babaca

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Eu não costumava ser o centro das atenções, toda aquela gente me encarando e cochichando me causava arrepios, por um instante prendi a respiração, durante minha caminhada até chegar na secretaria onde eu ia pegar o número do meu armário e meus horários.

As duas primeiras aulas seriam de história.

Ótimo

Pendurei minha bolsa em um dos meus ombros e fui andando até chegar em um corredor extenso, pensei em perdi informações as pessoas, mais meu nervosismo era tão grande que no momento eu mal consegui raciocinar e só seguir meu instinto 

Em 5 minutos eu tava na porta da sala.

Entrei na sala ainda sob olhares atentos dos curiosos.

As aulas passaram rápidos e eu suspirei aliviada por não ter que me apresentar. 

Peguei minha mochila 

E fui apressando os passos queria sair dali o mais rápido possível.

— Oi você é aluna nova?

Escutei enquanto trancava meu armário e me virei para ver se era comigo

— Sim.

— Já tem onde sentar no refeitório? 

— Hum, ainda não.

Falei um pouco desconfiada

— Pode sentar na minha mesa se quiser.

Pensei: ah por que não né?

— Mel

— ahn?

— Meu nome é Melissa, pode me chamar de Mel e o seu?

— Luna.

Abriu uma porta de vidro e fui em direção ao balcão.

— Qual é daquela gente ali?

— Apontei discretamente para uma mesa onde tinha um grupo de pessoas, eles tavam rindo bastante alto a ponto de chamar a atenção da grande maioria ao seu redor.

Mas algo ali me chamou atenção tinha um garoto me olhando, por um momento eu sentir um arrepio percorrer por todo meu corpo.

Desviei meu olhar pra minha bandeja que já estava cheia.

— Aqueles ali são os "populares".

— Por que você não tá ali?

— As pessoas desprezam pessoas como eu– falou e eu revirei os olhos típica escola com os babacas populares riquinhos e mimados.

Olhei novamente pra mesma mesa e vi que o mesmo garoto ainda continuava me olhando, tão intensamente que parecia que ele ia despir minha alma.

O olhei com desdém enquanto via a Mel me olhar desconfiada.

— Aquele ali é o Luca, ele não para de te olhar– sussurrou no meu ouvido para que o Manuela que estava do lado dela não escutasse

— Eu dispenso esse tipo de gente.

— Que tipo de gente?– Levantou uma das sobrancelhas

— Populares, olha pra lá, o prazer deles é tentar diminuir as pessoas ao seu redor e só isso parece importar, poder e fama num colégio, acho isso fútil até por que todos nós vamos nos formar um dia, não vamos ser lembrados pelas próximas gerações, é sair pela porta principal com o diploma e formada pela porta e tchau escola. Não vejo o por que de toda essa idolatria.

O sinal tocou e indicou a última aula que infelizmente seria de educação física, eu já estava com meu uniforme.

Eu não levo muito esforço pra esportes.

— Aí 

Trombei com algo.

— Você não olha por onde anda não?

Escutei uma voz grossa falar atrás de mim.

— Me fala você- levantei bruscamente do chão e me virando rapidamente me arrependendo com o ato

— Ah é você.

Falamos os dois juntos.

— Onde tá sua educação?– Perguntei

— Eu só trato bem quem merece, já você...- me olhou de cima a baixo e deixou a resposta no ar.

— Escuta aqui- cheguei perto dele e apontei o dedo na sua direção- Você acha que é quem pra tá falando comigo desse jeito? Só por que você é popular não te dá o direito de sair tratando todo mundo desse jeito.

— E quem é você pra falar desse jeito assim comigo? De arrogante pra arrogante você não tá tão diferente de mim.

Falou e virou as costas pra mim

— Argh– grunhi rangendo os dentes eu já odeio essa escola.

Dessa vez ele fez questão de passar e esbarrar em mim pelo ombro.

Senti uma tontura e uma ventania passou por mim.

Até que nos desequilibramos e eu cai por cima dele.

Entrei em transe quando comecei a reparar nos seus olhos azuis feito a cor do mar, e percebi o quanto ele é bonito, fala sério Luna esse cara nem de longe é feio.

— Você tá bem?– por impulso toquei seu braço.

— Você é maluca, sai de cima de mim

Virou invertendo as posições se levantou e saiu andando, literalmente correndo.

— Eu que sou a maluca?

— Luna onde você estava?– Mel

— Um louco esbarrou em mim.

Falei pra Mel 

— Quem?

— Aquele garoto da cantina, ele esbarra em mim e me chama de maluca.

Fomos andando em direção a quadra e enquanto eu contava, obviamente que eu vou omitir a parte da queda.

Mais algo ainda tava me martelando, o que foi que aconteceu?

Maldita MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora