Luta pelo amor

Capítulo 4

Regina bateu seu punho na parede, o gesso cedendo, criando um buraco onde uma laje ficava. A dor cortou pelo braço, um pulsar maçante em vez de algo mais grave, graças ao sangue em suas veias. Seu corpo tremia, e ela tentou o seu melhor para não gritar.
Ela segurou o fogo, a raiva, no interior ao longo de todo o encontro com os Redwoods
e tinha mesmo feito isso até a casa dela, antes que tivesse quebrado. Ela teve sorte que durou tanto tempo.
Como poderia a irmã, a Alfa, fazer isso com ela? Será que ela não via a dor em seu
rosto, sentia a agonia no vínculo que manteve com ela como Alfa? Sua outra irmã Nia, a Ômega, que podia sentir todas as emoções do bando, provavelmente seria capaz
de sentir sua angústia, mas porra, por que não a Alfa dela, sua irmã não? Por que ela teve que colocá-la com a dor de estar com uma mulher que odiava? Odiava o suficiente para ignorar o vínculo que poderia ter uma com o outra, se ela pudesse até mesmo senti-la em tudo.
Não fazia sentido.
Ela tinha sido muito boa em esconder seus sentimentos, sabia disso. Mas sempre tinha
feito isso. Quando sua mãe a tinha quase matado, tinha feito o seu melhor para não
chorar. Porque se ela gritasse, isso só teria feito mais feliz e feriria seus irmãos e primos, ao mesmo tempo. Então segurou tudo isso, mesmo quando estava morrendo por dentro. E agora ela estava fazendo tudo de novo, porque não queria que os outros soubessem que a única mulher que poderia ter sido dela, não se sentia da mesma maneira.
Ela tinha estado viva por tempo o suficiente para pensar que nunca iria encontrar uma companheira, e quando finalmente encontrou, não era retribuída, não mostrava-lhe uma maldita coisa. Filho da puta. Odiava que deixou Emma fazer isso com ela. E daí que ela era a mulher mais sexy que já conheceu? Então, o que se ocupou posição dominante o suficiente para que ela fosse capaz de levá-la na cama? Emma seria capaz de foder com força no colchão e não estremecer quando as garras cravassem em suas costas. Ela a montaria como a porra de um cowboy e a manteria saciada.
Ela rangeu os dentes. Não era como se precisasse de uma mulher para foder duro. Ela
poderia dar a si mesma um orgasmo muito bem. Na verdade, isso era tudo o que estava fazendo por um longo tempo, porra.
A tensão sexual que a montava provavelmente não estava ajudando a situação com os
Redwoods e seres humanos, mas porra, era tudo culpa de Emma. Tudo era culpa de Emma.
E agora soou como uma adolescente chorosa, em vez de uma mulher adulta com força
suficiente para matar um homem com uma mão.
Caramba.
Ela puxou a mão para fora da parede e flexionou os dedos. Felizmente, achava que
nada tinha quebrado. Ela não estava com disposição para lidar com Alex, Curandeira do bando e outro de seus irmãos, se tivesse fodido à mão para cima. Ela teria perguntas, e a mulher tinha uma maneira de obter respostas fora dela, mesmo quando preferiria permanecer em silêncio. Ela viu através dela. Inferno, todos as suas irmãs e primas fizeram.
Helena e Max podem não ser suas irmãs, mas elas tinham sido criadas no mesmo fogo e enxofre que ela tinha. Elas estavam ao seu lado durante as guerras internas e lutas que as levaram até onde estavam hoje.
Ela flexionou sua mão mais uma vez e fechou os olhos, sabendo que precisava manter
sua mente fora do passado e até mesmo fora do futuro sombrio. Isso poderia matá-la a cada passo, cada respiração, para estar ao lado de Emma e não ser capaz de fazer uma única coisa sobre sua necessidade por ela, mas superaria isso. Ela tinha. Não havia outra escolha.
Uma batida suave na porta rompeu sua festa de piedade e ela inalou, segurando uma
maldição para a dona do perfume.
Claro, seria Kara em sua porta. Não seria mais ninguém. Tinha que ser a prima e uma
das melhores amigas da mulher em sua mente. Kara era a companheira da Alfa, sua fêmea Alfa. E um maldito lobo submisso, que via demais com aqueles olhos dela.

Regina respirou fundo e fez seu caminho até a porta, abrindo-a enquanto tentava
manter o rosto neutro. Mostrando sua luta interna não ajudaria ninguém. Ela não podia deixar Kara saber o que estava acontecendo dentro de sua cabeça, não podia deixar o mundo saber. Porque se o fizesse, então seria real. Então Emma saberia que ela a tinha machucado apenas por não a reconhecer.
Emma não tem o direito de saber que a tinha machucado.
Um grunhido deslizou por seus lábios e os olhos de Kara se arregalaram.
Caminho a percorrer com o parecer toda neutra e natural.
"Está tudo bem?" Perguntou Kara. A outra mulher sacudiu a cabeça. "É claro, há
problema. Eu estou aqui porque sei que alguma coisa está acontecendo com você, Regina. Lena me disse para deixá-la sozinha, mas ela não me conhece bem em tudo, se acha que eu só vou sentar quando sei que algo está errado." Kara cruzou os braços sobre o peito e inclinou a cabeça. "Agora, você vai me convidar para entrar, para que possamos falar sobre isso? Ou vai deixar-me divagar aqui fora em sua varanda, onde qualquer um pode vir e ouvir o que estou dizendo?"
Regina não poderia ajudá-la. Ela riu.