1- SOCORRO

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Nota inicial
Heey pessoas oque estão achando? Me contem.

POV- KATE

7:38 da manhã, e acho que me perdi no meu próprio pensamento, porque nem percebi que o motorista já havia parado em frente a minha casa. Pago a corrida e saio do carro, fico alguns segundos olhando para a entrada da minha casa, ainda tentando lembrar oque aconteceu ontem a noite. "Como eu fui parar naquele lugar?" A sorte é que conheço muito bem NY, então foi fácil me localizar. "Meu deus, eu podia ter sido sequestrada, como eu fui parar naquele lugar?" " O'Que eu vou dizer, quando entrar em casa?" " Que desculpa vou dar por ter sumido e passado a noite fora?" Nunca tinha feito isso antes, eu sou aquele tipo de pessoa que avisa onde vai, que horas volta, quando volta, e tá sempre mandando mensagem pra dizer que está bem. Não gosto de deixar as pessoas preocupadas. Pego as chaves dentro da minha bolsa e vou em direção a porta.

K- Droga, droga, droga- reclamo comigo mesma, abrindo a porta de entrada que dá diretamente na sala de estar, e a encontro em total silêncio. Acho que ninguém acordou ainda. Isso é bom, muito bom. Me encosto na porta fechando os olhos, e sinto que minha cabeça virou uma bomba relógio e pode explodir a qualquer momento. Preciso parar de tentar lembrar oque aconteceu na noite passada ou eu vou enlouquecer. E mais uma vez, me perdi em pensamentos, que nem notei que alguém havia chegado na sala. Apenas ouço um estrondo vindo de algum lugar.

K- Mas que merda- falo abrindo os olhos, colocando a mão no peito por conta do susto, e percebo que minha amada amiga havia batido um livro na mesa de centro de propósito. - Porque você ainda faz isso?- pergunto olhando de cara fechada para minha melhor amiga.

M- Porque é sempre divertido, isso nunca perde a graça.- Maya, respondeu fazendo sinal com as mãos, rindo da minha cara. Maya Lopez é minha melhor amiga desde o jardim de infância, ela é deficiente auditiva, e não tem uma perna do joelho pra baixo, mas usa uma prótese. Maya foi criada pelo pai, a mãe a deixou com o pai quando ela nasceu, após saber que ela era diferente, e infelizmente ele morreu quando ela tinha 17 anos. Eu insisti para que ela fosse morar comigo, mas ela dizia que não queria incomodar e preferia ter o cantinho dela. Mas eu sempre estava com ela, estava sempre indo visitá-la e fazendo companhia pra ela. 2 anos depois meus pais morreram, eu estava literalmente no fundo do poço, foi quando ela decidiu vir morar comigo, mesmo eu dizendo que não precisava, ela disse que eu precisaria de ajuda e muitos cuidados. Ela é uma neném.

K- Você ainda me pega por todos esses sustos.- Falei fazendo gestos com as mãos. Eu aprendi a língua dos sinais quando a conheci, ela ia me ensinando do seu jeito, mas pedi para que meus pais me colocassem em uma aula, pra aprender melhor e poder me comunicar bem com ela. E claro, também queria aprender um pouco sobre seu mundo.

MG- Você está muito encrencada mocinha.- Magie entra na sala com cara de poucos amigos. Ela foi minha babá desde que era um bebê, ela sempre trabalhou como doméstica para meus pais e agora faz o mesmo pra mim. Mas eu a considero como uma segunda mãe. E pode acreditar ela ainda me dá broncas quando é necessário, tipo agora.

K- Encrencada porque? Magie, eu já sou adulta.- Falo revezando o olhar entre ela e minha amiga, e percebo que Maya está segurando para não rir.

MG- Podia ter avisado.- Ela diz com uma expressão preocupada.

K- Tudo bem, me desculpe, não vai mais acontecer.- Digo me aproximando e dando um abraço nela, que faz uma careta.

MG- Pelo amor de Deus, Kate, você precisa de um banho urgente.- Diz tapando o nariz.

K- Oque?!Eu não estou fedendo.- Olho para Maya que está vermelha de tanto rir e faz sinal, dizendo que estou realmente fedendo. - As vezes acho que vocês me odeiam- falo revirando os olhos.

BACK TO LIFE ( KateLena)Onde histórias criam vida. Descubra agora