias se pudesse. - desviou o olhar como se parasse para pensar. - Minha mãe nunca entendeu o porquê eu parceria tão fissurada neles, já que eles costumavam fazer muitos doces chineses. - ela sorriu enquanto falava como se aquela lembrança açucarada fosse importante demais.
Chat Noir abriu um sorriso. Ele parecia quase emocionado, mas não sabia dizer o porquê o amor dela por macarons de maracujá o deixava estremecido.
O silêncio tomou conta do ambiente, no momento em que Ladybug tomava coragem de perguntar novamente o nome dele.
— Então, Chat Noir, qual é o seu nome?
O rapaz largou um ursinho caramelo na prateleira e olhou para ela sorrindo levemente de lado. Os olhos cintilaram de um jeito atraente no ponto de vista da franco-chinesa.
— Adrien. Adrien Agreste. - o sorriso dele aumentou.
Mas o sorriso dela murchou. O coração pesou no peito, como se ela já tivesse ouvido aquele nome antes. Mordeu o lábio inferior e sentiu as lágrimas se acumularem nos olhos.
Por que o nome dele parecia mexer tanto com o seu âmago?!
Respirou fundo e voltou a sorrir por algum motivo que não soube explicar, mas a presença dele pareceu acolhedora e calorosa.
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In Another Life
Fanfiction{TWO SHOT} Onde Marinette tem a estranha sensação de já conhecer os olhos verdes intensos do novo atendente da loja de brinquedos. {love square} • {universo alternativo}