Capítulo 8

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*pov Daniel*

Quando deu 19:00h eu tomei um banho e vesti a mesma roupa que fui pro primeiro dia de aula. Eu estava nervoso e animado ao mesmo tempo, eu não fazia ideia de como iria ser sair com Johnny Lawrence.

Eu escutei batidas na porta e logo fui atender, Johnny estava ótimo como sempre, estilo bad boy.

- Você tá incrível -  eu disse sentindo meu rosto esquentar um pouco.

- Você também, vamos? - ele falou me entregando um capacete.

- Pra onde vamos exatamente?

- Você vai ver, Larusso.

A viagem demorou um pouco mas foi tranquila, apesar dele ter ido em alta velocidade isso não me incomodou, pois eu estava segurando sua cintura o tempo todo.

Chegamos ao que parecia um parque, mas já estávamos fora dos limites da cidade, quando entramos eu comecei a ver vários brinquedos e jogos divididos.

- Nossa, esse lugar é gigante - falei impressionado.

- Você ainda não viu a outra parte - ele disse segurando minha mão e me levando pra outra parte do parque, eu estava sentindo arrepios.

Nós jogamos golfe, fomos na montanha russa que era gigantesca e jogamos tiro ao alvo, estava sendo tudo incrível.

Enquanto estávamos na cabine fotográfica ele me perguntou:

- Você tá com fome?

- Sim, muita.

- Vamo procurar algum lugar que vende comida aqui.

Saímos e pegamos as fotos, eram quatro no total, uma de nós dois sorrindo, outra fazendo careta, outra de eu beijando seu rosto e a última capturou o momento em que ele me perguntou se eu estava com fome.

Dividimos as fotos, duas para cada. E começamos a andar pela rua da frente do parque. Chegamos a um restaurante onde vendiam comida mexicana, eu amava.

- Que tal pararmos aqui? - perguntei animado.

- Tudo bem.

Nos sentamos na mesa de canto onde a luz não refletia tanto.

- Olhamos o cardápio e demorou um tempo até decidirmos o que iríamos pedir, foi uma discussão sem sentido.

Enquanto a comida não chegava eu decidi perguntar a Johnny um pouco sobre a casa em que morava, ele não falava tanto sobre.

- Então, seus pais realmente tem grana, hein?

- Sim, meu padrasto ganha muito no ramo de seu trabalho, quando eu ando na linha ele sempre me dá coisas como minha moto e o carro.

- Isso é muito legal.

- Ás vezes sim, mas qualquer coisa que acontece ele desconta a raiva em mim e na minha mãe, sempre me pego pensando se ela realmente ama ele, e a resposta é sempre não.

Fiquei escutando ele dizendo várias coisas sobre sua infância, o que foi bom porque ele era uma pessoa bem reservada em relação aos sentimentos.

Em compensação, ele já sabia tudo sobre mim, pois as pessoas da escola procuravam saber tudo sobre os novatos. E as coisas que as pessoas não sabiam sobre mim eu contei a ele, praticamente nesse momento já sabíamos até o tipo sanguíneo um do outro.

Quando a comida chegou devoramos rapidamente, aquele tempo no parque nos deixou morrendo de fome.

De sobremesa dividimos um petit gatêau, porque já estávamos tão cheios que não aguentaríamos comer um sozinhos.

Depois, a garçonete recolheu tudo que tinha e nos entregou o valor.

- Dividimos a conta? - perguntei pois não tinha grana pra pagar aquilo tudo sozinho.

- Relaxa, eu pago.

- Não, eu faço questão de pagar.

- Ta tudo bem, Daniel - disse ele se dirigindo pro caixa - eu pago.

- Valeu mesmo.

Quando ele voltou, se sentou ao meu lado e passou os braços ao redor das minhas costas, não tive nem tempo de pensar e ele me deu beijo longo de lento descansando a outra mão em minha coxa. Tudo nessa hora parecia não ser real.

A garçonete veio por trás nos interrompendo.

- Desculpe, mas aqui não é lugar para esse tipo de coisa - ela disse mesmo tendo um casal hétero se comendo na mesa da frente.

- Você se incomoda? - Johnny disse olhando para ela com um olhar intimidador que só ele tem.

- Acho que vão te que se retirar - disse um homem que veio interferir, supus que esse era o gerente, pois sua roupa estava diferente dos demais.

Nos levantamos e Johnny empurrou o gerente que caiu rapidamente no chão.

- Vai se fuder, cara.

E saímos derrubando quase todas as mesas e roubamos alguns doce que estavam no balcão, e eu fiz questão de derrubar suco no casal que estava quase se comendo.

Corremos em direção a moto dando gargalhadas, não que eu me orgulhasse do que fizemos mas confesso que foi bem satisfatório.

Quando ele olhou no controle da moto já eram mais de meia noite, o tempo passou voando. Eu estava mais feliz do que nunca.

De volta pra casa, passamos em frente à praia e vimos ali alguns dos amigos de Johnny e algumas amigas de Ali, eu não sabia que eles ficavam até essa hora em plena segunda-feira.

Olhei rápido e percebi que Tommy estava sorrindo com brilho nos olhos para Ali e a mesma nem tinha percebido que ele estava olhando para ela.

Que ótimo que eles não perceberam que passamos ali, eu consigo até imaginar qual seria a reação dos Cobras, eles surtariam.

Chegando em casa eu me despedi dele dando-lhe um beijo rápido com receio de alguém da vizinhança visse nós dois ali.

- Boa noite, Johnny.

- Boa noite, Daniel.

- E obrigado pela noite, foi tão incrível - falei ainda sentindo borboletas no estômago.

- É, foi mesmo, até amanhã.

- Até.

Entrei, mas fiquei pensando em como ele iria lidar com seu padrasto.

Minha mãe estava me esperando chegar e logo me deu um sermão sobre o horário que cheguei, mas eu não liguei muito para aquilo. Eu estava muito feliz, tudo foi tão mágico, tenho certeza que dormi sorrindo, tudo com Johnny parecia ser de outra realidade.

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*Nota da autora*

𝐍𝐚̃𝐨 𝐬𝐞𝐢 𝐬𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂𝐬 𝐥𝐞𝐦𝐛𝐫𝐚𝐦, 𝐦𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐂𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐊𝐚𝐢 𝐧𝐨 𝐞𝐩. 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐯𝐚𝐢 𝐯𝐢𝐬𝐢𝐭𝐚𝐫 𝐨 𝐓𝐨𝐦𝐦𝐲 𝐞𝐥𝐞 𝐝𝐢𝐳 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐫𝐚 𝐚𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐀𝐥𝐢. 𝐓𝐞𝐧𝐭𝐞𝐢 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐫 𝐫𝐚𝐩𝐢𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐧𝐚̃𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐢́𝐜𝐢𝐭𝐨.













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