Capítulo 15

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Maria Carmichael.

No momento eu não sabia o que era mais coerente fazer. Gritar, xingar ou correr. Minha cabeça estava a mil e sim, estou com medo daquela máquina mortífera perambulando pela escola, onde, por obséquio do destino, meus amigos estão fazendo tour á noite.

Agora eu pergunto, pode ficar pior? Sim, yes, é claro, óbvio.

Jackson e Lydia vieram fazer um passeio romântico ao invés de irem assistir o filme, diários de uma paixão.

─ MARIA! ─ O grito de Scott e Stiles ecoou no corredor. Me virei dando de cara com os dois trotando a todo vapor em minha direção.

─ Prendemos ele na dispensa... ─ Stiles pediu um minuto se escorando nos joelhos em busca de ar.

─ Eu tenho uma péssima notícia. Allison, Lydia e Jackson estão aqui dentro.

─ Como é? ─ Scott surtou. ─ Temos que achar ela!

─ Temos que achar os três! ─ Corrigindo sua fala, eu enfiei a mão no bolso da jaqueta de Stiles. ─ Vou pegar seu celular emprestado.

─ Eu ligo. ─ Scott pediu transpirando.

Entreguei o celular e fiquei esperando ansiosa. Ele roeu as unhas com o aparelho grudado na orelha.

─ Allison! Onde você está? Sou eu, Scott. ─ Ele fez uma pausa assentindo sozinho. ─ Onde? Em qual área? ─ Ele bateu o pé nervoso. ─ Só responda... Corre pra sala de troféus, confie em mim.

Ele desligou jogando o celular para Stiles, que guardou novamente no bolso.

─ Vamos!

Corremos a todo vapor para sala de troféus, minhas costas levemente doloridas começavam a latejar devido a queda. Ao chegarmos na sala, a Argent já esperava bem no centro dela. Scott correu até a garota.

─ Porque veio pra cá?

─ Você me pediu pra vir.

─ Eu não... ─ Ele tentou negar mas ela se adiantou mostrando a mensagem enviada.

─ Porque acho que não foi você que mandou esse torpedo? ─ Allison estudou a feição apavorada de Scott.

─ Ele não mandou. ─ Me pronunciei ao entender quem tinha feito, e francamente, odeio esse alfa.

─ Você dirigiu até aqui? ─ Stiles perguntou.

─ O Jackson dirigiu.

O celular dela começou a tocar, ao mesmo tempo que as portas duplas abriram revelando o casal.

─ Até que enfim! Vamos embora? ─ Lydia guardou o celular no bolso do colete.

Antes que pudéssemos sair do lugar um estrondo no teto, seguido de pegadas agressivas, fez poeira do concreto cair em nossa cabeça. Era o alfa. Realmente queria acabar com ele, mas Derek disse que isso machucaria Scott indiretamente. Estamos de mãos atadas. Meu coração voltou a palpitar.

─ CORRAM! ─ O grito de Scott fez todos se amontoarem correndo.

As placas do teto se romperam, deixando uma grande cratera por onde o alfa caiu. Esbarramos um no outro correndo como se nossa vida dependesse do ato. Acabei me enfiando em uma sala pequena e apertada, me escondendo ao lado da porta. Ele passou diante dela, com a respiração forte e lenta.

Desapareceu minutos depois, tomei coragem saindo no escuro dos corredores. Andei a passos lentos e cautelosos. Não posso usar magia com pessoas por perto correndo o risco de ver, então preciso tomar cuidado e evitá-lo por enquanto. O silêncio perturbador, deixou as coisas macabras, até minha própria respiração.

A BRUXA SURPRESA | ᵈᵉʳᵉᵏ ʰᵃˡᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora