Vida bandida

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| Atena |

- Caetano Muniz, você tá preso por porte ilegal de arma e tráfico de drogas - dei a voz de prisão já o algemando contra a parede

- Você ainda vai ouvir falar de mim Alvarez, eu vou te fazer queimar no inferno, sua diaba - ele forçou tentando desencostar da parede e eu fiz sinal para os outros agentes o segurarem

- Que mamãe Atena me proteja então! - levantei as mãos pra cima e sorri pra ele - Tenha uma boa viagem amigo, é sempre um prazer prender você - fiz reverência e me afastei colocando a arma de volta no suporte

- Seu telefone não parou de tocar desde que você saiu - Tadeu me avisou quando eu me aproximei da van

- Me da essa porcaria - pedi e ele sorriu me entregando o celular que tocava freneticamente, deslizei o dedo na tela e coloquei no ouvido

|Chamada|

Atena: Pode falar - falei sem muita animação

Castilho: Isso é jeito de atender seu chefe Alvarez? - ouvi a voz fria no telefone

Atena: A que devo a honra de receber essa bela ligação em plenas...- olhei as horas - Sete e quarenta e três da noite? - ironizei

Castilho: Você é sempre tão educada...- ele debochou do outro lado e eu suspirei

Atena: Estou ouvindo chefe, o que precisa que sua humilde agente federal faça? - Tadeu me olhava curioso

Castilho: Preciso que venha pro Rio de Janeiro, tenho uma missão pra você, é importante - ele falou tranquilo

Atena: Você tem muitos agentes aí, precisa mesmo que eu saia de onde estou pra resolver b.o que os seus "filhotinhos" não conseguem? - dei risada - Eles são tão fracotes assim? - perguntei novamente

Castilho: Você é a melhor agente que eu tenho - ele falou depois de um tempo

Atena: Se não estivesse vindo da sua boca eu até acreditaria - falei rapidamente - Não sou uma boneca, pra você me mandar de um lado para o outro quando a coisa fica preta - avisei

Castilho: Eu nunca disse isso Atena - ele retrucou

Atena: Mas é o que parece, sinto muito se não consegue lidar com a realidade - fui sincera

Ele ficou em silêncio por alguns segundos e ouvi sua respiração funda

Castilho: Vou te mandar um e-mail com o caso em questão, espero que leia e considere, não é insubstituível Atena, mas gostaria que trabalhasse nesse caso, preciso de você nele

Atena: Vou dar uma olhada quando chegar em casa - Avisei e desliguei

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- Você é cruel - Tadeu me tirou do transe

- E você é bem intrometido, não tem nada pra fazer além de ficar me ouvindo falar no telefone? - encarei ele que deu uma risada

- Você é incrível Atena - me encarou sorrindo

- Me diga uma coisa que não sei - sorri pra ele

- Vamos sair pra tomar alguma coisa? - perguntou vindo na minha direção e ficando de frente pra mim

- To exausta, fiquei o dia todo planejando essa emboscada, Caetano cansa a minha beleza - avisei

- Por isso mesmo, merece uma folga depois de novamente prender esse cara, acho que ele tem uma queda por você, vive sendo preso - ele falou e eu concordei

- Uma bebida - avisei

- Duas, e depois eu posso te levar pra casa - passou o braço em volta do meu pescoço  nos aproximando enquanto caminhávamos para o carro da polícia

- Tudo bem - concordei e ele sorriu abrindo a porta do carro pra mim

Entrei e fomos direto pro bar que costumávamos ir, as vezes a gente saia junto e não era nada muito sério, apesar de Tadeu parecer bem animado em todas as vezes, gosto de deixar claro que não somos nada além de amigos, amigos que se beijam as vezes, e transam. Mas isso não é muito relevante, pelo menos não pra mim.

Depois que bebemos mais que três bebidas diferentes, Tadeu me deixou em casa, insistiu pra subir mas eu recusei, não estou afim de nada além de uma boa bebida e descanso na minha cama, sozinha de preferência. Ele foi embora e eu subi pro meu andar, guardei as chaves e tranquei a porta, liguei as luzes encarando a sala pra ver se encontrava alguma coisa diferente do comum e não vi nada.

Relaxei o corpo tirando a arma da cintura e guardei a mesma perto das chaves, conferi a porta mais uma vez e em seguida fui largando minha bolsa perto do sofá, me sentei tirando as botas justas e o casaco, me encostei no sofá relaxando

Depois de alguns segundos do silêncio mais confortável do mundo, tomei um banho vestindo um pijama confortável, me sentei na cama ligando a tv pra ouvir as notícias e peguei o notebook, abri o e-mail pra ver o que Castilho tinha mandado e comecei a ler tudo que precisava, interessante.

No final de tudo tinha o recibo de duas passagens aéreas de primeira classe e um recado

• Traga alguém de confiança, reforços nunca são desnecessários, conto com você Alvarez

- Velho desgraçado! - bufei fechando a tela do computador e pegando meu cabular pra discar um número