𝐈. um

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– Eu vou te fazer tão, tão feliz.

Fecho os olhos, meus punhos cerrados.

Mas não é possível.

E se eu der um soco na cara dele?

Será que Jeon vai conseguir chegar a mim a tempo para me chutar novamente?

– Admito, fui um pouco rude com você. – diz – Mas tudo bem. – suas mãos sobem para o meu pescoço, seus dedos se enroscando mais ainda no meu cabelo, os dedões bem em cima da minha garganta. Ele vai me estrangular a qualquer momento – Nós vamos ser um casal feliz, e você vai me dar um herdeiro lindo.

Meu olhos se abrem imediatamente e eu bato a mãos em seu peito. Ele se afasta, levando alguns fios de cabelo meu nos dedos.

– Cala a boca! – esbravejo. O ar de repente foi tirado de mim e eu respirei fundo porque ele acionou um gatilho dentro de mim, que começou realmente a me desesperar.

Eu me peguei numa sala sozinha com três homens, depois de ter tido um inferno de noite. Um deles já me agrediu, e outro está tentando me forçar a casar com ele. Acabou de dizer que eu vou ter que dar um filho pra ele, o que eu claramente não vou fazer. E então só vai sobrar um jeito dele tirar isso de mim.

Eu nem quero pensar muito nisso, porque se não eu vou quebrar, e eu não posso, eu preciso voltar pra casa.

– Você tá ouvindo o que você tá falando? – gritei, histérica – Coloca na merda da sua cabeça. Eu não vou me casar com você! Eu prefiro... – olhei freneticamente ao redor, tentando pensar em uma coisa horrível, mas não tão horrível, porque sei que palavras tem peso e posso acabar atraindo – Prefiro ser chutada mil vezes pelo Jeon na barriga até cuspir sangue.

Respirei, ofegante. Acho que foi drástico o suficiente, acho que consegui transmitir de forma clara o meu desejo de não querer casar com ele.

– Você terminou?

Eu tive o suficiente.

Me lancei para frente e agarrei seu pescoço. Senti o impacto de seu corpo batendo contra a escrivaninha no meu e então eu comecei a apertar.

Eu nunca tinha tentado estrangular alguém antes, mas agora posso dizer que é horrível. Sentir o pulso de alguém batendo nas minhas mãos é uma das piores sensações do mundo.

Howard e Jeon se movem em nossa direção, mas o homem a minha frente acenou com a mão e eles pararam no lugar.

– Tira suas mãos de mim. – ele diz, os lábios mal se separando. Eu aperto com mais força, não o suficiente pra cortar o ar totalmente, eu não tenho coragem pra isso – Tira suas malditas mãos de cima de mim!

Ele agarra meus pulsos e com uma facilidade assustadora puxa minhas mãos do pescoço dele. Torcendo ambos meus pulsos para trás ele segura minhas mãos nas minha costas, o corpo pressionado no meu, nossos rostos muito próximos.

Meu coração acelera e quando penso em acertar a testa em seu nariz, minha cabeça é forçada para trás, ele está puxando meu cabelo.

Eu não consigo mais me mexer. Eu mal consigo respirar.

Tento me soltar, eu faço de tudo, mas o aperto dele é tão forte que dói.

Ele conseguiu me imobilizar tão facilmente que era patético.

– Me solta. – digo, e odeio que minha voz soe tão fraca.

– Acha que estou feliz com isso? Acha que gosto da ideia de passar o resto da minha com você? – ele diz, e seu tom de voz nessa proximidade em que estamos, eu admito que me assusta.

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⏰ Última atualização: Sep 08, 2023 ⏰

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