ATRAÇÃO

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BOA LEITURAAA

Capítulo 4 – Atração

A água do banho era quente e relaxante, mas não o suficiente para acalmar todos os nervos do príncipe. Tudo parecia estar o levando para a beirada. Aquelas pessoas... na verdade, tudo naquele lugar parecia ter uma violência em potencial e aquilo o deixava em pânico.

Observou a fumaça no ar e como o banheiro parecia cheio de calor momentâneo. Analisou sua pequena bolsa de produtos e se perguntou se tinha algo de errado com sua maneira de ser. Era vaidoso, um verdadeiro príncipe, Deus. Na Inglaterra os homens usavam cremes, perfumes e se preocupavam com suas roupas e sapatos, até mesmo com o corte de cabelo e acessórios e isso não os faziam menos homens de forma alguma.

Nunca pensou que sua vaidade ou sua forma de se vestir, agir ou parecer pudesse ser menos do que masculina. Ele era um homem e ponto, mas aparentemente aqueles homens tinham uma visão muito estereotipada e conturbada do que um homem poderia ou não fazer e isso era patético em absoluto. Sentiu pena, porque eles nunca seriam livres de verdade.

Não que Jimin fosse livre ao todo, ele não era, mas ao menos ele poderia vestir um casaco de cachemira, sem ter medo de parecer afeminado demais. Encarou seu corpo nu e procurou por qualquer traço, algo que pudesse ser considerado feminino, mas não tinha. Era um absurdo usar tal adjetivo.

Tinha uma estrutura mediana, até mesmo considerado alto para a maioria dos ingleses. Era magro e não tinha tantos músculos definidos por falta de praticar esportes intensos além do tênis, mas não tinha curvas ou coisas do tipo. Aquele choque de cultura estava o deixando conturbado e levemente abalado.

Cansado de pensar sobre a mesma coisa e consciente de que não resolveria o problema. Terminou de se banhar e colocou a roupa quente que o agente o disponibilizou. Recolheu seus produtos da bancada e então saiu do banheiro. Suspirou ao encontrar o agente sentado na cama, com a lareira acessa.

O quarto estava quente e parecia muito mais confortável agora. O homem o olhou com calma e então se levantou, pegando uma troca de roupa e uma arma. Jimin notou uma garrafa de vidro de água em cima do frigobar e uma sacola marrom.

– Vou tomar um banho. A porta está trancada. Não abra pra ninguém até eu sair. – Avisou. – Tem comida quente na sacola. Coma. – Mandou e o príncipe piscou, tentando se acostumar a receber ordens como aquela e apenas o viu bater a porta do banheiro.

Caminhou até a sacola e viu duas vasilhas de isopor. Pegou uma delas e viu que continha uma carne em molho branco e na segunda vários pãezinhos. Jimin se sentou na cama, pegando alguns e comendo lentamente enquanto observava o fogo queimar. Ainda estava frio e a aos poucos a fome sumia. Quando a porta do banheiro se abriu, estava na metade do terceiro pãozinho. O agente o encarou por alguns segundos e logo desviou o olhar.

– Pensei que estivesse com fome. – Comentou pegando a garrafa de água e tomando um gole do gargalo

– Eu estava. Obrigado. – Agradeceu, enquanto estendia as vasilhas, para que o agente também se servisse. – Pegue também. Está gostoso.

– Eu comi enquanto você estava no banho. – O Russo explicou ainda analisando o menino. – Pra alguém que disse estar faminto, você não comeu nada. – Jimin desviou o olhar do agente para seu pão, confuso. Era o terceiro pãozinho. Era mais do que costumava comer normalmente, já se sentia estufado. O pensamento de que o Russo havia pego quase 10 pãezinhos para ele sozinho parecia uma piada e um absurdo, mas preferiu apenas agradecer.

AGENTE RUSSO | JIKOOK | LIVRO 4 | FETICHEOnde histórias criam vida. Descubra agora