CAPÍTULO ÚNICO

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“Eu posso tocar em você agora!” disse Voldemort, empurrando dois dedos na pele da testa de Harry, onde a cicatriz do raio o marcava como o Menino-Que-Sobreviveu.

“Amor,” Dumbledore disse. Harry havia derrotado Voldemort com o poder do amor.

Bem, qualquer coisa valia a pena tentar uma vez!

Harry estendeu a mão e passou os braços ao redor do torso surpreendentemente magro de Voldemort.

“Harry Potter.” disse Voldemort. — Exatamente o que você pensa que está fazendo?

Harry achou que era bem autoexplicativo, mas talvez Voldemort realmente não soubesse o que era um abraço. "Estou abraçando você", disse ele, pressionando o rosto contra a frente das vestes de Voldemort. "Você é alto."

"Você é baixo," Voldemort disse. "E por que, exatamente, você está me abraçando?"

Harry olhou para Voldemort e sorriu. “Professor Dumbledore disse que eu derrotei você usando o poder do amor. Então, estou te mostrando amor.”

Voldemort zombou. “Isso é o que o grande Alvo Dumbledore ensina ao seu precioso Escolhido?” Sua risada, alta e fria, ecoou pelo cemitério.

"Ei! Isso foi tudo ideia minha,” Harry defendeu.

"Você pode sair agora", disse Voldemort. "Eu acho que você já me abraçou por tempo suficiente."

“Você está se sentindo derrotado?” Harry perguntou esperançoso.

Voldemort balançou a cabeça. "Não, Potter, eu não sou."

Harry suspirou. "Valeu a tentativa."
––––

O Departamento de Mistérios estava estranhamente quieto, mesmo com os Comensais da Morte, até Voldemort chegar.

Foi quando a luta realmente começou.

Harry segurava a Profecia em uma mão. Quando ele viu que Voldemort havia chegado, ele correu em sua direção.

"O pequeno Potter decidiu dar a profecia ao Lorde das Trevas?" murmurou Belatriz.

Harry a ignorou e se lançou em Voldemort.

"Você é um bruxo, Harry!" Hermione o chamou.

Mas Harry não estava atacando Voldemort. Ele enganchou seus braços sobre os ombros de Voldemort e suas pernas ao redor de sua cintura.

"O poder do amor, de novo, Potter?" Voldemort perguntou, soando quase... divertido.

Harry deu um beijo na bochecha surpreendentemente fria de Voldemort. "Sim! E eu tenho a Profecia.”

Voldemort arrancou Harry de cima dele e o segurou suspenso no ar. "Me dê isto!"

"Eu vou", disse Harry, uma ideia vindo a ele, "se você me levar com você e me deixar ficar com você."

Voldemort suspirou. "Se você insiste. Entregue a Profecia.”

Harry fez. Quando o orbe de luz brilhante passou pelas mãos pálidas de Voldemort, as palavras da Profecia ecoaram.

Aquele com o poder de derrotar o Lorde das Trevas se aproxima…
Nascido para aqueles que o desafiaram três vezes…
Nascido quando o sétimo mês morre…
E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual…
Mas ele terá o poder que o Lorde das Trevas sabe não…
E um deve morrer nas mãos do outro…
Pois nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver…
Aquele com o poder de derrotar o Lorde das Trevas se aproxima…

Voldemort rosnou e esmagou a Profecia, deixando fragmentos de vidro rolando pelo chão, então desaparatou com Harry ainda em suas mãos.

Eles apareceram em uma vasta sala com um trono em uma extremidade e um piso de madeira polida. Voldemort largou Harry e andou pela sala, murmurando para si mesmo.

"Deveria saber... enganado... velho bode manipulador..."

Harry se levantou e correu até Voldemort. "O que é isso? Você vai me matar agora, sabe? Ele olhou seu destino diretamente nos olhos, sabendo que ele havia tentado. Ele poderia morrer sabendo disso, agora.

“Tudo que eu sei, Potter,” cuspiu Voldemort, “é que aquela chamada Profecia foi auto-realizável e nunca teria sido cumprida se eu não a tivesse ouvido!”

"O que? Mas não foi cumprido!”

“Não, mas será.” Voldemort agarrou o ombro de Harry. “Você está pronto para me derrotar com o poder do amor, Harry Potter, meu profetizado vencedor?”

"Eu tenho tentado fazer isso", disse Harry. "Certo!"

“Excelente,” murmurou Voldemort, a voz muito mais gentil do que momentos antes. Ele puxou Harry para ele e se inclinou, pressionando seus lábios nos de Harry.

"O que você está fazendo?" Harry engasgou no beijo.

"Diga-me que você não quer isso," Voldemort ronronou, a voz sedosa.

E Harry não podia. Ele sempre foi um péssimo mentiroso.

O poder dos abraços (oneshot)Onde histórias criam vida. Descubra agora