Cerimônia.

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Assim que saíram de dentro de sua casa, Hinata mais nada viu ou ouviu. Tudo ficou preto e quando ela despertou, estava em um lugar muito estranho. O céu tinha coloração amarela e não havia nuvem alguma. O sol brilhava grandioso. Criaturas estranhas que se assemelhavam a pássaros voavam no céu e as plantas daquele lugar tinham coloração prateada. Ao abaixar o olhar a perolada percebeu estar em movimento, então se deu conta que estava sendo carregada nas costas do príncipe cruel.

— ME SOLTAAAAAA! — vociferous.
— Ah…então finalmente acordou? — perguntou sarcástico.
— MALDITO ME SOLTEEEE! — Em 3 segundos a garota foi ao chão.
— Prontinho, agora me acompanhe — proferiu sem emoção alguma.
— É CLARO QUE NÃO VOU TE ACOMPANHAR! VOCÊ MATOU MINHA FAMÍLIA SEU DESGRAÇADO! — esperneou.
— Não, eu não matei. Todos estão bem! Agora entre e deixe de bobagens! — O albino empurrou uma gigantesca porta.

Então Hinata percebeu estar frente a um enorme Palácio. As paredes eram de mármore branco que reluziam à luz, as janelas possuíam inúmeros vitrais coloridos e dentro da porta havia um enorme corredor com um tapete vermelho sobre o chão.

— Ande, entre logo, não fique ai parada feito uma idiota! — A fuzilou com o olhar. — E traga sua mala.
— Hein? — A morena piscava atordoada. — VOCÊ É UM MENTIROSO! ME LEVE DE VOLTA PARA CASA AGORA!
— Idiota! — O príncipe se aproximou fazendo todos os ossos do corpo da Hyuuga travarem. — Sua idiota! Estamos na lua! Não podemos voltar lá, pelo menos não agora...
— Lua? — A perolada franziu o cenho. Então olhou novamente ao redor. De um lado do céu o sol brilhava. Do outro, a terra! — CÉUS! — Se assustou.
— Venha logo, não podemos perder tempo! — Então o perolado a pegou pela orelha a arrastando para dentro do Palácio enquanto a mesma reclamava de dor.

Estaria mesmo aquele homem falando a verdade? Não havia matado sua família? Estariam mesmo na lua? Como ela voltaria pra casa? — Esses eram os pensamentos da jovem moça enquanto atravessavam o enorme corredor. Móveis luxuosos adornavam o local, tal qual belíssimos quadros. Em todas as pessoas retratadas possuíam os cabelos brancos e a pele pálida como as do príncipe. Mas uma em especial chamou a atenção de Hinata. Uma jovem de cabelos negros e compridos como ela estáva em uma das pinturas. Nela a garota usava um enorme vestido verde e era nítido que ela carregava um filho em seu ventre.

— LOG! MITSUKI! CHEGUEI! — O branquelo usou um tom mais alto ao chamar pelos criados.
— Sim senhor! — Logo dois jovens surgiram no campo de visão da Hyuuga.
— O jantar está pronto? — perguntou ao retirar as luvas e estender ao menor.
— Sim senhor! — respondeu o aparentemente mais velho.
— Ótimo! — proferiu ao retirar a capa e a espada e as entregar ao maior. — Venha logo! — A Hyuuga lhe lançou um olhar feio.
— Acha mesmo que vou comer com você e ser envenenada para você me abusar e depois me matar? Nem em sonho! — Torceu o nariz.
— JÁ CHEGA! — O príncipe berrou assustando a todos. — Se não quiser jantar comigo, passará fome!
— Prefiro morrer de fome do que sentar à mesa com o assassino da minha família! — gritou em resposta com lágrimas nos olhos.
— Que seja! Todos aqui estão proibidos de darem comida a ela, estão me ouvindo bem? — bradou o príncipe para os criados que apenas assentiram com a cabeça.

Então a passos firmes o Otsutsuki parou próximo a Hyuuga que tremeu de medo ao ver o olhar frio que ele a lançou.

— Não pense que eu queria me casar com você! Não se engane! Eu te odeio tanto quanto você me odeia! — E saiu deixando um vento frio no local. O que instantaneamente fez uma lágrima escorrer do olho esquerdo da morena.

O que havia ocorrido ali? O ódio do homem era palpável! Havia rancor em sua fala. Por que ele odiaria Hinata se fora ele quem lhe fizera mal? Era um louco! Só podia.

— Senhorita nos acompanhe por favor! — O criado mais velho tomou a voz.
— São vocês que vão me matar? — A garota recuou dois passos.
— É claro que não! Estamos aqui para servi-la! Mitsuki traga a mala dela! — Ordenou ao mais novo. — Venha, vamos lhe conduzir até seus aposentos para você se trocar.
— Me trocar? — Repetiu franzindo o cenho. — Me trocar para quê?
— Ora...para sua cerimônia de casamento! — comentou o mais novo.
— Hein?

The Cruel Prince (tonehina)Onde histórias criam vida. Descubra agora