SE CONHECENDO

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DEEM MUITO AMOR PARA A HISTÓRIA.

Capítulo 5 – Se conhecendo

As coisas não estavam melhores.

Não ao todo. Jimin havia sido alimentado no quarto, como um animal de estimação e depois de ter cada fio do seu cabelo escondido por uma touca e uma máscara de gripe que tampava quase todo o seu rosto, pode enfim sair do quarto para seguir viagem.

O hotel estava vazio aquele horário e o russo o explicou que os homens, que antes bebiam naquele saguão deveriam estar trabalhando naquele horário, mas Jimin notou algumas poucas mulheres zanzando de um lado para o outro quando chegaram enfim no centro do pequeno vilarejo.

Mulheres russas eram diferentes das Inglesas. Elas eram fortes e intensas, pareciam prontas para socar sua cara a qualquer momento e Jimin viu certo charme nelas, uma beleza selvagem, que as delicadas damas inglesas não tinham. Tentou se focar nelas e esquecer do seu lapso na noite anterior.

– Você não está tão falante hoje. – O agente comentou enquanto o servia uma xicara de café. Haviam entrado em um pequeno bar, para tomar café da manhã e então seguir viagem até a próxima cidade, mas o russo via algo de diferente no herdeiro, algo como receio.

– Apenas apreciando a vista. – Avisou enquanto observava a neve pela janela. – É um lugar bonito... Nicolay? – Questionou, testando o nome, mas parecia errado e ruim, o agente apenas deu de ombros.

– É uma cidade pequena, não tem muita coisa. Pra onde vamos é uma cidade litorânea, o mar é frio, mas é lindo, vai gostar. – Avisou, sem se importar de verdade com o nome.

– Andrei. – Tentou novamente, analisando o rosto do homem e segurou a xicara quente entre suas mãos. – Vladmir. – Levou até a boca e quase se engasgou, aquilo não era café. – O que diabos é isso? – Disse atônito, quase cuspindo e o russo o encarou sem entender.

– Estamos no inverno. Usamos o álcool pra esquentar as veias e não congelar. – Explicou. – Se não quer morrer, beba o café.

– Eu nunca tomei álcool de verdade. – Jimin explicou. – Não posso tomar isso. – O russo arrastou o prato com o que parecia ser geleias moles em suas frente.

– Coma açúcar, não vai te deixar alcoolizado. Apenas quente. – Jimin suspirou. Não queria ficar quente. Não quando já havia tido sua cota de quentura com aquele homem. A garçonete voltava com um prato de ovos e pão e sorriu para o russo antes de sair.

– Por que não há homens na cidade durante os dias? – Jimin questionou confuso.

– É uma cidade a base de caça, pesca e madeira. – Respondeu bebendo da própria xicara e logo arrumando um pão com ovo. – A maioria das cidades em que passaremos é de lenhadores. Eles estarão concentrados nisso, os veremos nas florestas, mas não nas cidades. Eles voltam durante as noites.

– Parece uma vida difícil. – O príncipe comentou. Estava frio e cortar madeira deveria ser trabalhoso e doloroso com todo aquele frio congelante.

– Nada aqui é fácil. – O russo resmungou. – Coma, temos que ir.

– Nomes russos não combinam com você. – O inglês tagarelou pensativo. – Posso dar um nome inglês? Como Sean? Ou quem sabe Henry

– O que te faz pensar que um nome inglês combinaria comigo? – Questionou tentando entender o ponto e Jimin teve que concordar, não combinava.

– E que tal um coreano? – Voltou a perguntar quando se viu sem resposta. – Chul ou Dong-sun. – Sugeriu e o agente apenas comeu em silencio, resolvendo não contestar. – Beom-Lee ou... Eu estou ficando sem ideias.

AGENTE RUSSO | JIKOOK | LIVRO 4 | FETICHEOnde histórias criam vida. Descubra agora