A biblioteca estava vazia, poucos adolescentes estavam ali mas a maioria não era para estudar e sim para conversar. Respiro fundo, não aguentava mais chamar a atenção de ninguém pedindo silêncio.
– Você faria o que no meu lugar? — olhei para o moreno na minha frente com a testa enrugada. — Meu Deus, você não prestou atenção em uma palavra minha Morgana?
Suspiro e dou um sorriso amarelo. Olivia estava com febre e eu tive que vim ao trabalho mesmo assim, minha mãe havia dito que qualquer coisa me ligaria, e eu sabia que ela estava em bons cuidados, mas meu coração doía em saber que eu não estava perto.
– Desculpa Douglas, minha menina está doente e eu estou com o coração na mão. — me explico para meu amigo estrangeiro.
Douglas é brasileiro e veio para Inglaterra fazer faculdade, pelo o que ele diz sua família é rica mas ele não queria depender cem porcento do dinheiro deles em outro país, principalmente.
– Minha princesinha Livinha está doente? — exclamou ele se levantando. — Levarei doces e mais doces tenho certeza que ela irá precisar. — estreito os olhos.
Não gosto que deem doces para Olivia, e ele me respeitava sobre isso, até ele se aproximar de Cassie e começarem adocicar a vida da minha filha. Mas eles respeitam, as vezes, e dão na maioria das vezes os doces são com menos adições de açúcares.
– Ela precisa de uma sopa, de remédios e da mamãe dela. — aviso. — E não de doces.
– Oushe! — diz uma gíria de seu país de origem. — Ela precisa de doces também, pra não ser amargurada, embora eu seja e tenha comido muitos doces! Mas isso não vem ao caso.
– 80% cacau e não se fala mais nisso! — avisei.
– 50%? — pediu com as mãos juntos, parecendo uma criança. Reviro os olhos.
– 70% e chega. — me viro de costas indo até um menino que acabará de chegar na biblioteca e parecia perdido.
...
Chego em casa e vou correndo ver minha princesa que assistia um desenho deitada nos grandes sofá da varanda atrás da casa, e Sissy a Shih-tzu da minha mãe estava deitada nos seus pés.
Minha mãe e meu pai estavam conversando na bancada do espaço gourmet enquanto preparavam as coisas para o chá da tarde.
– Mamãe! — Olivia gritou atraindo a atenção de todos para mim enquanto ela corria ate mim com sua roupinha de unicórnio. — Eu tavo com tanto sadadis! — disse errado mas de forma tão fofa que me derreteu por inteiro.
– Mamãe também estava com muita saudades! — enfatizei as frases que ela errou, assim como me mandaram fazer sempre.
– Filha, meu amor, vai tomar banho você acabou de chegar da rua. — meu pai falou e eu fiz careta. Coloquei Olivia no chão novamente e fui para o banheiro tomar banho.
A minha maior sorte foi o apoio dos meus pais na minha decisão, na ajuda que eles sempre me deram desde que a Olivia nasceu e começou a ser gerada. Meus pais haviam dinheiro, e sempre disseram que tudo que era deles era meu, mas eu ja me sentia um cômodo estando na casa deles, e agora com a minha filha, mas eu não tinha condições de me bancar sozinha ainda, imagine uma criança e suas várias despesas.
Sai do banheiro e coloquei um conjunto moletom, não demorou muito a campainha tocou, olhei a câmera pelo tablet e vi que era Douglas e Suzzie, uma outra colega que também trabalhava comigo mas ao contrário de Douglas, Suzzie não fazia ideia de quem era o pai da Olivia. Eu simplesmente dizia que não sabia.
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Fame | Tom Holland
عاطفيةQual o preço vale a fama? Valeria deixar alguns amigos, amores e filha para trás? Talvez para alguns não mas para ele sim. Ele sabia tudo que estava deixando para trás ou quase tudo.