My Mommy [ Livro 2 ]

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Surprise!

" A dor não fica para sempre, um dia ela também vai embora "

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Pov Perrie

Todos os dias eu evitava ao máximo pensar em tudo que tinha acontecido, o que se tornava impossível, minha mãe sempre foi tão presente na minha vida, sem ela aqui meus dias perderam o sentido.

Nas manhãs quando eu acordava era recebida por beijos e seu corpo sobre o meu em um abraço quentinho, eles me faziam sentir a pessoa mais sortuda do mundo por ter alguém como ela ali.

Ao contrário do que muitos pensam meus pais nunca se deram bem, apesar de que com a relação de ambos nasceram três filhos, mas como ela sempre disse sempre foi carnal, eles amam sim eu e meus irmãos, mas esse amor não existia entre ambos. Ele nunca foi de nos tratar como as coisas mais precisas de sua vida, mas nunca nos tratou mal, acredito que sempre foi do jeitinho dele bruto mais com carinho.

Eu estava tão cansada, meus dias agora se resumem a idas até a cozinha e quarto, passava ao mínimo dez horas deitada chorando abraçada aos meus ursos, e quando consigo entrar no baby mode é o único momento em que fico um pouco melhor e esqueço por uma fração de tempo, tudo o que aconteceu. A minha única preocupação se torna escolher o nome de ursinhos de pelúcia que ainda não possuem tal.

Agora é um ótimo exemplo da minha rotina, estou deitada abraçada com o Theo, uma alpaca azul marinho, que usa uma gravatinha preta. Ganhei ele da mamãe quando em um acidente com skate eu fui parar no hospital e precisei ficar por duas semanas internada, desde então se tornou um companheiro dos meus momentos ruins.

A essa altura do campeonato várias pessoas aparecem aqui para perguntar como estou, como se a resposta dessa pergunta não fosse óbvia. E quando respondo elas me olham estranho, perguntam onde está a Perrie sorridente e alegre que todos conhecem, adoraria ter essa resposta, mas nem eu me reconheço mais.

Tento ao máximo não responder com palavras curtas e até grossas, contudo em sua maioria são inevitáveis, quando percebo elas já saíram da minha boca. Assim como aconteceu com a Jade...

Me arrependo amargamente daquele dia, eu não deveria tê-la tratado mal, e tão pouco agir daquela forma, eu fui uma idiota quando suas única intenção era saber como eu estava, e como sempre estraguei tudo...

Agarro-me ao Theo e novamente em mais uma tentativa de fechar os olhos e simplesmente dormir. No que mais uma vez é em vão, pois já estava novamente de pé andando a noite pelos corredores.

[...]

Mais uma noite em claro observando o sol surgir ao outro lado do rio, minhas mãos sobre a madeira fria do pier causavam uma sensação estranha.

Conseguia sentir a brisa suave da manhã bater sobre o meu rosto, a luz do sol aos poucos já ia tomando toda a extensão do Jardim e tocava sobre a água do rio.

Já estava na hora de voltar pra dentro. Caminho a passos lentos sentindo a grama fria tocar meus pés descalços.

Adentro a cozinha a escuto passos descendo as escadas, não me dou ao trabalho de observar quem seja já que era mais que óbvio, Leigh-Anne...

— Bom dia, bebê — diz vindo ao meu encontro e beijando o topo da minha cabeça, mas logo me afasto e ela me encara já tendo em mente o que disse — Desculpa, esqueci.

— Tudo bem, só não me chama assim... — Respondo me sentando em um dos bancos ali presentes.

— Comeu algo ? — Pergunta e apenas nego — Irei fazer suco de laranja com panquecas

— Não se preocupa com isso, não estou com fome — respondo enquanto brincava com meus dedos sobre a bancada.

— Não perguntei se queria, disse que irei fazer — Diz séria, apenas reviro os olhos e me levanto

— Eu disse que não — Respondo num tom um pouco alto. Quando iria sair sinto sua mão em volta de meu braço, a encaro e sua feição não estava legal.

— Perrie, apenas escuta, eu entendo que está mal e que seu jeito de lidar com tudo isso é esse, mas comigo ele não irá funcionar assim como com as outras pessoas. E sei que está com fome, então senta ali de volta, eu irei preparar o café e você vai comer sim, e não quero ouvir reclamações quanto a isso, entendeu ou vou precisar fazer do jeito difícil? — Fala séria, e eu senti vontade de chorar, droga! Por que nesses momentos eu me sinto dessa forma ?

— Entendi... — Eu já sabia o que poderia vir a seguir, mas não posso entrar nele agora.

— Quero conversar contigo sobre uma coisa, ou melhor, sobre alguém — diz voltando ao que estava fazendo.

— Sobre quem seria ?

— Aquela garota que esteve aqui com o Diego, quem é ela ?

— Seu nome é Jade, ela é uma das médicas do hospital.

— Ela parecia lhe conhecer bem

— Impressão sua, não nos conhecemos num nível de intimidade alto, adimito que no dia.. você sabe qual, estávamos em um encontro, eu a convidei inclusive, acho que a mamãe estava mais alegre que eu por aquele encontro. Confesso que tive uma leve quedinha por ela, mas depois do dia do encontro não nos falamos mais, e acredito que agora não irá acontecer mais com certeza.

— Hum... Entendi, não curti muito ela.

— Posso saber o motivo ?

— Parece estar interessada em ti, já é motivo o suficiente. Não sei quais são as intenções dela contigo.

— Escutou a parte em que citei eu eu a convidei para sair? Em momento algum ela tentou nada, muito pelo contrário, até gostaria que tomasse uma atitude... Por fim, não tem mais chances de acontecer de qualquer maneira, estraguei tudo.

— Tenho certeza de que um pedido de desculpas, pode mudar esse seu pensamento, e ela irá lhe entender, e se não, não tem problema também, eu sumo com ela e nunca mais vamos escutar falar sobre.

— Por Zeus, Leigh-Anne, não!

E pela primeira vez dentre esse um mês eu sorri com algo.

Eu sou enrolada, eu sei kkkkk O If me fode e me deixa sem tempo, vou aproveitar o feriado pra postar alguns capítulos, e se demorar é pq a louca aqui surtou e publicou as fanfic que tinha excluído e essas tbm não estão completas