2 | Não é um sonho

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Quando Harry descobre que Hermione está grávida, seu cérebro entra instantaneamente em pânico.

Não é totalmente inesperado; eles já estão casados ​​há alguns anos e decidiram há alguns meses que gostariam de expandir sua pequena família. Mas isso não o impede de ficar total e completamente aterrorizado.

Ele não sabe nada sobre ser um bom pai. Claro, ele ama Teddy e tenta regá-lo com tanto amor e carinho quanto pode, mas não o criou. Andrômeda fez isso. Sua própria infância foi sombria e miserável, e a única educação com a qual ele cresceu foi miserável e abusiva. Ele quer pensar que será melhor do que isso, mas há um medo profundo e distorcido que o provoca e diz que ele está irreversivelmente marcado e emocionalmente atrofiado. Que seus filhos sofrerão por isso.

— Harry, onde você esteve? — Hermione segura a porta aberta para ele enquanto ele equilibra uma caixa nos braços.

— Fiz algumas compras. — Ele tenta não parecer muito envergonhado enquanto esvazia a caixa na mesa da sala para revelar dezenas de livros sobre paternidade, tanto mágicos quanto trouxas.

Hermione levanta uma sobrancelha para ele. — Estocando livros? Achei que esse era o meu trabalho.

— Eu apenas pensei que não faria mal estar um pouco preparado. — Ele encolhe os ombros e não consegue olhar nos olhos dela. — Eu sei que não sou exatamente o melhor material para um pai, mas quero ser.

— Ah, Harry. — Ela estende a mão para segurar seu rosto e o força a encontrar seu olhar. — Ouça-me. Você será um ótimo pai. Você é a pessoa mais carinhosa e compassiva que conheço, nosso filho será sufocado pelo amor.

Ele sorri ironicamente e só espera que ela não veja o medo em seus olhos.

Mas ela suspira e abaixa a mão. — Sabe, não há problema em ficar com medo. Eu também estou com medo. Isso tudo é tão novo e emocionante, e pensei que estaria pronta, mas não sei se estou. As pessoas às vezes me dizem que posso ser mandona e exigente. Fria. Uma vez, alguém brincou que eu seria um pesadelo de mãe...

— Bobagem! — Harry interrompe ferozmente. — Fria é a última palavra do mundo que eu usaria para descrever você. — Hermione é toda felicidade, risos e calor. Ele faz um discurso retórico sobre como essas pessoas claramente não sabem nada sobre ela, como ele já pode ver o quanto o bebê deles vai amá-la e só para quando Hermione começa a rir.

— Você vê? Nós vamos ficar bem. Nós dois juntos. — Ela diz e parte da preocupação de Harry se dissipa.

— Enquanto isso, deixe-me pegar minhas coisas e podemos começar a fazer algumas anotações. Ooh! Harry, você escolheu alguns ótimos! — Há uma expressão de excitação em seu rosto enquanto ela folheia os livros que Harry comprou e, de repente, toda a sua preocupação desapareceu.

Eles passam o resto da noite sentados de pernas cruzadas no tapete, cercados por livros abertos e rabiscados às pressas em cadernos enquanto leem pontos dos livros em voz alta, discutindo e organizando seu plano para a paternidade.

— Diz aqui que as crianças precisam de um ambiente claro e aberto para serem adequadamente criadas. — Harry esfrega o queixo e olha pelos cantos escuros de Grimmauld. — Já me acostumei com Grimmauld, mas não acho que seja o melhor lugar para isso. E além disso, quero ter uma casa com quintal.

Hermione franze a testa. — E a sua casa ancestral? Concordamos que nos mudaríamos assim que fosse restaurada.

Eles vêm trabalhando na restauração da casa que seus avós deixaram há alguns anos, desde o casamento, mas é um trabalho lento e constante. Perto, mas ainda não chegou.

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