Louis andava pela casa, observando o quão grande ela era pra ele. Possuía duas suítes, mais um banheiro, muito mais do que um cara sozinho precisa, e muito menos do que estrelas como ele tinham. Uma sala enorme, cheia de quadros. A maioria de si mesmo, sozinho ou em época de banda.
Ele não havia colocado eles ali, mas era sua nova casa, projetada para o artista que viam. Não para o verdadeiro Louis Tomlinson, que era quem agora caminhava pela casa, avaliando a mesma. Claro, foi ele quem escolheu, comprou e ditou a decoração... Mas não aqueles quadros (ou o sofá, que parecia tão bom na hora que o viu, mas agora parecia tão desnecessariamente caro).
Não era pelo dinheiro. É que ali, sozinho, naquela casa enorme, não soava como… lar. A casa apertada com suas irmãs onde havia crescido era muito mais aconchegante que aquela casa, e ele suspirou em saudades. Mas agora era sua, pelo preço do seu trabalho bem feito como cantor. Diziam que ele era bom no que fazia, e muitos fãs caiam aos seus pés, e ele os amava demais. Ainda sim, ele se sentia só.
Seus companheiros de banda eram seus melhores amigos, é verdade. Mas quando cada um seguiu seu caminho na música, houve o inevitável distanciamento. Ainda se mantinham amigos, mas não era mais a mesma coisa, os horários sempre lotados, cada um em sua própria turnê ou no estúdio.O moreno, envolto em pensamentos, foi ao banheiro de uma das suítes (a maior) que escolhera como sua, tirou a blusa, secou o rosto do suor pelo calor que fazia e se olhou no espelho enxergando olhos azuis vazios avaliando a si mesmo, como seu cabelo quase recém cortado,ou as tatuagens. Talvez, nesse momento, as únicas coisas com significado nele inteiro. Resolveu tomar um banho e ir se deitar.
Hoje foi um dos poucos dias que tirava para si mesmo. E eles eram raros assim por dois motivos: Primeiro, ele adorava estar na rua, estar no meio de pessoas. Pessoas o fascinavam. Segundo, ele tinha medo de ficar com seus próprios pensamentos desde que terminara com seu último relacionamento.
Mesmo com um pouco mais de liberdade de ser quem era, Louis não chegou a assumir o relacionamento com Fábio para a imprensa, pois o homem parecia não suportar a pressão. Era assim que o de olhos castanhos encarava o relacionamento: a pressão de ser o companheiro de Louis Tomlinson, o cantor. Aos poucos, os encontros às escondidas foram desgastando o amor e encanto que eles tinham um pelo outro, a excitação de não serem pegos dando lugar ao medo e à ansiedade.
Eles estiveram juntos por 3 anos, nos quais superaram muita coisa e juraram que superariam muito mais. Superaram namoros falsos para a imprensa, e gripes fortes. Meses sem se ver por conta de sua primeira turnê e polêmicas falsas por veículos sensacionalistas. Apenas não conseguiram ultrapassar seus próprios demônios e inseguranças, e quando se separaram, não havia mais coração para partir, pois os dois estavam estilhaçados.
E concordaram que seria o melhor para os dois. “Então porque o vazio dói tanto?” o cantor pensava todos os dias.
O homem tomou uma ducha rápida, não gostava de ficar muito tempo no chuveiro, mania que nasceu das regras da casa dos seus pais. Logo se deitou e adormeceu, o que não era difícil na última década, já que trabalhava e corria muito.Diferente do cantor, o destino sorriu aliviado sabendo que tudo estava certo, mas se preocupava com o rumo dos pensamentos do moreno. Então resolveu mostrar ao mesmo o que o esperava e o que devia procurar. Se as luzes de Natal da rua brilhavam mais naquela noite e um sino de alegria foi ouvido por todos, ninguém comentou nada.
Ainda com sono, Lou se levantou da cama, pois ouviu barulhos no seu banheiro. Abriu a porta com tudo e um homem deu um gritinho assustado antes de sorrir aliviado e continuar escovando os dentes.
-Ah, é só você.-Ele riu.-Já acordado? Não é sua folga?
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Oito dias para o futuro
FanfictionSozinho em sua nova casa, Louis se sente solitário na semana do seu aniversário. Um lugar muito grande para apenas um coração, era o que se passava em sua mente... Mas talvez, ele mude de ideia se o destino mostrar o que o espera... Com um toque d...