Vinte e oito.

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Clara 🦄

Eu nem sabia o que sentir e nem como reagir.

Estava magoada. Mas nunca tinha chegado na parte em que eu pessoa vinha atrás para pedir desculpas, e pedir mais uma chance.

Como devo agir?

Olhei para o mesmo, que parecia estar passando mal. Franzi o cenho, tentando saber o que acontecia.

Levantei na velocidade da luz, e coloquei o mesmo sentado a uma cadeira que havia ali.

Pedi uma água pro seu Ronaldo, e o mesmo me entregou. Coloquei no copo descartável e entreguei para o Peu.

Ele tomou um gole e parecia ter voltado um pouco ao normal.

Clara: o que houve? - sussurrei.

Peu: quando eu fico nervoso, me dá esses ataques. - suspirou.

Clara: não fique nervoso. - olhei pros lados, observando todo o movimento.

Peu: eu só preciso saber, Clara. - ele parecia estar apavorado. - só mais uma chance. Ou vai me dizer que não sente nada por mim? - encarei ele.

Meu coração parecia que ia saltar pela boca. Sorri nervosa.

Eu nunca tinha pensado nessa possibilidade.

Mas era uma certeza de que acontecia algo entre nós dois. Ele era uma uma pessoa muito importante para mim.

Clara: eu nunca havia pensado nisso. - ele me olhou. - Não é que eu não gosto, é que eu só estava me jogando. Você é muito importante para mim. - ele sorriu fraco.

Peu: podemos tentar de novo? - encarei ele. - bagulho sério agora.

Eu fiquei calada. Ainda estava chateada. Mas eu não podia abrir mão tão fácil assim, né?

Ele me olhava, esperando uma resposta.

Minha cabeça tava uma confusão danada.

Meu celular começou a tocar.

Olhei no visor: WD.

O diabo tá querendo atentar a minha vida mesmo, hein?

Coloquei o celular no silencioso, e voltei minha atenção para o Peu.

Clara: tá bom. Vamos tentar só mais essa vez. - ele sorriu, me abraçando.

O abraço era urgente, gostoso, e protetor.

Suspirei, sentindo o cheiro maravilhoso do mesmo. Lindo.

Trocamos alguns beijos e jogamos algumas conversas foras. Certeza que ele era meu ponto de paz.

[..]

Hora de encarar a realidade.

Fechei os olhos, reunindo toda a minhas forças.

Mal cheguei no pé do morro e lá estava ele. Parecendo um cão de caça. Eu mereço.

Fechei a cara e fui subindo, sem muita ideia.

WD: sobe aí. - falou sério.

Clara: tenho perna é pra andar mesmo. - nem olhei pra ele.

WD: não tô de onda. - neguei. - bora fia, sobe logo.

Clara: você tem que parar de achar que manda em todo mundo. - parei e encarei ele.

WD: não. Porque eu mando mesmo. - deu de ombros e eu ergui a sobrancelha. - não vai subir né? Então o bagulho vai ser aqui mesmo.

Ele desceu da moto e já veio pra cima.

Observei cada movimento.

WD: qualé a tua com o morro rival? - ele me encarava. Meu c* não passava uma agulha.

Clara: tá maluco é? - mantive minha feição de calma.

WD: tu tá vacilando, Clara? - o mesmo agarrou meu braço, apertando o mesmo.

Clara: tá maluco, porra? - tentei me soltar. - eu lá vou perder meu tempo com isso?

Ele pegou o celular do bolso e mostrou uma foto minha abraçada com o Peu.

No alto do morro que aconteceu!$Onde histórias criam vida. Descubra agora