Chapter - Jeon Bunny

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Enquanto ela entra, lembro-me de assistir a um documentário no Discovery Channel quando era criança.
Era chamado de 'África Selvagem'.

Jung e Jin estavam sempre assistindo programas como esse e me arrastando porque eu costumava ser muito sensível.
Naquela época, odiava atacar os fracos de qualquer forma. Achei covarde fazer isso. Eu até odiava ver animais fazendo isso. Leões se reuniam ao redor de uma gazela para assustá-la, porque as gazelas sabiam que já estava morta no minuto em que viram os leões chegando.

Sem esperança de escapar, sem esperança ou a porra da chance no inferno de fazer merda além de se permitir ser comida.
A Senhorita Lalisa Manoban me lembra da gazela esta noite.

Com o passar dos anos, à medida que fui ficando mais velho e vi como o negócio funcionava, soube que não se tratava de caçar os fracos. Tratava-se de mostrar controle e poder. Permitindo que todos soubessem quem era o chefe e quem tinha o poder de fazer o que quisessem com você.

Fracos e fortes, não importava quem. Se você for alfa, deixe-os saber que você é alfa, e não há dúvidas depois.
Minha família consiste em um bando de alfas. É nossa dinâmica funciona. É respeito. É por isso que meus irmãos nos deixaram.

Um olhar para ela e eu poderia dizer que os dois a queriam tanto quanto eu, mas sabiam que ela era minha.
Eles sabiam do meu interesse por ela desde o minuto em que concordei em vê-la. Estávamos no meio de conversas sérias sobre planos. Meus planos sobre o que faria para investigar a situação com Namjoon, sem o aviso de Jin.

Jimin e Tae sabiam do meu interesse por esta mulher e sabiam que precisava de distração.
Estou olhando para ela agora, em que roupa está vestindo. Deve parecer casual, e parece. Ela deveria parecer que está vagando pela casa e lendo um jornal com aqueles óculos de biblioteca foda-me de aro escuro, mas isso é justo... Tudo sobre ela grita me foda, e eu quero.

Eu realmente quero dobrá-la sobre minha mesa e foder seus miolos. Quero prendê-la na parede atrás dela e foder tudo de novo, mas como o documentário, jogarei um jogo. Vou brincar com ela e colocar a bola em movimento.

Não funcionará no estado de desespero que vejo transbordando naqueles olhos castanhos claro profundos.
Apago meu charuto e me levanto, dou a volta até ela e me sento na beirada da mesa.

- Senti sua falta ontem à noite, Angel Doll. Você confundiu os dias?

- Não, eu... - ela para e pressiona os lábios, hesitando.

Não consegui esse emprego por ser estúpido ou por perder o contato com a realidade.

Não conheço muitas mulheres que recusariam cem mil para trabalhar comigo, muito menos para mim. Mesmo que ela não soubesse exatamente o que eu estava oferecendo, nenhuma mulher jamais me disse não. No entanto, este implicava um grande momento com sua ausência.

Eu sabia desde o início que ela não seria o tipo usual de mulher que se aventura aqui. Eu sei que não é o tipo de ceder às suas fantasias do jeito que eu faço, ou fazer o que sente no momento. Eu sei agora que algo a trouxe de volta aqui.
O 'o quê' seria interessante descobrir.

Olho para ela em antecipação, esperando que termine de falar, mas ela não o faz. Ela está apenas olhando para mim. Isso é um longo olhar, olhando e avaliando.

Devíamos estar nos tocando.
Devíamos estar transando, mas estou pronto para uma boa jogada.

- Oh... entendi, você voltou para explorar a química selvagem que eu disse que não ignoraria? - provoco.

Dark  (Liskook/Lizkook) LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora