Love At Christmas

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PRÓLOGO


— Por favor — literalmente supliquei — me ajuda com isso,eu nunca te pedi algo na vida.

— Graças a Deus não, né — ele fez uma careta — eu nem te conheço! Talvez você seja muito louca por estar pedindo isso para um estranho.

— Sim,eu sei, é loucura,mas você não é um completo estranho — passei a mão por meus cabelos — É a minha última súplica, além de que é apenas por dois dias.

— O ruivinha, não nos conhecemos direito. — agora ele segurava uma risada.

— Cara,qual é? O que vai estar fazendo no Natal? — andávamos lado a lado pelo enorme central park.

— Provavelmente bebendo com meus amigos por aí e quem sabe, paquerando algumas garotas. — ele sorriu convencido.

— Isso é nojento. — fiz uma careta para o loiro que logo me olhou arqueando uma de suas sobrancelhas. — Olha, só durante esse mês,depois nunca mais vamos nos ver, além de algumas vezes na universidade. Mas por favor,eu preciso que aquelas tias e primas saiam do meu pé,por pelo menos um Natal durante a minha vida. — o encarei fazendo minha maior cara de coitada,quem sabe assim,ele cedia a minha loucura.

— Não vai me deixar em paz não é? — ele me encarou parando de andar.

— Em hipótese alguma. — ouvi ele bufar e sorri,já sabendo o que ele diria.

— Está bom! — gritei em forma de felicidade,fazendo com que todos os presentes ali me olhassem com algumas carretas estranhas — Você já está me fazendo passar vergonha! Por Deus ruiva.

— Perdão — falei rindo.

— O que eu ganho em aceitar ser seu namoradinho? — o seu tom de voz era total de deboche.

— Hum — pensei — Não sei,o que quer?

— Passará um dia comigo, fazendo coisas que eu goste e que eu escolha!

— Você parece ter tanto péssimo gosto. Porque não outra coisa?

— Ou isso,ou passa o natal sem namorado, aguentando suas tias e primas lhe dizendo o quão encalhada você é,e que provavelmente envelhecerá só e com uma casa repleta de gatos. O que acha? — Fiz caretas em cada palavra que saía por sua boca,ele sabe ser cruel e isso parecia um pesadelo.

— Feito! — Estiquei minha mão para que ele apertasse,e assim que ele apertou era como se um trato fosse selado entre nós.

— Ruiva — ele chamou e eu o encarei — Toma cuidado para não se apaixonar! — ri sarcasticamente.

— Isso jamais vai acontecer,mas acho bom você tomar cuidado,eu não quero partir seu coração. — agora foi a vez dele rir.

Combinei rapidamente com ele,como tudo funcionaria. Era dia 15 de dezembro, tínhamos pouco tempo para fazer isso funcionar, parecia loucura,o que de fato era,mas eu surtaria em ter que passar mais um Natal com meus familiares em meu ouvido.

Tudo bem que isso era coisa de adolescentes e que uma pessoa de 21 anos não seria tão imatura assim,mas sinceramente,agora eu não estou me importando, deixarei minha maturidade para o próximo Natal,que espero que eu esteja com um namorado de verdade.

Ter um namorado de mentira parecia mais com aquelas histórias que eu lia e era terrivelmente apaixonada aos 14 anos,quem diria que agora eu estaria fazendo o mesmo. Com a única diferença em que o final feliz não termina com um casal de verdade.

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