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Eles andaram por horas e horas, seguindo o Igor que estava confiante que sabia para onde estava indo, mas a verdade é que o mesmo não sabia ao certo, apenas estava seguindo o caminho que achava que estava certo. Os corredores pareciam infinitos, mas isso não os fazia desistir.

Era impressionante que apesar do cheiro podre... Do sangue e da sujeira nas paredes... De sons vindos de todos os lados e coisas estranhas... Corpos mortos apodrecendo e ossos não eram presentes no cenário, apenas corredores e salas vazias sujas, podres e frias, com vestígios que mostravam que já houveram outros ali. Isso fazia a atmosfera do lugar ficar ainda pior, pois apresentava uma sensação de perigo. O que aconteceria se eles morressem ali? Ninguém sabe.

Eles param por alguns minutos, pois a lanterna estava com bateria fraca e precisava de pilhas novas. Morgan pega sua mochila e começa a procurar por pilhas com as suas mãos. Igor procurava onde trocava as pilhas, para tirar as velhas e pôr novas. Estavam todos ali parados, no completo breu. Não se podia enxergar um palmo à sua frente sem a luz da lanterna.

-Vai rápido, não é bom ficar no escuro... Não que eu esteja com medo, claro -diz Isaach cruzando os braços-

-Não se preocupe, eu só tenho que achar onde é que troca as pilhas

-Esse lugar é tão frio! Eu irei congelar aqui! -reclama Alexsandra-

-Picolé de Alexsandra deve ser azedo que só -afirma Rosely rindo-

-HEY! Se eu fosse um picolé seria doce! Não azedo!

-Você quer meu casaco? Eu estou com uma camisola de manga comprida por baixo -Parza diz de modo doce e gentil-

-Depende, que cor é o casaco?

-Amarelo e tem um arco-íris nele

-Hmmm Amarelo combina com verde e combina com meus lindos cabelos dourados... Tudo bem eu aceito!

-Certo! -ela se segura com um braço com força na Rosely, apoiando também seu corpo e tira o casaco com um braço devagar e depois agarra a Rosely com o braço que estava livre e tira o casaco por completo com o outro. Ela entrega para Rosely, que logo entrega para a Alexsandra-

-Huh esse casaco é bem macio, mesmo sendo de pobre -ela veste e se vira-

-Acho que ela quis dizer obrigado -Morgan afirma e faz um barulhinho quase que um "hm" fino. Ele encontra pilhas na sua mochila e entrega para Igor-

-É uma pena que não temos um isqueiro, isso ajudaria muito -afirma Danso-

-Senhor Meia-Noite, o que você disse? -ela fala com seu ursinho quase que sussurrando- Oh não, não, você lembra o que aconteceu da última vez? Isso não seria bom, eu gosto deles tanto quanto gostava dos nossos pais, e lembra o que aconteceu com nossos pais, Senhor Meia-Noite? -ela fala sussurrando com seu urso e depois olha para a boneca- Senhorita Baby, não acho que isso seria bom... O Senhor Meia-Noite não tem ideias muito boas com frequência.. Tem certeza?.... Acho melhor não... Talvez depois, tá?

-Que demora! -Isaach revira os olhos-

-Igor, precisa de ajuda aí? -Alicia pergunta-

-Não precisa, eu consegui achar aqui, valeu! -ele sorri enquanto ajeitava as pilhas novas-

-A-alguém es-está ou-ouvin-vindo esse b-b-barulho vin-vindo de ci-c-cima?? O-o q-que foi is-isso? -Dayos diz se encostando mais no Igor, com medo e assustado, se tremendo um pouco-

Todos ficam calados e eles ouvem os barulhos, que começaram cada vez mais se aproximar mais e mais uns dos outros. Esses sons vinham de cima, e eles eram estranhos, não só tinham sons de garras, e alguma coisa andando ali em cima, como também tinham ruídos e sons perturbadores, que pareciam estar grunhindo e gemendo. Sons pertubadores.

Aqueles sons se aproximavam cada vez mais, eles não sabiam de que lado estava vindo. Foi então que Igor ligou a lanterna, apontando a mesma para o teto. Ele apontou para um lado e não havia nada... Mas quando ele apontou para outro...

A criatura aparentava um morcego misturada com um gato. Ela possuía apenas uma orelha, enquanto a outra era decepada e com seu cérebro exposto. A figura era humanoide e seca, parecendo estar desnutrida, fazendo sua figura em si parecer desconfortável apenas de olhar. Seus olhos eram pretos, completamente vazios, com apenas luzes pequenas e fracas brancas, além de grandes pares de cílios, que junto com seus peitos, fazia com que a figura fosse semelhante a uma figura feminina. Sua boca estava aberta e cheia de dentes afiados. Ela estava pronta para se alimentar da carne daquelas crianças que estavam assustadas. Ela sentia o cheiro de seu medo. Ela sentia o cheiro de seu sangue. Ela conseguia ouvir os corações acelerados e suas respirações pesadas.

A criatura grita de modo perturbador, o som parecia com um som de um morcego, misturado com uma voz humana gritando de desespero. As crianças paralisam de medo por alguns segundos e logo saem correndo, enquanto a criatura se desprende dali do teto e cai no chão e vem correndo de quatro na direção do grupo, que corre desesperadamente.

O grupo começa a acelerar cada vez mais e mais o quanto podiam por causa daquela coisa vindo, correndo por corredores aleatórios para conseguirem fugir. Isso fez com que enquanto eles corressem, um deles ficasse para trás. Dayos era o garoto mais devagar e frágil de todas as crianças ali que estavam fugindo e seu fôlego começou a falhar muito. Ele começa a tossir e a ficar com falta de ar, tendo até mesmo uma crise asmática.

-P-POR F-FAVOR E-E-ESPEREM POR M-M-MIM!!! -ele grita o quanto podia, enquanto tentava continuar correndo para alcançar o grupo-

A criatura já estava praticamente o pegando. Todos ouviram os pedidos de socorro, porém era difícil de alguém ir lá buscá-lo, afinal a criatura já estava bem perto. Talvez se alguém o pegasse e o arrastasse rápido o suficiente para tirar ele dali, daria certo de salvá-lo. Seria difícil, porém ainda se tinha uma chance pequena. Alicia foi buscá-lo para resgatá-lo.

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