capítulo 7

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Mais tarde os dois estavam deitados na cama de Lucas conversando sobre coisas aleatórias e rindo alto. Quando ouviram a porta da sala abrir .
- Merda.
- Seus pais?
- Eu acho que sim.
- Vamos ficar quietos ou...
- É, Vamos ficar quietos aqui até eles irem se deitar.
- E eles não vão vir aqui?
- Eu vou lá...
- Ok.
Lucas desceu e encontrou com os pais na sala gargalhando.
- Oiii, filho.
- Oi.
- O que está fazendo acordado a essa hora?
- Eu escutei um barulho e vim ver.
- Ah!
- Ok. Boa noite.
- Boa noite, filhão.
Lucas voltou pro quarto e se deitou do lado do lado de Oliver.
- E aí?
- Acho que estão bêbados.
- Sério?
- Sim. Eae, terminou o trabalho em grupo?
- Não, e nem me lembre disso. Estou tão tranquilo aqui.
- Ok.
Eles se beijavam, acaricivam um ao outro até Lucas pegar no sono e Oliver ficar feito bobo olhando pra ele, mas logo dormiu também.
Os dois acordaram no dia seguinte com batidas na porta.
- Filho, Tá na hora..
- Hum.
- Anda, levanta. Eu e seu pai já estamos saindo.
- Tá.
- Filho?
- Quê?
- O que o carro do Oliver tá fazendo no nosso quintal?
Os dois garotos se olharam com olhos arregalados.
- É... É que ele veio aqui ontem e quando foi embora, o carro não quis ligar.
- E ele foi pra casa a pé.
- É. Quer dizer, Não. Ele ligou pra alguém vir busca- lo .
- Ah! Tchau.
- Tchau.
Cara, vc veio de carro pq?
- Queria que eu viesse como?
- Sei lá.
Os dois cairam na risada.
- Anda se veste. Vamos chegar atrasados.
Chegando na escola cada um foi pra sua sala.
- Eae atrasado.
Lucas se sentou do lado de Felipe.
- Eae cara.
- Estava com o namoradinho?
- Ele não é meu namorado.
- Então não estavam juntos?
- Estávamos.
- Então?
- Então oq?
A professora logo chamou a atenção dos dois.
- Lucas e Felipe. Acho que estamos em aula, e eu quero que façam a tarefa de vocês quietos.
- Desculpe professora.
- Foi mal prof .
Na hora do Recreio, Felipe não desgrudou de Lucas.
- Me conta tudo.
- Tudo o que?
- Você e Oliver chegaram atrasados.
- Muita gente chegou atrasado, e isso não significa que estávamos todos juntos.
- Lucaaaaas, você me entendeu. Quer que eu pergunte ao Oliver? Ele é bem mais detalhista.
- Tá, chega. Ele dormiu lá em casa... pronto.
- Pronto?
- É.
- Você é muito sem graça... diferente daquela ali.
- Quem?
Quando Lucas virou pra olhar, viu Sara batendo boca com Oliver.
- Ela é sempre assim?
- Sim. É bom tomar cuidando, é determinada de verdade.
Sara esbravejava enquanto Oliver fazia cara de paisagem.
-Você não pode terminar comigo, Oliver. Somos feitos um para o outro.
- Meu Deus, Sara. Isso é tão idiota.
- Idiota é você terminar comigo por nada.
Oliver viu Lucas logo na frente deles ouvido tudo, as mesas não eram tão distantes.
- Não é qualquer coisa, Sara. Eu gosto de uma pessoa, eu gosto muito dessa pessoa. Você sabe, já conversamos sobre isso.
Sara olhou com os olhos cheios de lágrimas para Lucas e voltou a falar.
- O que ele tem que eu ñ tenho?
Alguém gritou no fundo.
- Um pintooo.
Todos riram e Sara saiu chorando dali.
Oliver olhou pra galera.
- Nossa, gente. Sério? Idiotas..
Oliver olhou pra Lucas e foi atrás de Sara.
- Sara, espera.
- Estão me zoando Oliver. Porque vc me trocou por um cara, estão rindo de mim.
- Não estão rindo de vc. Sabe como são, fazem piada de tudo e todos... vem cá...
Oliver beijou Sara na testa e abraçou a garota.
- Eu vou continuar sendo seu amigo, sempre. Eu sei que devia ter contado tudo no início, mas eu ñ tinha coragem de falar, e assumir tudo isso.
- Ai o Lucas apareceu e te deu toda coragem do mundo.
- Mais ou menos.
No fim do dia Oliver levava Lucas pra casa.
- Pode perguntar.
- Quê?
- Sua Cara, Lucas. É de quem quer fazer perguntas.
- Como tá a Sara?
Oliver sorriu e olhou rapidamente para Lucas e voltou olhar a estrada.
- Ela se acostumou a estar comigo, todos nós nos acostumamos uns com os outros e pra ela esse término é como se eu estivesse pondo um fim em toda a amizade também, sabe?
Igual quando Samuel e Eva terminaram, só que tinha aquele lance todo do acidente e talz. É diferente.
- Droga tenho que por gasolina, vamos parar naquele posto.
- Ótimo, preciso ir ao banheiro.
- Tá, não demora.
Lucas foi ao banheiro enquanto Oliver enchia o tanque, não tinha muitas pessoas ali só um cara na cabine do lado.
Quando Lucas saiu do banheiro viu um cara apontando uma arma pra Oliver, os dois gritavan é Lucas de longe olhando tudo aquilo sem poder fazer nada. O cara com a arma viu que Lucas tava se mexendo, Oliver gritou para que Lucas corresse, mas o cara atirou nele montou na moto e fugiu. Oliver colocou a mão no local do tiro e viu que tinha sangue. Lucas gritou e foi correndo até o garoto.
- Oliveeer... Ai meu Deus... caramba. Merda, Merda.
Lucas se sentou no chão e puxou Oliver para seu colo.
- Ai meu Deus, tem muito sangue... calma, eu vou chamar Socorro.
Logo apareceram algumas pessoas falando que o Socorro já estava a caminho.
- Oliver, Não fecha os olhos. Tá, fica comigo por favor.
Logo a ambulância chegou e levou os dois para o hospital.
Chegando lá Oliver foi direto pra sala de cirurgia e Lucas ficou na sala de espera todo sujo de sangue sem saber o que fazer. Então ligou para sua mãe.
- Mãe?
- Oi, Filho. O que foi?
- Aconteceu uma coisa, mãe...
- Meu Deus, meu filho o que foi?
O garoto não conseguia falar, a respiração tava ofegante e ele não parava de chorar.
- Filho?
- Mãe... vem pro hospital... Oliver levou um tiro, mãe... vem pra cá.
- Calma, eu tô indo praí agora.
Enquanto esperava Lucas avisou aos pais de Oliver e aos amigos também.
Seus pais foram os priemiroprimeiros a chegar.
- Ai garças a Deus.
Lucas abraçou os seus pais e não parava de chorar.
- Calma, a gente tá aqui.
E esse sangue todo, vc tá ferido?
- Não é meu.
- E cadê ele?
- Sala de cirurgia... Ele chegou descordado...

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