𝐈𝐃: 𝐁𝐆𝐏𝐑𝟎𝟎𝟏

37 5 42
                                    

ID: BGPR001

Apenas um nome.


Como eu começo isso? Com Oi? Isso é um relatório??? Enfim, acho que você já sabe que minha irmã estava paranóica...

Tão carinhosa... Me recebeu com um soco... Gostaram dela? Vão gostar mais de mim. Ela deve ter contado muitas coisas...

Mas eu vou falar mesmo assim.

Ela sempre foi assim, desde que nascemos, ela desenvolveu uma raiva gigante pela minha existência, mas eu era o único que sentia a mesma dor que ela. Nascer sem um sobrenome, ou uma infância. Fomos entregues para Taehyun. Filhos de uma agente traidora...

Esse desgraçado matou nossa família biológica assim que nascemos, não temos sequer um registro de nossa mãe, nada que possa nos fazer questioná-lo.

Se perguntar, eles apenas magoaram o Taehyun, e não existe nada pior que perder seus filhos e não poder fazer nada a respeito, já que está morto. A vingança perfeita...

Então ela me suporta, ela age como se fosse minha culpa vivermos na ignorância. Se tornou a melhor assassina de Caladium, enquanto eu... Eu fazia espionagens e trocas de informações, eu enganava as pessoas para dar à Taehyun o que ele queria. Eu detestava isso, mas me tornei o favorito dele.

No entanto, voltando ao episódio do soco na minha cara... Ela parecia perplexa.

—Então não foi você... —Ela suspirou retomando o fôlego.

—Não foi eu! —Resmunguei. —Espera, o que eu não fiz?

—Nada demais. —Ela deu de ombros indo pegar uma garrafa d'água, revirei os olhos puxando a garrafa da mão dela.

—Eu trabalho mentindo para mentirosos, se acha que vai me enganar, é bom que você pare de ser burra. —Levantei a garrafa d'água o máximo que eu pude.

Apesar de sermos gêmeos, ela é nanica e eu tenho 1,80m... Então, ela pulava para alcançar a garrafa, e vocês não fazem ideia do quão engraçado é ver uma assassina treinada agir igual criança.

—Beomgyu! Devolve, caralho! —Eu segurei o riso e dei alguns passos para trás.

—Me fala o que aconteceu primeiro e eu penso no seu caso. —Meu braço estava começando a cansar, então eu silenciosamente implorava para que ela dissesse logo.

—Tá... Mas isso é confidencial. Só... Entrega a água! —Ela resmungou e eu finalmente lhe dei a garrafa.

—Diga então, Minjeong. —Disse e ela me arrastou pelo prédio, segurava meu pulso com a força daquele primeiro soco, era algo que eu já estava acostumado mas doía mesmo assim.

No momento em que chegamos a um lugar vazio, sem sequer uma câmera por perto, ela segurou minha mão, deixando minha palma aberta. Cutucava minha palma de forma rítmica.

Era código morse. No total, ela disse isso aqui: ".... --- .--- . / -.-. . -.. --- --..-- / .-. . -.-. . -... .. / ..- -- .- / -- . -. ... .- --. . -- .-.-.- / - .- . .... -.-- ..- -. --..-- / --- / .- .-.. ...- --- .-.-.- /", mas como eu sou legal, vou traduzir... Ela disse: “Hoje cedo, recebi uma mensagem. Taehyun, o alvo".

Eu sinceramente estava com preguiça de responder em código morse, mas fiz o favor para MinJeong. A respondi com: “...- .- .. / -- .- - .- .-. / . .-.. . ..--.. /”, que significa a pergunta mais discreta de todas... "Vai matar ele?".

Ela revirou os olhos e deu de ombros, sinal claro para um educado "Eu sei lá".

Voltei a cutucar a mão da minha irmã, buscando saber mais informações, ou se ela enlouqueceu de vez. O diálogo continuou como:

—Sabe o motivo?

—Não.

—Quem mandou a missão?

—Anônimo.

—Vai fazer isso?

—Não sei.

Pensa numa pessoa expressiva, é a MinJeong. Tive de respirar fundo para manter a paciência, olhei para ela indignado. Mas continuamos o diálogo, e foi assim:

—E mesmo assim está cogitando fazer?

—Não sei, a Karina e o Yeonjun têm um plano.

—Que plano?

—Matar o Taehyun, ocupar o cargo de liderança, acabar com a Caladium.

—Isso é genial...

—Isso é estúpido! Mas eu não sei o que fazer, estou pensando ainda.

—Maninha... Onde estão os dados da missão?

—Por que quer saber?

—Nada demais. —Ela ameaçou me bater. —Okay... Quero saber mais da missão, achei interessante.

—Não.

—Não o que?

—Não vai saber nada.

E meus caros... Foi aqui que começou tudo na verdade. Porquê eu estava decidido a saber dessa missão, e se a Winter não estava interessada... Eu iria roubar a missão dela para mim.

Sorri de canto e me afastei da minha irmã, uma atitude que ela entende muito bem. Um silencioso "então você quem sabe, mas não fica brava depois".

Mais tarde, no mesmo dia, fui até a minha unidade. Me aproximei de Giselle, uma espiã sensacional, éramos amigos até certo ponto... Conversávamos, fazíamos qualquer coisa juntos... Só o que estragava tudo, é que ela é minha ex.

—Gi... —A chamei cantarolando, ela estava sentada numa escrivaninha, escrevendo o relatório da nossa última missão.

—Beom... O que você quer? —Ela revirou os olhos e eu segurei o riso puxando uma cadeira para me sentar ao lado dela.

—Ainda é amiga do Kai? —Deitei a cabeça em seu ombro, levando um peteleco na testa.

—Óbvio que sim, o que você quer Beomgyu?—Ela mantinha seus olhos na tela do computador.

—Nada... Me da um abraço? Você não me odeia, né? —Disse voltando a me aconchegar em seu ombro.

—Não, e ainda não... Vai testando minha paciência pra ver, Beomgyu. —Ela suspirou. —Estou trabalhando, para de enrolar e me fala logo.

Me afastei dela, apoiando-me na escrivaninha. Suspirei tomando um ar e postura mais séria.

—Quero uma missão... Mas essa missão não me pertence. Eu prometi confidencialidade ao agente designado, mas ele não quer cumprir tal... Quero para mim.

—A NingNing é hacker também... E temos uma missão com ela, pede para ela. —Disse Giselle, eu neguei com a cabeça.

—Ela é fofoqueira... Preciso do Hueningkai. É para trocar apenas um nome.

—Trocando seis por meia dúzia? Os dois são fofoqueiros. —Ela riu, e eu neguei com a cabeça. —O Soobin, então! —Ela disse tendo a ideia mais incrível de todas. —Ele é ótimo com falsificações, manda um arquivo falso para o agente falando que a missão foi cancelada, e a execute em segredo.

—Giselle... Eu lembrei do porquê eu namorava com você... Que mulher incrível! —Suspirei e levei mais um peteleco na testa.

—É... E eu lembro porquê terminamos, Beomgyu... —Eu desanimei. Não estou com vontade de falar sobre, mas resumidamente, eu matei a irmã dela.

—Mas eu... Giselle...

—Ai Beomgyu... Vai atrás do Soobin, vai... É melhor.

Então, eu apenas sai da sala.

 𝐎 𝐌ELHOR 𝐃E 𝐍ÓS || kmj (aespa) & cbg (txt) Onde histórias criam vida. Descubra agora