Nobody's Home

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Opa! Tudo bem?

Então, essa é a minha primeira fanfic com os Mamonas Assassinas, tendo o Júlio como o co-protagonista e eu tô muito ansiosa :3

Como podem ter visto nos avisos, tem alguns assuntos sérios que vou tratar aqui. Mas nada aqui será romantizado, ok? Não farei cenas de sexo pois quero respeitar o Júlio e seus familiares, então por favor, não me peçam pra fazer isso.

Essa história tem um tema pesadelo sobre depressão e traumas sofridos na infância. Então se te der gatilho, não leia.

Enfim, esses foram os avisos! Eu espero que gostem e boa leitura :)

Ana P.O.V

Meus pés doem, minha barriga ronca, meu corpo exausto praticamente implora por uma cama quentinha e confortável.

Eu caminho outra vez pela enorme cidade de São Paulo, sem saber exatamente para onde eu estou indo e isso se torna cada vez mais comum.

Prazer, ou não , meu nome é Ana Aguiar. Mas esse sobrenome é totalmente descartado de mim, pois vem de familiares que eu queria não conhecido jamais.

Bem, vamos por parte, é por causa deles que eu estou assim hoje. É por causa do homem que deveria me proteger, ser meu herói, acabou com o pingo da infância feliz e ingênua que me restava.

Às vezes eu me pergunto o que ele tinha visto de tão interesse, caralho... eu só tinha sete anos.
As sessões de abusos continuaram até eu completar doze anos e ele finalmente sair de casa, após um divórcio conturbado com minha mãe.

Eu achei que a partir dali as coisas iriam melhorar, mas eu estava enganada. As coisas só pioraram depois que um cara desconhecido e de meia idade, apresentou-se à mim dizendo seu meu padrasto.

Não houveram novos estupros, mas em compensação eu tive que aguentar suas inúmeras brigas, surras e xingamentos contra minha mãe e eu.

E tudo isso durou até eu completar a idade que eu tenho hoje; vinte e um anos.

A minha liberdade não foi vitoriosa como se vê em filmes quando você finalmente é liberta de um relacionamento abusivo. Foi ainda pior e só aumentou ainda mais meus traumas e ódio por homens.

Eu tinha voltado da faculdade, sim, eu fazia direito antes de tudo isso acontecer. E eu tinha o encontrado na sala, jogado no sofá aos roncos com as luzes apagadas. Apenas a luz da lua refletia o local, passavam-se das onze horas da noite.

Eu não quis acreditar no que vi ali, mas lá estava ele, largado naquele móvel com os olhos fechados e segurando com força uma faca ensanguentada.

O pânico tomou conta de mim e eu fui verificar o que eu mais temia, corri em direção ao quarto da minha mãe. E lá eu tive o pior dos pesadelos.
Eu me lembro até hoje.

Ela estava deitada no chão, com uma enorme poça de sangue em volta ao próprio corpo. Haviam garrafas de cerveja jogadas por toda parte, manchas de sangue no colchão, paredes e móveis. Certamente ela havia tentado se defender do ataque.

Eu não quis acreditar, mas era a verdade, minha mãe estava morta bem em minha frente. Meu padrasto havia tirado de mim quem eu mais amava na vida, sem nenhum pingo de piedade.

Nobody's Home (Júlio Rasec)Onde histórias criam vida. Descubra agora