Introdução

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Sadie Sink

Mais um dia sem ir para a escola. De acordo com os meus cálculos, esse é o décimo sexto dia no mês de abril, sem contar com as faltas dos dois últimos meses. O que no total, são, setenta e cinco dias que eu não vou à escola.

Meus pais já não sabem mais o que fazer. Nada me alegra. Eu não estou gostando nem de assistir minhas séries interminadas da Netflix.

Eu sei que eles sentem falta da Sadie de seis meses atrás.

Mas eu não gosto daquela vadia burra e manipulável.

Escuto batidas pesadas na porta, reviro os olhos.

"De novo não, caralho." Penso com raiva e me levantando com dificuldades da minha preciosa cama. Ando cambaleando até a porta e giro a maçaneta.

É Sadie, parece que ficar mais de dez horas sem comer não foi uma boa idéia. Abro a porta e dou de cara com minha mãe.

- Oi?

- Meu amor, você não vai comer? Você nem almoçou ontem, não saiu do seu quarto.

Olho para baixo e vejo uma bandeija com um sanduíche.

- Deixa aí, eu pego depois. - respondo seca e ela me olha com um olhar de reprovação.

Minha mãe fez o que eu pedi e foi embora. Na bandeija além do sanduíche, continha um copo de leite.

- Eca. - murmuro pegando apenas o sanduíche. Ela sabe que eu odeio leite.

Deito na minha cama novamente e começo a comer, me sentindo menos fraca do que antes. Eu aposto que meu nível de vitamina D está baixíssimo.

Também, dois meses sem sair do quarto.

Assim que acabo de comer, sinto meu estômago revirar, e em seguida, uma dor imensa. Fecho os olhos com força e geme de dor.

- Porra... eu odeio ser mulher... - reclamo sentindo a dor piorar.

Eu tinha que ir ao banheiro do meu quarto imediatamente. Mas eu não estou conseguindo nem enxergar direito, quase caí quando levantei daquela vez.

- Vamos lá, Sadie... você consegue... - digo para mim mesma.

Com muita dificuldade, eu levanto da cama. Já sinto todo o meu corpo tremer e minha pressão descer. Caminho com dificuldades até o banheiro e giro a maçaneta, porém, eu pareço estar perdendo de um a zero para um pedaço de metal, assim que sinto minhas pernas enfraquecerem e eu cair no chão feito um saco de batatas.

- Ummm.... m- mãe... ajuda... - continuo gemendo de dor enquanto acaricio minha barriga, como que tentando diminuir a dor.

Continuo chamando por ela, mas ela não ouvia. Justamente agora que eu preciso da sua ajuda.

- M- Mãe... m- mãe...

Eu já sentia a porra da minha visão borrada, estava perdendo os sentidos. Parecia que eu ia morrer aqui mesmo.

"Que merda, Sadie. Por que você é assim?" Foi a última coisa que eu pensei antes de fechar os olhos e desmaiar.

Amor Proibido • SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora