Chapter - Jeon Bunny

495 47 2
                                    

O ar está denso de tensão e sede de sangue.
Estamos na velha fábrica e abusamos desse convite de um jeito que tenho certeza que Jay nunca imaginaria.
Acho que pensou que aconteceria é que eu corresse para ele como a vadia que ele pensava que eu fosse, talvez com o Pa ao meu lado como se fosse um colegial.

Não é isso que está acontecendo agora. Não. Não. Porra. Tudo.
O que está acontecendo é isso.
Na escuridão densa espera um anfitrião dos caras mais malvados de Chicago.
Eles estão ao meu redor.
Eles são a distração que acabou de entrar em cena há dois minutos. Não há tempo suficiente para quem está dentro da fábrica se preparar ou fazer o que quer que seja que normalmente faria quando a guerra chegasse à sua porta.

Guerra... isso é o que é.

A ameaça de Jay foi a palha que quebrou as costas do Pa e soou o grito de guerra por sangue. Sangue por sangue. Essa ameaça de Jay foi
um grande erro.
Estou no telhado com meus irmãos.
Somos a equipe de resgate, enquanto todo mundo é o exército que vem jogar sujo.
Ao nosso redor estão atiradores escondidos nos telhados ao redor. O mais próximo de nós está de olho em Lisa.

Ela está no sótão.
Ele dará o sinal de tudo certo para Jin, e nós seguiremos suas ordens de mudança.
Não estou longe de onde ela está, mas gostaria de poder vê-la. Gostaria de estar no comando desta operação. Mas isso é melhor. É tudo que posso fazer.

Lá embaixo, no chão, Pa está com Claudius Moritz e todos os homens. Mais de cem fortes. Realmente é como um exército. Todas as alianças que convocamos para a batalha.
O sangue correrá pelas ruas esta noite.
Olho para o meu relógio. No arauto das oito horas, o Pa dá um passo e os homens o seguem como um só, parecendo um pesadelo ganhando
vida.
É isso. Está na hora.

— Vamos andando, — jin grita.

Jimin, Tae e eu o seguimos correndo em direção à porta que nos levará para dentro. Os homens abaixo podem parecer demônios, mas parece que viemos direto dos cantos mais escuros do inferno. Demônios.
Tenho pena dos tolos que pensam que podem mexer com a gente. Tenho pena de quem pensa que pode mexer comigo.

Esses filhos da puta estão com minha garota. Eles não vão se safar com o que fizeram. Estou preparado para matar qualquer coisa e qualquer um que se mova na minha frente, mortar.
Quando batemos na porta, ouço a guerra estourar ao nosso redor e balas perfurando o céu noturno.

Cada um de nós tem uma tarefa com base no que nos foi dito. O Pa mandou verificar o local primeiro, para que pudéssemos planejar corretamente. Não adianta entrar em ação com armas em punho e eles nos irritarem matando Lisa.

Os guardas estão abaixo de nós, no primeiro andar. Isso nos dá a clareira.
Jin, Tae e Jimin vão cuidar deles e me dar cobertura enquanto pego Lisa.
Desço um lance de escadas de madeira com meus irmãos e nos dividimos em dois. Tae vem comigo enquanto corro ao longo do caminho que leva ao sótão.

Jin e Jimjn continuam juntos descendo as escadas que levam ao primeiro andar.
É uma viagem tranquila até que dois idiotas nos atacam.

— Continue, — Tae chora para mim.

Eu ouço e continuo minha busca.
Puxando minha faca de longo alcance, corto a cabeça do bandido que veio atrás de mim. Sangue jorra enquanto sua cabeça rola e seu corpo
desaba, mas eu continuo.
O pequeno lance de escadas que leva ao sótão está logo à minha frente.

Eu corro até eles e chuto a porta apenas para ver aquele pedaço de merda do Marco Antonella aqui com Lisa.

Ele a tem nua. Ela está chorando. Seu rosto está tão machucado que não consigo reconhecê-la. O maldito idiota olha para mim, e vejo que sua
braguilha está desfeita como se estivesse se preparando para puxar seu pau para fora. O choque permeia seu rosto e ele está prestes a apontar a arma para mim quando acabo com ele.

Uma bala na cabeça estourando seus miolos.
Lisa grita quanto o sangue respinga em cima dela, e seu olhar se volta para mim. Ele se encaixa bem ao meu redor, e vejo a luz em seus olhos além dos hematomas.

— Baby, — grito e corro para ela.

— Jeon! — ela puxa as correntes e tenta me alcançar. — Jeon.

Eu a seguro quieta e atiro a corrente para baixo de onde ela dá um laço no aro de metal na parede.
Eu tiro minha jaqueta e cubro sua nudez, em seguida, a seguro perto de mim enquanto ela chora.
Isto é minha culpa. A escuridão do meu mundo veio buscá-la.
Eu a arrastei simplesmente por amá-la. Isso é o que aconteceu com o anjo.

— Venha, estamos indo para casa. Estamos indo, Baby. — eu a seguro mais perto.

— Não, espere... — ela puxa de volta, me chocando.

O que diabos a faria querer esperar? Eu quero tirá-la daqui agora mesmo. Não há nada aqui para esperarmos.
Os sons da morte nos andares abaixo deixam isso claro.

— Precisamos sair, Lisa, — eu digo com urgência.

— Meu irmão. Foi ele. Ele atirou em Namjoon. Ele é o cara que fez isso. Meu irmão. — ela desmorona.

Eu congelo.
Congelo na revelação e, primeiro, não tenho certeza do que diabos ela está realmente me dizendo, e o que diabos pensar.
Eu não poderia ter ouvido direito. Não tem jeito.

— O que diabos você está me dizendo, Lisa?

— Meu irmão estava trabalhando com Hector Ramirez, — ela deixa escapar, e balanço minha cabeça. Aquele nome. Eu sempre tive esse nome.
Hector Ramirez. Ela sabia disso e eu nunca soube. — Ele é o homem a quem devemos dinheiro. Meu irmão nos usou. Ele sabia que fazer o trabalho para os Fontaines atirando em seu amigo o traria de volta com Hector, uma aliança.

— Lisa a... — , e minhas mãos escorregam dela. Estou atordoado e chocado.

Namjoon morreu horas atrás.
Namjoon morreu.
Seu irmão atirou nele.
Irmão de Lisa.
Eu não consigo processar isso.

Dark  (Liskook/Lizkook) LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora