Um plano para esquecer o ex | Mailila

☆ 2 ☆

Maiara abriu seus olhos após um sono tranquilo e bom até demais para quem tinha bebido na noite passada.

Sentiu um corpo atrás de si e não segurou o sorriso ao perceber quem era. Logo lembrou do que aconteceu a noite, sentiu seu coração acelerando.

Suas mãos vão direto ao seus lábios, lembrando de cada sensação que teve quando Marília a beijou.

Que beijo... Bom? Pensou ela.

Foi saindo com cuidado dos braços da mulher, foi ao banheiro lavar seu rosto e escovar os dentes tudo com o mínimo de barulho possível para não acordar a loira que, em sua opinião, parecia um anjo dormindo.

Resolveu pegar uma camiseta de Marília, já que não havia trazido roupas de troca, antes de vestir inalou a peça de roupa em sua mão, sorrindo, sentindo embriagada com aquele perfume. Ficou observando a mesma dormindo e deu um beijo na bochecha dela antes de sair do quarto e descer para a cozinha, encontrando dona Ruth, a mãe da loira.

— Bom dia! — Disse educadamente.

— Maiara, você está aqui — sorriu. — Bom dia, eu fiz café, cadê a Marília?

— Está dormindo ainda, não tive coragem de acordá-la. Se bem que eu deveria, porque eu não sei onde ela colocou meu celular.

Ruth deu risada.

— Ela pegou seu celular?

— Pegou sim, você acredita? Ela é muito mandona, não quer que eu fale com o Fernando — falou falsamente indignada.

— Seu namorado? Por quê?

Namorado... Como essa palavra soava estranha agora.

— É, quer dizer, ela tem motivos pra não gostar dele, mas ela não deixa de ser mandona — sorriu. — Como que eu vou avisar pra Maraisa agora que eu dormi na casa dela?

— Marília pode ser meio... Impulsiva às vezes, quando quer proteger quem ela ama.

— O que que tem eu? — Perguntou a mulher loira descendo as escadas, seu olhar fitando Maiara, que sentiu seu corpo, mais uma vez, arrepiar somente com seu olhar. Lembrando mais uma vez, do beijo que a maior lhe deu a noite.

Marília sorriu ao perceber que a ruiva vestia uma camiseta sua.

— Quero saber cadê meu celular — disse tentando controlar o nervosismo que a mulher lhe causava.

— Hm, seu celular é? Não sei do que você tá falando...

— Marília!

— Marília devolve o celular dela, ela precisa falar com a irmã — pediu a mãe da loira saindo da cozinha e subindo as escadas, provavelmente indo para o quarto.

— Tá, tó. Eu só estava brincando, já vim com ele pra te dar — disse revirando os olhos e estendendo o celular.

Maiara desbloqueou o mesmo, arregalando os olhos ao ver a quantidade de ligações e mensagens do namorado.

Amor: Onde você está, posso saber?

Amor: Maiara, estou te ligando e você não atende.

Amor: Perguntei pro caralho da sua irmã e ela me disse que você tinha dito que estaria comigo o dia todo.

Amor: E adivinha? Você não me disse nada, e não estava aqui.

Marília percebeu a ruiva ficando tensa e se aproximou, tocando seus ombros.

— O que aconteceu, amor?

Marília sempre a chamou assim, mas agora Maiara sentiu a palavra soar tão bem da boca da loira, inconscientemente achando um insulto o contato de Fernando ser assim.