* Sina Deinert *
Engolindo um soluço doloroso, olhei pela janela encontrando a penumbra, já era noite quando pousamos em Nova York. Tudo parecia normal, o trânsito ainda era como eu me lembrava, caótico, barulhento, as pessoas se mantinham em movimento como se a pressa de chegar em seu destino final fosse só o que importava.
Por dentro, eu me sentia afogar na minha própria dor. Como em tão pouco tempo às coisas poderiam mudar tanto? Não era justo.. Não era justo perde-los. Me custava acreditar que custava acreditar que minha mãe e Simon estivessem mortos. Meu peito apertou e com ele a vontade de chorar veio rasgando, chorar, era tudo o que eu tinha feito desde que entrei naquele avião.
— Sinto muito, garota.– ouvi a voz do homem que dirigia até então em silêncio. O olhei pelo espelho retrovisor e acenei fracamente.
— Não precisa mais se preocupar, estará segura no acampamento.
— Essa segurança me custou caro, custou a vida da minha mãe e do meu melhor amigo.– murmurei.
Ele tornou a desviar os olhos para estrada, ficando em silêncio. Enxuguei as lágrimas que insistiam em cair.
— Estamos quase chegando em Long Island.– ele informou depois de um tempo.— Talvez daqui a duas horas, se o trânsito melhorar.– informou.
— Você é um deles? Quer dizer.. um de nós?
Seus olhos vieram rápidos até mim pelo espelho retrovisor, para logo desvia-los para a estrada.
— Mais o menos.– respondeu. Franzi o cenho.
— É um pouco complicado.– tentou explicar.
— Tudo isso é complicado.– suspirei.
— Eu sou um legado.– disse ele depois de alguns minutos em silêncio. Não fazia ideia do aquilo significativa, mas o homem dirigindo parecia ter muito orgulho disso, seja lá o que isso signifique.— Meu pai era filho de Baco, Deus do vinho, mas você o ira conhecer pelo nome de Dionisio.
— Por quê?
— Não cabe a mim explicar isso, com um tempo você saberá, ou então pergunte a Quíron quando chegar ao acampamento, mas duvido que ele dirá.
— Por que uma simples troca de nomes precisa de todos esse mistério? Não faz o menor sentindo!
— Muitas coisas não fazem sentindo no nosso mundo, criança.
— Então você não é um semideus?
— Não exatamente.– disse ele.
— Como conheceu minha mãe.– resolvi mudar de assunto. Ele pareceu surpreso com a mudança repentina.
— Em São Francisco, eu precisei de ajuda e ela me ajudou, então fiquei devendo-a um favor.
— Que tipo de ajuda?
— Você faz muitas perguntas.
— Preciso manter minha mente ocupada ou então vou sucumbir a tudo isso.– afundei no banco sentindo um aperto no peito.
Ele assentiu.
— Foram apenas negócios, sua mãe me conseguiu um emprego.
— Então você trabalha para ela? – evitei falar no passado. Talvez lá no fundo, ainda houvesse esperanças que ela e Simon tivesse sobrevivido e iria me segurar a isso.
Ele assentiu.
— A propósito, meu nome é Carl.
— Sou Sina.
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Caos no Olimpo | Siyoon
Fanfiction(REESCREVENDO) Onde Sina é filha de Zeus e Heyoon é filha de Hades e ambas são acusadas pelos deuses.. Quem será a verdadeira culpada? Após uma antiga profecia ser recitada, Sina Deinert e seus amigos recebem a difícil missão de salvar o mundo, as a...