Everything for you

02

_Tem bastante gente aqui. - digo me desviando de algumas pessoas.

_Verdade, está bastante lotado. Vem vamos procurar a Mindy - Mary diz me puxando.

Caminhamos entre os cômodos da enorme mansão de Mindy, até que a encontramos em uma roda de pessoas.

_Olha só quem está aqui, olá Mary. - diz assim que nos ver. _ Vejo que trouxe a sua amiga, oi Alina.

Eu apenas aceno com a cabeça com um sorriso curto nos lábios.

_Sua festa está perfeita e você está linda Mindy. - Mary a elogia.

_Eu sei que estou Mary, mas obrigada pelo elogio. Que pena que eu não posso dizer o mesmo de você e de Alina. - cravo minhas unhas na palma da mão tentando conter a raiva.

Quando eu ia responder o seu ridículo comentário o DJ começou a tocar música eletrônica e então Mindy se despediu e passou pela gente com o seu grupinho.

_Quem essa idiota pensa que é? - falo com raiva.

_Deixa ela Alina. Esse é o jeito dela, você sabe que ela não faz por mal. - diz dando de ombros.

_As vezes você é inocente de mais Mary. - digo pegando em sua mão e a levando até onde tem bebidas.

Pego uma lata de refrigerante, já Mary pega pega uma bebida que tem álcool.

_Vem vamos dançar. - diz me puxando até a pista.

Ela começa a dançar feito louca e eu dou risada. Mary as vezes é tão louca e divertida, ela é bastante extrovertida e tem  carisma. Ela tem um poder de fazer qualquer pessoa gostar dela, os que não gostam é por que tem inveja.

Começo a dançar junto com ela. E assim ficamos no meio da pista parecendo duas loucas dando risada e dançando, até cansarmos.

_Vou no banheiro. - Mary diz e eu assinto.

Olho em volta e avisto um sofá, caminho até ele me sentando. Fico observando as pessoas beberem e dançarem animadas.

_Ah, Oi Alina. Está gostando da festa? - pergunta Mindy parando em minha frente com o seu grupo logo atrás.

_Sim, a festa está ótima. - digo dando um sorriso falso.

_Claro que está, foi eu que organizei. Aliás eu fiz uma boa ação pra você hoje. - diz eu fico confusa.

_Boa ação? - pergunto tentando entender.

_Sim. Eu encomendei caixas e mais caixas daqueles doces que sua mãe faz para te ajudar a pagar a faculdade, já que eu tenho certeza que não terá dinheiro o suficiente para pagar uma e também para você evitar de ser bolsista, para não passar mais vergonha. Infelizmente eu não pude servir aqueles doces feitos com ingredientes baratos para os meus convidados. Tive que os jogar fora.

Ouço vários burburinhos e risadas baixas. Respiro fundo e saio dali sem dizer nada, ouço várias risadas atrás de mim.

Procuro Mary pela casa toda, a encontro conversando com um garoto. Fico a esperando até que ela se despede dele e vem até mim.

_O que aconteceu? - pergunta com preocupação.

_Nada de mais. Só vim perguntar se você já quer ir embora.

_Nem pensar, a gente nem aproveitou ainda Alina. Vem vamos pegar mais bebidas. - diz me puxando com a mão.

_Acho que você já bebeu o suficiente. - digo já sabendo que ela está claramente alterada.

_Claro que não, eu ainda estou...- ela para de falar e coloca a mão no peito e se curva fazendo uma expressão de dor.

_Mary, o que você tem? - pergunto a segurando.

_Meu peito está doendo muito. Estou com falta de ar. - assim que ela termina de falar ela desmaia.

_Ai Meu Deus Mary. - digo a deitando no chão devagar.  _Alguém chama uma ambulância por favor. - falo para as pessoas que estão ao nosso redor. Uma delas pega o telefone e liga.

                                 **

A ambulância chegou e logo os paramédicos chegaram e com cuidado colocaram Mary na maca.

_Cuidado por favor. - digo quando eles levantam a maca. Vou andando junto com eles até a a ambulância. Mas antes que eu cruzasse a porta ouço a voz de Mindy.

_ Tinha que ser essa escurinha pra acabar com minha festa. - Esse seu comentário fez com que eu voltasse até onde ela está e acertasse um tapa em sua cara.

_Da próxima vez que ousar fazer um comentário racista sobre Mary mais uma vez, eu vou te dar muito mais que um tapa, tá me entendendo?! Só não te quebro agora mesmo porque minha amiga tá precisando de mim.

Assim que termino de proferir minhas palavras a ela, eu caminho novamente até a ambulância. Sem me importar com o olhar surpreso de todos.