Você não pode fugir do seu destino

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03:45 da madrugada

Meu coração apertava com o medo transbordando pelo meu corpo, em minhas mãos tinha uma lanterna simples.

Tremia de frio pois minhas roupas não eram suficientes para me manter agasalhada durante o frio que fazia naquela madrugada.

Apressei meus passos quando comecei a escutar pisadas atrás de mim, meu corpo se arrepiou por inteiro, meu coração parecia que ia sair pela boca e minha pele foi perdendo a coloração.

O que eu vou fazer? Eu tou há horas procurando pela saída o que tem sido em vão.

Num ato de desespero, comecei a correr, assim como os passos que pareciam me acompanhar.

—Luna você não pode fugir do seu destino…

Foi a única coisa que eu escutei antes de meu corpo se chocar contra o chão.

06:33 da manhã

Acordei suando frio, o meus pulmões no momento pareciam sufocantes eu não conseguia respirar direito.

Esses pesadelos vem me acompanhando há tempos

Tentei deitar na cama pra acalmar a respiração.

Passado alguns minutos, meu cérebro foi começando a processar as informações ao redor e minha respiração foi se acalmando.

Levantei num pulo checando o despertador que tocaria em 5 minutos lembrando da escola, suspirei pesadamente, e fui ao meu armário eu poderia ir mais despojada mais a situação pedia um pouco mais de produção, escola nova e eu queria tirar aquela imagem de garota esquisita.

Fui ao banheiro fiz toda minha higiene matinal.

— Você não pode fugir do seu destino.

Deixei minha escova de dente cair no pulo que eu tomei, com o susto que levei.

Relaxa Luna ela é apenas um fruto da sua mente.

Fui pro meu quarto enrolada na toalha e da uma olhada no meu guarda roupa.

Percebi que eu não tinha noção do que vestir.

— Cuidado. - meu corpo se arrepiou e num instinto abracei meu corpo sentindo o mesmo se arrepiar com a ventania que passou raspando na pele do meu pescoço.

A mesma voz sussurrou no meu ouvido.

— QUER PARAR? MAIS QUE MERDA.

Me joguei na cama, e respirei fundo tentando manter a calma, é só uma voz da sua cabeça Luna…

Me levantei e novamente fui em direção ao meu guarda roupa dessa vez escolhi uma calça skinny preta uma camiseta básica branca e calcei um tênis.

No rosto passei algo leve, lápis de olho máscara de cílios e liptint nos lábios.

Peguei minha bolsa abri a porta do meu quarto.

Fui em direção a cozinha onde minha mãe já estava na mesa desfrutando da sua xícara de café.

Sentia seus olhos me olhando minimamente a cada passo que eu dava na sua direção.

— Filha eu tou preocupada com você.

— Ah mãe eu já sou bem grandinha.

— Você acha que eu não sei? Mais tem toda história… Sua tataravó conheceu seu tataravô, sua bisavó- interrompi a mesma.

— Bruxas não existem, maldições não existe, o que existe é coincidências.  As mortes foram grandes tragédias, acontecem nas melhores famílias  E olha pra minha avó, hoje em dia está muito bem casada com o Vô Nick – dessa vez foi a vez dela me interromper

— Mais ele não foi o grande amor da vida dela- suspirou com um sorriso triste. – eu me preocupo com você Lu, eu realmente amava seu pai a morte dele foi uma tragédia, não é fácil perder o grande amor da minha vida, de certa forma, eu me sentia egoísta, eu era igualzinha a você– falou enquanto secava uma lágrima teimosa que escorria pela sua bochecha- Só passei a acreditar quando seu pai foi embora sem mesmo te conhecer, ele me deu o maior presente da minha vida que foi você… Eu me preocupo com você por que eu não quero que essa história se repita com você. Deve existir alguma maneira de acabar com tudo isso…

Balancei a cabeça, e peguei uma maçã, eu não tava afim de discutir sobre o assunto, já tou farta de toda essa história, eu não queria estragar meu bom humor com uma pequena discursão sobre essa história maluca.

Maldita MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora