Dez.

20.8K 903 19
                                    

Maju 😈

Cheguei gritando mesmo, loucura da peste sair sem falar nada.

Clara: grita não, doida. - falou saindo só de pijama pra abrir o portão.

Maju: tá maluca, filha? Tem que avisar o proceder das coisas. - ela me olhou com cara de paisagem e riu.

Clara: fala direito porque quem é do corre é teu irmão. - me deu um tapa fraco, e eu dei dedo.

Adentramos na casa dela, e ela me ofereceu um copo de coca, adoro.

Ficamos conversando várias coisas.

Clara: me diz, o que a Tati faz aqui? Hoje pela manhã, vi ela na padaria. - falou curiosa. Encarei ela já entendendo que a mesma não sabia.

Maju: ela nunca falou? - ela me olhou desentendida.

Clara: olha, não faz suspense. - ela riu, se ajeitando no sofá.

Maju: uai Clara, ela mora aqui. - ela me olhou, parecendo que havia levado um balde de água gelada na cabeça.

Clara: oxe. - passou a mão na cabeça.

O climão pairou sob o ar, e eu que não queria fazer parte daquela doideira toda.

Maju: bora, troca de roupa pra gente ir comer um pastel lá tio João. - ela apenas concordou.

Clara  🦄

Eu não tava entendendo era mais nada, minha vida tava uma loucura danada.

Primeiro ter que vim morar aqui, com a conversa de que meus pais tinham casa, wtf???? Desde quando?? E porque nunca nem falaram pra mim?

História mal contada é assim, a gente nunca sabe a real e quando vai ver, já tá todo lascado.

Troquei de roupa, e calcei minha havaianas, nem me ajeitei muito, aliás, iríamos sair pra lanchar dentro da própria comunidade.

Desci, tranquei tudo e fomos subindo pra pastelaria do seu João. Tava movimentada, tinha mesas até pro lado de fora.

Itim: apareceu as dondocas. - revirei os olhos, mandando língua.

Maju: deixa nós em paz. - falou sem paciência, encarei ela.

Itim: ih, qual foi María Julia? - encarou a mesma, que mandou dedo. - doida é ela.

Maju: mira e me erra, não fala comigo. - falou séria e foi até o balcão.

Itim: o que rolou? - falou desentendido.

Clara: meu filho, você que tem de responder. - eu ri. Ele apenas negou.

Me sentei em uma mesa próxima aos meninos, e logo Maju voltou com uma coca de 1,5L.

Ficamos conversando, e logo nossos pastéis chegaram.

Eu poderia estar convivendo bem ali, mas ainda sim, não achava uma boa ideia. Nunca será, ou um dia irá ser?

No alto do morro que aconteceu!$Onde histórias criam vida. Descubra agora