Capitulo 4

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Sua lingua e lábios se arrastavam por toda a extensão do meu pescoço, a cada beijo que ele depositava em meu pescoço, mas pesada minha calcinha se tornava.

Sua boca se arrastou até perto dos meus lábios, a ponto de enlouquecer, puxei George para um beijo, mas ele me empurrou com força para longe.

— Sem beijos por favor. — Oi? Ele quer mesmo me comer sem nem me beijar? Deve estar de sacanagem.

— O que foi? Beijos são muito íntimos para você? — Ele franziu o cenho, uma sensação confusa se passou por mim, seus braços que estavam cruzados sobre seu peito agora estão apoiados atrás de seu pescoço.

— Amara vá dormir, já está na sua hora. — Me encontrei em um poço de confusão profunda, meus sentidos falharam, só pensei em espalmar seu rosto. Mas não o fiz.

— O que aconteceu? — Meu instinto extremamente curioso me tocou.

— Nada, apenas siga seu caminho e vá dormir, por favor. — Ele saiu em direção a sala precisa, pisando fundo e cabisbaixo. Fiquei imersa por minutos tentando raciocinar o que havia acontecido.

— Pode me explicar o que faz aqui? — Fred apareceu do corredor ao lado, vestindo apenas calças jeans.

— George. — Eu comecei, mas me toquei que não devia satisfação a ele. Preciso tomar muito cuidado.

Ignorei sua presença e sai rápido, ao chegar no salão comunal, avistei Jolleine se agarrando com um lo... DRACO MALFOY?

Que noite confusa.

Ela estava sentada em seu colo, uma perna de cada lado, seus cabelos longos estavam bagunçados, as mãos de Malfoy apalpavam sua nuca e cintura. Entendo fazer isso, mas no meio do salão comunal?

Passei pisando leve, quase imperceptível, segui até meu quarto, que por sorte, minha tia Rosye havia comprado individual para mim.

Ok, essa festa foi definitivamente uma loucura, não sei mais o que sentir.

Ao mesmo tempo uma mistura de excitação com confusões.

Me deito e minha cabeça roda, uma mistura de adrenalina e loucura, eu realmente não entendo qual foi a de George, e principalmente a de Fred, eu não entendo esses dois, definitivamente.

(...)

Uma semana depois eu estava no jardim em um sábado, o sol de rachar, eu sentia meu corpo aquecido, todos estavam assistindo o campeonato de quadribol, desde os acontecimentos da semana passada, os gêmeos não falaram mais comigo, me veem e passam reto.

Nessa última semana também encontrei um fornecedor para cigarro e maconha, tudo que eu gosto.
Acendo um baseado, queimando a ponta, a fumaça adentrando meu corpo e sentindo o sabor da erva.

— Estou na sua B.— Uma voz grossa e baixa fala atrás de mim.

Fred Wesley.

— Nem pensar, meu momento sagrado. — Ele se senta ao meu lado e retira o baseado dos meus dedos.

— Por favor eu preciso ainda mais.— Ele tragou o baseado, sinto a brisa daquilo afetar meus olhos, o mundo fica mais calmo, e lento.

Acho que ultimamente me vejo muito confusa, ou as coisas andam muito confusas, voltei a fumar, o meu ruivo preferido se afastou de mim, e o menos preferido quer papo comigo?

Ok, estou louca.

— Fred. — Meu sistema automático refletiu sobre meus pensamentos

—Hm? — Ele me olha, com os olhos pequenos, quase fechados.

— O que tem acontecido com George? — Minha preocupação com o meu melhor amigo era maior que minha birra com esse bicho ruivo.

— Eu sei lá, ele deixou escapar que tava chateado, mas que se foda, ele tem sido muito grosso, ele que se foda.

Dei uma risada nasal.
Ok
Estou louca.

— E você Eld? O que tem acontecido com você? — Aquela pergunta tão simples, mas ao mesmo tempo, tão forte, eu realmente não fazia ideia que ele um dia já reparou no que eu deixava de sentir ou não.

— Eu estou indo, empurrada, mas estou.— Ele me olhava fundo, com um brilho no olhar quase fechado.

— E o que são essas coisas?— Ele me parecia muito preocupado, mas sei lá, isso ainda era estranho, mesmo com o alto nível de THC no meu sangue.

— Você gosta dele? — Tragando a fumaça daquilo que estávamos fumando, ele me olhava, essa pergunta me causou um desligue de emoções.

— Não.

— Gosta sim. Ninguém se preocupa tanto se não gosta.

— Ok, pode ser que eu transaria com ele, feliz? — Ele me abriu um sorriso leve, de canto.

—Nem tanto. — Ele soltou em um tom sarcástico.

— Que? Ta doido? — Eu realmente estava confusa, vai entender.

— Sou eu que queria isso. — Ele me olhou fundo, eu poderia sentir seu olhar percorrendo todo meu corpo.

Uma risada sem graça me escapou, e o choque claro em meu rosto me fizeram querer morrer.

— Ok, preciso ir, e pode ficar com essa ponta. — Sai pisando firme, sem nem mesmo olhar para trás, mas que porra! Esses dois devem estar loucos.

(...)

Adentrei o meu quarto, e apenas precisava de um banho, minha cabeça estava muito confusa, meu ódio interior de Fred me corroeu, meu orgulho martelava minha cabeça por ter apenas dirigido a palavra á ele.

Retirei minhas vestes, e liguei o chuveiro, entrei e apenas deixei a água morna correr pelo meu corpo, levando toda a exaustão diária embora. Coloquei meu shampoo no cabelo e esfreguei, logo em seguida o condicionador, e depois de retirar os produtos do meu cabelo, lavei meu corpo.
Minha cabeça estava cheia, provas, aulas, homens, amigas, até mesmo a insuficiência de mim mesma.

Sai do banho renovada, entrei no meu closet, coloquei apenas uma regata e um shorts jeans, sem esperança de convites para sair, me deitei e decidi que era a hora de terminar meus livros pendentes.

Cochilei. Droga. Meu ritmo de leitura está uma merda.

Aparentemente era bem mais tarde, não dava para saber muito, mas era o que parecia.
Logo que me levantei, desesperada por ter dormido demais vi um pequeno pergaminho no chão, letras cursivas, em tinta vermelha, colocado por de baixo da minha porta:

"Hoje, ás 21:00, na sala precisa, traga sua bebida"

Era mais que comum os alunos marcarem festas e o convite ser apenas isso, tipo "Ou vem, ou vem" sem opção de negar, mas acredito que hoje eu vá recusar o convite.

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⏰ Última atualização: Jul 10 ⏰

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