Capítulo 1~

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Coisas a se saber antes de ler:


Nesse Universo, deuses, divindades e deidades são seres diferentes. Deidades, são deuses bestiais e antigos. Deuses são os atuais seres superiores aos mortais desse mundo e divindades, são como representantes dos deuses perante os mortais. É como se existisse um deus de tal elemento e divindades o representando ao sul, norte, oeste e leste.


Os deuses nesse mundo são classificados. Deuses supremos normalmente estão no topo de tudo, mandam em tudo e todos (o atual é Soiz). Também existem deuses civis (Max), deuses marciais (Lucas) e que podem se tornar generais ou até deuses de guerra e deuses elementares (para representar água, fogo, terra, ar e a própria natureza).


Divindades também podem ser divindades em dois lados, as divindades que representam tal deus e divindades do amor, da raiva, tristeza e assim infinitamente.


As divindades mais recentes que surgiram de Celestiais, não tem um mestre. São como espíritos da natureza extremamente destrutivos

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Em princípio, começaremos aonde tudo sempre começa.

Em tempos não datados, o Universo existiu. Uma matéria negra, se é que se podia ser chamada assim, considerando o fato de que nada existia naquele vasto local. No maçante espaço negro pouco a pouco surgiram duas vertentes, duas ideias ou os dois primeiros elementos.

Luz e Sombra. A Luz rapidamente foi atribuída a ideia de bem e a Sombra ainda mais rapidamente a de mal. O que fez essa ideia surgir em meio a existência do vazio é bastante abstrata e confusa, ou mais especificamente, sem respostas.

Poderíamos dizer que quem criou tais bases foi o Universo, mas isso não nos daria certeza. Sabemos que logo após elas, os Elementos principais se estabeleceram, assim como seus derivados, guardiões e logo depois, reais formas de vida baseadas em suma maioria, nesses seres. Alguns poderiam ser representações dos próprios guardiões e outros, a encarnação dos próprios elementos.

Os seres-humanos, considerados a inteligência superior naquele mundo, assim como por muitos seres divinos. Eles, poderiam não perceber, mas suas marcas de nascença, veias e até mesmo coisas simples como suas digitais, mostravam suas reais raízes elementares.

Essas eram as conclusões aprofundadas de Max, até o presente momento. Ele buscava nada mais, nada menos, do que o "porque" do surgimento de tudo que existia.

O mesmo por mais dedicado que fosse não conseguia de qualquer jeito se aprofundar a mais que isso. Porém, qual era o motivo disso? Essa era uma de suas perguntas mais frequentes. Seu povo sabia melhor que ninguém da vasta existência de outros universos e dimensões, sendo eles paralelos ou não. As pessoas do Novo Mundo sempre souberam de suas diferenças não visíveis... eles sabiam de coisas que ninguém mais imaginaria. Coisas que apenas o espelho certo poderia revelar.

Max possuía em idade humana em torno de dezoito mil anos. Porém, no Novo Mundo, ele possuía apenas dezoito anos. O tempo corria diferente, mas ter tal idade não impedia Max de ser um dos deuses mais inteligentes que já existira.

O mesmo observava com atenção, antigas tapeçarias da Sala do Anciões, demonstravam deuses e até algumas divindades em seu auge de poder, em momentos de descanso e meditação ou até em momentos os quais não necessitam de citações para uma leve compreensão.

Alguém chamara o nome de Max e isso o fez sair de seus devaneios e pensamentos confusos. Ao olhar para a porta, o jovem via uma senhora com olhos amendoados, de sorriso sutilmente gentil e um rosto decorado por rugas de idade. Era sua avó, Li Wei.

– Max, querido. Por que não sai para respirar um pouco de ar fresco? O dia está agradável e a cerejeira começou a florescer. Não é recomendado que os pulmões vivam de poeira, sabe...

– Ah, vovó Li Wei! Eu prometo que logo irei. Estou estudando mais um pouco.

– Max, Max. Você deveria parar de tentar entender algo que nunca terá respostas... isso está assim desde a criação desse mundo... nem mesmo os titãs conseguiram explicar, explicar o porquê disso tudo. Devemos lembrar que eles foram os primeiros humanos a dominarem a magia e manipula-la ao seu gosto.

– Eu sei, vovó. Mas nada é sem respostas ou... não sei. Eu preciso saber tudo que for possível. Isso não é por mim, não apenas por mim. É por todos que já tentaram e gastaram suas vidas nisso e mesmo assim, não conseguiram chegar aonde queriam.

– Se você diz, quem sou eu para contrariar? Eu vou ir na frente, prepararei chá. Estou te esperando, querido.

Li Wei mal havia saído da porta e logo em seguida pôde ser ouvido pelos longos e vastos corredores um barulho de metal leve, que instantaneamente quebrou o silêncio. Max olhou para a porta e bem ali no chão havia uma chave, de modelo gorja, feito de prata cinzenta e com três dentes em tamanhos diferentes. Cada um deles possuía uma rosa, minuciosamente detalhadas e provavelmente feitas em sugilita, a cabeça da chave era um perfeito botão de rosa na mesma pedra roxa.

O garoto estava confuso. Por que sua avó teria algo como aquilo? Fora realmente ela, ou algum ser sorrateiro? Ele olhou para todas as tapeçarias, e todas possuíam suas habituais fechaduras, porém nenhum deus ou divindade era responsável por proteger ou tecer rosas. Max, teve sua cabeça atingida por algo esquecido nos confins da história e de sua mente. Ele teria de ir a outra sala extremamente ligada com a dos Anciões... A sala dos Decaídos.

Um lugar, com as antigas tapeçarias, atualmente consideradas amaldiçoadas. O ato de decair, era algo raro quando se tratava de deuses. Um deus decaído, se torna maldoso. Casos assim aconteciam muito em tempos passados no mundo humano... esses deuses decaídos, buscavam sacrifícios, em principal de pessoas as quais poderiam abrir possibilidades e serem novos seres iluminados. Os decaídos induziam o ato de sacrificar, puxando as cordas certas para conseguir o que queriam.

Max abrira uma porta selada por mais ou menos, sete selos. O portal dava abertura a um corredor longo e marcado por arranhões profundos nas paredes, muitas vezes das tapeçarias que não aceitavam ser levadas, pois, sua magia era pura demais para um lugar fétido como aquele.

O mesmo continuava a andar e andar, até chegar em uma sala de formato octogonal, que não possuía janelas, as luzes eram a base de chama fantasma, em tons de verde-água indo aos tons de verde caótico ou radioativo, aquilo tudo dava ao local de paredes claras um tom morto.

Ele olhou para todas as belas obras ali fixadas e por algum motivo, ela não estava ali. Mao Long não estava na sala dos Decaídos... o que isso significaria?

– Sistema de Salas, me leve à tapeçaria de Mao Long.

– Sim, senhor Infinity. Vou lhe transportar em alguns segundos.

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