1.2. Monster in Me - Futuro

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*A música é uma sugestão para ser ouvida enquanto você lê cada capítulo. No final vou colocar a tradução da música. Bjos*

ARTHUR

Cheguei em São Paulo ainda era madrugada. Eu já tinha tudo organizado desde a hora que sai do Rio, então fui direto para o hotel onde colocaria meu plano em prática.

Apesar de estar no Rio, Pocah estava me ajudando pra que tudo saísse o mais perfeito possível e tudo desse certo.

Eu não tinha ideia de como seria nosso reencontro, ou se ela ia querer me ver. Nós nos machucamos muito, as feridas ainda estavam abertas e doloridas, mas eu a amava demais e sentia sua falta todo dia.

Dizem que o sofrimento faz a gente amadurecer e concordo totalmente com isso. Nesses meses que ficamos separados, apesar das muitas besteiras que fiz, tenho certeza que não só eu como também meu sentimento por ela amadureceu e fortaleceu.

Como pode? Mesmo separados eu a amava cada vez mais, a queria cada vez mais. Acho que por isso estou sofrendo feito um condenado.

Como ainda era madrugada resolvi dormir um pouco. Acordei quase meio dia, no susto, com o telefone tocando. Tateio a cama e capturo o telefone o levando a orelha sem olhar a tela.

Arthur: Alô! - minha voz sai grossa pelo sono.
Pocah: Você tá dormindo? - sua voz sai aguda. - Não tô acreditando não.
Arthur: Eu cheguei aqui de madrugada, precisava descansar um pouco. - digo bocejando.
Pocah: Pois então levanta essa bunda da cama e vai se arrumar logo.
Arthur: Você conseguiu? - prendo a respiração esperando sua resposta.
Pocah: Ela vai estar em casa a tarde toda... e sozinha. - ela diz a última palavra e percebo o sorriso em sua voz.
Arthur: E agora? - pergunto receoso.
Pocah: Agora é com vocês. E por favor, que vocês sejam menos burros! - é involuntário o sorrisinho que se abre em meu rosto. - Dois pirracentos que se amam e ficam de picuinha. - ela diz me fazendo gargalhar.
Arthur: Obrigado por tudo. - respondo.
Pocah: Eu só quero ver vocês felizes.

E assim que desligamos pulo da cama indo direto ao banheiro para me arrumar e sair.
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CARLA

Os dias aqui em São Paulo vem se arrastando. Quando me mudei foi uma decisão precipitada da minha parte. A intensão era estar mais perto dos trabalhos que iria começar a gravar, mais perto do meu namorado e querendo fugir dele e de qualquer coisa que me lembrasse ele.

Acabou que o namoro não deu certo e fiquei só pelos trabalhos. Apesar de ter minha mãe sempre por perto eu sentia falta dos meus amigos do Rio, principalmente Keh, Vini e Pocah.

Me sentindo sozinha eu passava mais da metade dos dias trancada em casa. Mas o que mais me agoniava era a saudade que eu sentia dele em todo momento do meu dia.

Cada coisinha nova que me acontecia ou que me fizesse lembrar dele me deixava numa angústia, uma saudade, que não sabia explicar direito.

Depois desse tempo separados e tendo me envolvido com outra pessoa, esse sentimento era pra ter diminuído. Mas a quem eu queria enganar, eu ainda o amava e sentia sua falta o tempo todo.

Hoje não era um dia diferente. Estava em casa sozinha tentando estudar alguns roteiros mas com a mente lá no Rio. Pocah tinha me ligado mais cedo pedindo pra receber uma encomenda sua aqui em Sampa, que ela passaria pra buscar depois.

Já passava das 14 horas quando o interfone tocou e autorizei a subida do entregador. Não me preocupei em mudar de roupa pois só receberia a entrega e poderia voltar para o que estava fazendo antes, mas quando a porta abriu quase cai pra trás.

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