Prólogo

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E aqui estou eu, novamente lutando contra mais um ciclope, mais um monstro morto para acionar na minha extensa lista. Bem, mais o menos já que monstros não morrem de verdade, posso bani-los para a parte mais profunda do tártaro por um tempo e depois eles retornam com o objetivo de nos matar.

Estranhamente, esse era o segundo monstro que enfrento em apenas um dia, não estava sendo fácil desde que voltei do acampamento meio-sangue, e antes que me perguntem, sim, eu sou uma semideusa. Muito prazer me chamo Sina Deinert, filha do senhor dos deuses, mais conhecido como Zeus, e não, não é dá hora, legal, incrível, ou qualquer outro adjetivo que usem para expressar o quanto ser filha de um deus deve ser legal.

Precisei sair de casa prematuramente porque meu cheiro atraia os piores monstros que possam imaginar. Essa foi sem dúvida umas das piores decisões que eu fui obrigada a tomar pelo bem da minha família, mas foi necessária, afinal, eu não poderia pôr em risco a vida da pessoa mais importante para mim, minha mãe Alex Deinert.

Tudo aconteceu muito rápido na época. Eu me vi tentando sobreviver sozinha nesse mundo novo e completamente louco, a parte boa é que fiz bons amigos, entre eles, Sabina Hidalgo, filha de Hefesto, Deus dos ferreiros e do fogo, a ruim é que perdi bons amigos também.


Hidalgo era minha melhor amiga. Eu estava sendo atacada por um monstro quando Sabina me encontrou, foi ela quem me mostrou como sobreviver, e foi ela também quem me levou ao acampamento meio-sangue. Desde então estamos sempre juntas. Bom, também não posso esquecer Bailey May, filho de Hermes, deus dos viajantes e patrono dos ladrões.

Bailey é um bom amigo, nos tornamos próximos devido ao fato dele ser o melhor amigos de Sabina e também por ele ter salvo meu traseiro inúmeras vezes.

Minhas férias de verão no acampamento tinha acabado e eu teria que voltar para a minha acadêmica e torturante chamada Ensino Médio. Sabina e eu estávamos voltando para casa, um apartamento que dividimos junto com Bailey no centro de Manhattan, quando fomos encurraladas por um ciclope. Se fosse antigamente eu estaria morta agora, já que até caminhar normalmente era um grande desafio para a Sina Deinert estabanada que não ficava um único dia sequer sem beijar o chão de alguma maneira.

Mas quem diria que eu me tornaria uma guerreira excepcional! Se me falassem isso antes eu iria rir e dizer que foi uma ótima piada, mas agora, aqui estou eu, desviado do punho enorme do Ciclope com maestria, enquanto Sabina conjurava bolas de fogo mas mãos para contra-atacar, caso eu tenha esquecido de mencionar, Sabina tem poderes, isso sim é legal, e eu posso voar, mas bem, isso não vem ao caso. O ciclope nem ao menos percebeu quando uma delas o acertou precisamente.

A bola de fogo acertou seu único olho, deixando-o urrando de dor enquanto eu cravava minha espada em seu peito fazendo-o cair de joelhos e logo depois o transformando em pó, mais um monstro sendo mandado direto para o tártaro, até que foi fácil, mas acreditem ou não, nem sempre foi assim.

— Esse foi fácil! – Sabina falou, ela soprou o dedo imitando uma arma.

— Fácil até de mais.– bati o pó dourado na minha camisa laranja do acampamento.— Não acha estranho, tipo, saímos de Long Island a apenas quatro horas e esse já é o segundo monstro que tromba na gente!

Sabina deu de ombros.

— Você é filha de um dos três grandes.– disse ela.— Fede mais do que eu.

— Ei! – a empurrei pelo ombro e filha da puta ainda teve a audácia de rir.

— Vamos sair logo daqui.– Sabina falou, lançando um olhar de repulsa para o pó dourado na minha roupa.

— Essa merda não sai.– bufei.— Porra, até parece glitter, credo! – segui Sabina que já estava a bons passos na minha frente.— Acho que ele era um Ciclope bebê, não parecia tão grande como os outros.

— Bebê ou não, já foi tarde.– ela estremeceu.— Vamos logo, quero ver qual é a surpresa do Bailey.– disse agora animada.

Foi impossível não gemer, Bailey e surpresa na mesma frase, era a mesma coisa que furto/roubo. Ou seja, tinha uma grande possibilidade de Sabina e eu acabarmos presa algum dia, já que Bailey ira se safar facilmente com a grande lábia que tinha.

— Não sendo algo tão espalhafatoso.– gemi e Sabina gargalhou.

— Espalhafatoso com o carro que ele te deu?

Encolhi os ombros, avistando a Lamborghini Aventador, presente do May, estacionada do outro lado da rua.

— Entra logo no carro.– resmunguei.

Sabina riu, assumindo o banco do carona enquanto eu dava partida no carro.

Caos no Olimpo | SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora