𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓭𝓮𝔃𝓮𝓷𝓸𝓿𝓮 ✔︎

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Gᴜsᴛᴀᴠᴏ Oɴ

Eu não desapareci, eu fugi porque não estava mais aguentando a pressão, mamãe morreu e papai também agora eu tenho que cuidar da minha irmãzinha porque sou irmão mais velho

- Você agora tem uma responsabilidade pra cuidar, não pode sair com seus amigos pra brincar

Era o que eles falavam, e eu ainda era uma criança. Eles queriam que eu fosse um irmão perfeito e que não mostrasse a minha dor e eu já estava cansado de tudo isso então eu fugi, sem direção, sem rumo só... fugi.

Eu sei que foi errado deixar a minha irmãzinha sozinha mas eu sabia que as pessoas da vila, a família Madrigal iriam cuidar bem dela, melhor do que eu.

Achei um lugar pra morar, era na floresta porque sabe, as montanhas de Encanto são muito altas. Tive que aprender a sobreviver, não tinha um dia que eu não pensava na sn, minha bbzinha.

Se passaram anos e tudo continou a mesma coisa, eu estava andando por ai tentando achar algo para comer quando eu escutei um choro alto vindo da parte leste. Me aproximei mais e quando eu vi era ela, minha irmãzinha, ta tão crescida e tão linda, me dei conta que era ela mesma e comecei a ficar preocupado. Por que ela estava chorando? Está machucada? O que será que aconteceu?

Me aproximei mais e parece que ela percebeu a minha presença mas ficou quieta, se fosse uma onça com fome já teria a matado. Fiquei em dúvida se eu ia ou não ia mas a saudade era tanta que eu fui. Ela olhou pra mim com aqueles olhos vermelhos e cansados, estava pálida, não parece mais a mesma criança que eu lembro que vivia abraçada nas minhas pernas. Ai veio aquela dúvida na minha cabeça: será que era ela mesmo?

G: Você... se chama S-sn Vargas?

Sn?: Q-quem quer saber?

Agora eu tenho certeza que é ela

G: V-você ta chorando?

S: N-não?

Enquanto ela falava isso desceu uma lágrima em seu rosto e minha preocupação aumentou

G: P-porque você tava-------

Fui interrompido

S: Olha eu não sei quem você é então... eu não preciso te falar nada da minha vida

Fiquei um pouco triste da minha própria irmã não me reconhecer

G: N-não sabe quem eu sou?

S: Deveria?

Só que ai me veio a cabeça que idade ela tinha quando eu fui embora, ela não se lembra com toda razão, ela era só uma criancinha

G: *risadinha sem humor* Não. Você era muito pequena. Quer dizer, mais nova

Fiz essa piadinha sem graça porque a minha bb não cresceu quase nada, continua pequena

Parece que ela desconfia que sou eu, só não quer acreditar

S: Peço que não zoe minha altura, já sofri muito com isso

Me lembro do bullying (sla como escreve) que ela sofria por ser pequena demais, quando ficou mais velha deve ter piorado

G: Eu lembro

S: Olha, vamo parar de enrolação, vai me sequestrar? Se for fazer algo comigo, não tente ser meu amigo só faz de uma vez

Fiquei indignado por ela achar que eu seria capaz de fazer algo com ela. Será que alguém já fez?

G: Eu nunca faria nada de mal pra minha irmãzinha

(Desculpa fazer vocês lerem esse diálogo dnv)

Sɴ ᴏɴ

Eu não acredito que ele é meu irmão, o Gustavo que ficou desaparecido por todos esses anos... está vivo? Senti várias lágrimas descerem sobre minha bochecha e vi que ele estava a mesma coisa. Ele estava se aproximando com os braços abertos para me dar um abraço mas eu impedi

S: Para

G: P-para? Por que? N-não sentiu falta do seu irmão?

S: É claro que eu senti, todos os dias. E onde você estava? POR QUE ME ABANDONOU? VOCÊ SABE O QUANTO EU SOFRI? EU FIQUEI SOZINHA POR ANOS SEM NINGUÉM E MINHA ÚNICA COMPANHIA FOI UM URSINHO DE PELÚCIA IDIOTA QUE VOCÊ ME DEU QUANDO PAPAI MORREU. POR QUE VOCÊ FOI EMBORA E ME DEIXOU?

Eu já estava chorando muito e soluçando também, não conseguia falar mais nada. Senti minhas pernas cambalerem e então cai de joelhos enquanto chorava sem parar sem me importar mais com nada

Gᴜsᴛᴀᴠᴏ ᴏɴ

Doeu... e doeu foi muito. Foi como se tivesse várias facas cravadas no meu coração. Essa confissão me fez pensar o quanto que eu fui um irmão ruim por fazer isso com ela. Não sabia que iria ser assim. Ver ela de joelhos soluçando de tanto chorar me fez chorar também e ficar pedindo desculpas. Não aguentei e me abaixei e a abracei e por incrível que pareça ela me abraçou também

 Não aguentei e me abaixei e a abracei e por incrível que pareça ela me abraçou também

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Eu ficava acariciando sua cabeça, o choro já passou agora só são ouvidos os soluços

G: Me desculpa irmãzinha, eu não sabia que você iria ficar tão abalada desse jeito

Ela levantou a cabeça e olhou pra mim

S: Tudo bem, se fez o que fez deve ter um motivo, mas pelo o que eu percebi você não foi embora porque me odiava

G: Nunca

Ficamos parados e então eu levei minha mão até sua buchecha e a acariciei e ela fechou os olhos aproveitando o carinho

S: Senti sua falta

G: Eu também senti minha pequeña

Nos abraçamos de novo só que dessa vez com vontade e muito amor envolvido

Nos abraçamos de novo só que dessa vez com vontade e muito amor envolvido

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Nᴏᴛᴀs ᴅᴀ Aᴜᴛᴏʀᴀ

Esᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴇsᴛᴇᴊᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀɴᴅᴏ ᴇ ɴᴀ̃ᴏ sᴇ ᴇsǫᴜᴇᴄ̧ᴀᴍ ᴅᴇ ᴠᴏᴛᴀʀ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴀʀ sᴏʙʀᴇ ᴏ ǫᴜᴇ ᴇsᴛᴀ̃ᴏ ᴀᴄʜᴀɴᴅᴏ

Aᴛᴇ́ ᴏ ᴘʀᴏ́xɪᴍᴏ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ

𝓡𝓮𝓿𝓲𝓼𝓪𝓭𝓸 ✔︎

O Segredo da Casa Misteriosa - Camilo Madrigal × Sn VargasOnde histórias criam vida. Descubra agora