Papai Helion

Capítulo 12 (Revisado)

AVISO: Este capítulo contém palavras de baixo calão e também menções de chicotadas.

{HISTÓRIA}

▪︎● Ainda sou um pai.

Helion segurava o fôlego, eram tantas chicotadas que ele pensava que seu filho provavelmente ficaria sem se mexer direito por algum tempo, mesmo que se curasse rapidamente.
A carne de Lucien agora estava exposta pelos cortes do maldito chicote.
Helion no momento estava pensando em como dilacerar cada uma das pessoas que estavam envolvidas.

Helion finalmente saiu do seu estado de choque e correu até o meio do salão, afastando o homem que chicoteava o seu filho do mesmo.
Pequenos pontos de luz começaram a aparecer na ponta de seus dedos, não era muito poder mas era algo.
Amaratha estava rindo atrás dele, mas todo mundo ali sabia que quem ousasse falar sobre Lucien no momento, morreria.

- Helion... protegendo o amiguinho de Tamlin?- A voz de Amarantha ecoou pelo salão e logo em seguida o barulho de seus saltos contra o piso.- Não me diga que Lucien já foi uma das suas vadias.

Rhysand arqueou as sobrancelhas em surpresa quando Helion se virou para a mulher ruiva, nos olhos do mais velho só dava para ver o brilho de irritação.
O sorriso que Helion abriu para Amarantha era totalmente bizarro e horroroso.

Mais rápido que o cérebro de qualquer um pudesse assimilar, ele já segurava o pescoço de Amarantha e a prendia contra a parede, os pés não tocando o chão.

Lucien gemeu quando conseguiu se levantar e ajeitar sua postura, ele queria impedir o seu pai de morrer mas estava com dor demais para isso.
Helion apertou mais o pescoço de Amaratha fazendo ela arfar.
Infelizmente ou Felizmente Lucien não conseguia andar, suas costas estavam doendo.
Helion sorriu ao aproximar seu rosto da mulher que segurava.

- Sua vadia, fale assim mais uma vez dele e eu garanto que não verá a luz do dia novamente , vou garantir isso com minhas próprias mãos... eu vou quebrar seus dedos e por fim o seu pescoço então, seja inteligente uma vez e cale-se.- É o que Helion fala entre dentes, a voz rouca e ameaçadora antes de soltar a mais nova sem cuidado algum. Amarantha cai no chão com uma das mãos massageando o pescoço.

Helion se dirigiu até o filho e o pegou no colo, como ele fazia quando Lucien era criança.
E saiu do salão, não permitiria que seu filho voltasse sozinho para a corte primaveril naquele estado, então levaria Lucien para seus aposentos naquele castelo sob a montanha, mesmo que repudiasse o lugar, Lucien precisava mesmo descansar.

Os aposentos de Helion não eram luxuosos como em sua corte, eram simples mas ele agradecia que pelo menos tinha uma cama para o filho deitar.
Colocou Lucien na superfície macia, virado de bruços, então começou a procurar por todo o seu quarto algo para curar Lucien. Achou um elixir ou algo do tipo, uma amiga havia lhe dado com a promessa de que aquele líquido curaria até a ferida mais profunda, ele não acreditava muito nisso, sabia que tinha enviado para aquele lugar só para caso de alguém realmente precisar.

Helion suspirou rezando para o Caldeirão que aquilo desse certo, abriu a pequena garrafa e colocou o gargalo na boca de Lucien que bebeu tudo sem argumentar ou perguntar.

- Você vai melhorar meu filho, eu prometo.- Helion sussurrou colocando a garrafa vazia no chão e se sentando ao lado de Lucien.

Já no salão do trono.... todos olhavam para Amarantha assustados, fazia anos que ninguém havia feito algo assim com ela, a desafiado, os únicos que tentaram estavam mortos.
Amarantha se levantou, seus cabelos rapidamente voltaram a ser um belo penteado, então ela se sentou mais uma vez em seu trono, uma lembrança de que ela tinha o poder de todos ali ou pelo menos era o que ela queria que todos pensassem.

- Vamos! Voltem a festa!- Ela grita, uma ordem que todos cumpriram de imediato.

Aramina estava em choque com tudo que havia acontecido bem na sua frente, seu filho chicoteado, também o amor da sua vida quase morreu e ainda poderia morrer.
Beron olhou para a mulher e saiu de perto dela, como se estivesse com nojo... coisa que Aramina já estava acostumada a aguentar, mas logo Eris apareceu e ofereceu sua mão para a sua mãe, que aceitou com um sorriso alegre.
Eris guiou a mulher mais velha até o meio do salão quando uma nova música começou, Aramina e o mais velho de seus filhos começaram a dançar a coreografia com perfeição, mas mesmo que a mais velha estivesse sorrindo, na sua cabeça só passava a imagem do seu Caçula sendo chicoteado.

Rhysand no momento parecia bem mais calmo, isso pq havia juntado algumas poucas forças e agora mandava uma mensagem pra Azriel, um pequeno "Estou bem" sem deixar rastros.
Ele achava que seus amigos mereciam saber que ele se encontrava bem e vivo naquele lugar, claro que ele sentia falta deles e de Velaris mas... não arriscaria tudo só para ir lá mais uma vez durante o reinado de Amarantha.
Ele estava como sempre no lado esquerdo do trono de Amarantha, dois passos atrás para ser exata, um pequeno lembrete que nem o mais forte dos grãos-senhores tinha conseguido vence-la ou era isso que Amarantha gostaria que todos acreditassem.

Amarantha sussurrou para Rhysand "Me espere em meus aposentos." E o homem apenas concordou com a cabeça.
Rhysand sabia o que todos pensavam dele, "Vadia" ou "covarde" e muitos outros Apelidos que ele não gostava muito de lembrar.

Afinal, que pensassem, não é? Rhysand era forte e colocava medo em todos ali, ele sabia que poderia acabar com todos com um simples estalar de dedos.

Rhysand fez uma reverência para Amarantha e saiu do salão, caminho calmamente com suas mãos nos bolsos de sua calça até os aposentos de Helion, ao chegar lá ele entra e fecha a porta.

- Meu amigo.- Ele fala se sentando ao lado de Helion, observando seu sobrinho dormir.

- Rhysand, não deveria estar aqui.- Helion relembra apertando com mais força a mão de seu filho.

- Somos família Helion, vou estar aqui para proteger Lucien assim como eu sei que você vai estar aqui para me proteger, saiba que isso não tem preço para mim.- E com as palavras de Rhysand, Helion começa a chorar como um bebê.

Rhysand ficou lá, consolando o amigo por um bom tempo até Helion dizer para ele ir antes que Amaratha começasse a procura-lo.
Com muita Relutância Rhysand saiu do quarto, pois Helion estava certo.

Helion se deitou ao lado do filho e adormeceu quando suas lágrimas acabaram.