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𝓣𝓦

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𝐎 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐦 𝐠𝐚𝐭𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐞𝐦𝐨𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐬.


Lizzie Martchesi

" Era escuro... vazio... Horripilante. Nunca pensei que poderia temer um roupeiro de inverno.

Mas ali estava, apavorada. Meu estômago se embrulhava em ansiedade.

Minhas mãos tremiam, podia sentir lágrimas escorrerem por meu rosto, roía as unhas sentindo minha respiração desregulada. Estava acontecendo de novo, tudo de novo.

O armário se abre, e para minha surpresa não é ela que está a me tirar dali, é uma criança... um pequeno garotinho louro de olhos azuis.

 Vem Matti eu te achei - O pequeno garoto me puxa pelo pulso para fora do roupeiro, e de repente não estou mais na Inglaterra, o local do roupeiro horripilante, mas no quintal de minha casa na Itália onde passei a maior parte de minha infância. Onde minhas únicas lembranças boas se encontravam.

- Calma Nico, está me machucando - A frase salta de minha boca inconscientemente. O pequeno garoto para e se vira para mim e pega em minha mão de forma intima, entrelaçando seus dedinhos gordos contra minha palma aberta.

Nico...

 Assim está melhor? - Minha cabeça confirma e entrelaça meus dedos de volta em sua mão. - Podemos ir ver as estrelas hoje, não tem nenhuma nuvem no céu.

Seu rosto redondo e sorridente me encarava com expectativa. O cabelo liso e bagunçado caia aos poucos sobre sua testa, deixando-a com uma aparência angelical.

 Ótima ideia - A pequena "eu" se anima - podemos pegar cobertores e deitar na grama, como da última vez.

 Só não podemos dormir no quintal de novo. - Um sorriso terno se abre em seu rosto e voltamos a andar pela grama. - Não pode gripar novamente.

Sorri divertida para ele, parecia feliz, até demais. Minha barriga se enchia em uma sensação conhecida por se fazer presente no decorrer de momentos delicados, porem é diferente, essa agitação não me causa desespero, muito menos faz com que deseje nunca mais sentir aquilo. O borbulhar  fazia cócegas, obrigando sempre um sorriso sair de meu rosto. Um sorriso genuíno, nada de sarcasmo ou ironia, apenas a leveza que me fazia flutuar.

O verdadeiro sentimento de felicidade que já havia provado.

É tempestuoso o quanto sinto falta de viver assim, nessa bolha rosa que flutua o universo inteiro, sem limites para o amanhã. Ter essas fantasias maravilhosas - Mesmo que assombrosas -, fazem me lembrar de como um dia fui capaz de ser feliz.

Liberdade aos cometasOnde histórias criam vida. Descubra agora