São Francisco

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Millie Bobby Brown

Nova cidade, novos ares. Era tudo o que eu precisava.

Eu amava a minha cidade, realmente, Nova York era incrível. Porém... digamos que meu sonho sempre foi morar aqui, em São Francisco.

Suspiro e seco algumas lágrimas teimosas que insistiam cair dos meus olhos. Eram lágrimas de saudade, pois que uma hora ou outra, eu teria que sair de baixo do teto dos meus pais e morar sozinha.

Assim que o meu uber chega, eu analiso a placa. Não quero ser sequestrada no primeiro dia morando sozinha. Coloco minhas malas dentro do porta-malas, e entro dentro do carro.

- Bom dia, Senhorita. - ouço o motorista falar.

- Bom dia! - respondo alegre.

- É nova na cidade? - ele pergunta ajeitando o espelhinho.

- Ah sim. Eu morava em Nova York com meus pais. - digo sorrindo.

- Sabe, a Senhorita me lembra um pouco a minha filha. A primeira vez que eu dei carona a ela para ir até o aeroporto.

- Me desculpe a pergunta, mas quanto tempo faz isso? - pergunto envergonhada por conta da minha pergunta indelicada.

- Dez anos, querida. - ele responde.

- E aonde ela mora agora?

- Rio de Janeiro, no Brasil.

- Ah que bom! Dizem que o Brasil é um país bem diversificado e divertido.

- Deve ser. Enfim, vamos?

- Vamos!

Ele então liga o carro e começa a dirigir. A viagem foi longa, digamos que durou quase duas horas, mas digamos que durante o caminho eu e o motorista conversamos sobre diversos assuntos. Os filhos dele devem ter sorte de ter um pai tão atencioso. Descobri que sua esposa faleceu a uns anos, e que ele está a procura de uma mulher com a faixa etária de mais ou menos quarenta e cinco anos para cima.

- Enfim, chegamos, querida. Quer ajuda para tirar as malas? - ele pergunta já estacionando.

- Não, obrigada! São apenas duas. - digo abrindo a porta e saindo do carro.

Ele abre o porta-malas para mim e eu retiro as malas, as pressionando contra o chão e me despedindo do Sr. Antônio, e sim, eu já sabia o nome dele.

O homem foi embora e eu andei até minha casinha. Era uma casa simples, mas não tinha nada para reclamar. É muito melhor do que morar embaixo da ponte.

Peguei a chave e destranquei a porta, a abrindo em seguida. Entrei dentro da casa e a fiquei analisando.

- Perfeita!

Pego meu celular e o desbloqueio, me deparando com mensagens das minhas amigas e de uma pessoa especial. Primeiramente, vejo a mensagem de Lilia.

Lilia ❤:
Já tá chegando meu bem?

Lilia ❤:
Pelo o amor de Deus avisa quando chegar!!

Lilia ❤:
Pqp pq vc n tá respondendo?

Rio enquanto leio as mensagens. As vezes eu esqueço como a minha melhor amiga é super preocupada comigo.

Eu:
Eu já cheguei Lilia!! Relaxa kkkk

Lilia ❤:
hahaha muito engraçado.

Eu:
Enfim, você pode vir aqui me ajudar com as malas?

Lilia ❤:
Posso sim meu amor.

Lilia ❤:
Já tô saindo de casa.

Pois é, Lilia mora aqui em São Francisco também. Ela se mudou com dezesseis anos com permissão dos pais e tudo mais, na época eu fiquei muito triste com sua despedida, pois Lilia era minha única amiga.

Eu estou tão feliz por ela! Fiquei sabendo que ela começou a namorar uma garota chamada Julia.... Juliana.... ah, não sei!

Me acomodo no chão da casa enquanto espero por ela. Graças a Deus minha amiga morava perto, o que foram apenas vinte minutos para ela já estar tocando a campainha. Levanto do chão e vou correndo até a porta.

Giro a maçaneta e abro, dando de cara com minha alma gêmea. Demos um gritinho animado, o que chamou a atenção de algumas pessoas que passavam na rua.

- Que saudade! - Lilia disse me apertando em seus braços como se eu fosse um bebê.

- Eu nem acredito que tô aqui te abraçando! Eu senti tantas saudades! - digo apertando ela mais ainda.

Logo nos separamos e começamos a conversar, até que algo nos distrai.

- Aquilo é um carro de ambulância? - minha amiga pergunta vendo um carro grande, com faróis.

Estava escrito "ambulância" no carro, o que faz a sua pergunta bem idiota.

- Sim, amiga. O que será que aconteceu? - pergunto curiosa.

Me assusto quando vejo uma garota ruiva desacordada deitada em cima da maca, dois adultos chorando desesperados enquanto a provável filha era levada dentro do carro.

- Será que essa garota teve um ataque cardíaco? - Lilia me pergunta curiosa.

- Eu não sei...

- Eu não acredito, de novo a Sink teve uma recaída. Já é a quarta vez esse mês. - escuto uma voz desconhecida, olho para o lado e vejo um garoto olhando para a cena, assim como toda a vizinhança.

"Coitada dessa garota, imagina ter que passar pela mesma coisa pela quarta vez." Penso.

Logo a ambulância foi embora junto com os dois adultos, e todos voltaram aos seus afazeres. Lilia entrou na casa e me ajudou com as malas.

- Amiga, eu vou lá para fora e já volto. - a loira diz levantando do chão.

- Okay. - digo tirando o resto de coisas que sobrava na mala.

Até que sinto meu celular vibrar no chão e rapidamente o pego, desbloqueando o aparelho.

meu bb💖:
Chegou bem vida?

Sorri ao ler aquela mensagem de preocupação.

Eu:
Sim, amor.

meu bb💖:
a que bom

meu bb💖:
Tô doido para te visitar.

Eu iria respondê-lo, até que a Lilia chega bem na hora. Desligo o celular e ela volta a me ajudar.

Só pra deixar claro que a Millie vai ser tipo a Poliana, ou vocês vão odiar ela, ou você vão amar.

Amor Proibido • SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora