Era intrigante pensar que a qualquer hora eu poderia estar no mesmo lugar que meu avô estava agora.Haviam velado meu avô Madara a poucas horas atrás, enquanto várias pessoas choravam ao redor do seu túmulo, principalmente meu avô Hashirama, seu ômega parecia devastado.
"Imagino que seja realmente ruim perder o amado."
Concluí meu pensamento imaginando que Hashirama deveria estar sofrendo como um pobre condenado ao inferno naquele momento, afinal, o moreno era perdidamente apaixonado pelo velho Uchiha.
Não tive coragem o suficiente para derramar uma lágrima sequer, Madara era o tipo de avô que te dava presentes caros e contava histórias da sua época quando chegava a vir nos visitar, porém, nunca fora o que eu fui mais próximo, preferia mais Hashirama!
Durante o caminho de volta a minha casa eu acendi um baseado, meus olhos estavam focados demais no back para prestar atenção em qualquer outra coisa que fosse.
Quando me vi no corredor em frente a porta do meu apartamento senti meu estômago revirar, uma surpresa nada agradável me esperava ali.
Fugaku, meu pai se encontrava na porta da minha casa com uma mala. Eu jurava ter o olhado com uma vontade imensa dentro de mim de assassiná-lo.
-o que faz aqui?- perguntei ríspido, parei na frente da porta, ele me encarava com um olhar sóbrio, não parecia ter chorado nem um pouco com a morte do pai.
-preciso de um lugar, e infelizmente você é o mais próximo- ele tinha rancor na voz, o que aquele cretino que me odiava tanto queria na minha casa? Mamãe deve ter se cansado dele afinal das contas.
-você não é bem vindo aqui!- afirmei com convicção, eu não quero alguém que me odeia no teto que eu mesmo pago.
-eu vou ficar- ele parecia convicto em me fazer aceitar aquela palhaçada.
-quer ficar aqui? Ótimo, fique- ele me encarou como se esperasse aquela resposta -porém, quero que o quanto antes arrume um lugar pra ficar- não gosto num um pouco da presença dele aqui.
Não demorou que aquela cretino estivesse na minha casa, em um dos meus quartos e vivendo como se aquela casa fosse a dele, eu nem queria imaginar por que ele não saia pela manhã junto a mim para trabalhar, qual é, ele é delegado da polícia, não é como se fossem dispensar ele.
Evitei por toda aquela semana olhar na cara dele todo dia quando eu saia pela manhã, infelizmente não pude fazer o mesmo no sábado.
Eu dormi um pouco mais tarde naquele manhã, eu diria que até o horário do almoço, quando acordei a sujeira e bagunça pareciam ter reinado no cômodo, o moreno estava deitado no sofá assistindo o jogo de rocky do gelo na tv e a mesa estava cheia de lixo, tanto de comida esfarelada quanto de cerveja derramada.
Encarei o moreno com raiva -como tem coragem de estar na casa dos outros e fazer uma bagunça como essa?- seus olhos despreocupados pousaram sobre mim -eu arrumo depois- sua voz parecia de quem não dormia por bebida a dois dias.
-eu quero minha casa em ordem hoje, eu pretendo receber visitas e não gosto...- ele se ergueu, não deixando que eu terminasse a frase que estava proferindo -não importo, se eu disse que vou arrumar essa merda que você chama de casa... EU VOU- se aproximou de mim, ficando cara a cara -não aceito isso aqui, não aceito bebidas de nem um tipo- eu tinha parado com elas a sete meses, estava jurando pra mim mesmo não ter uma recaída.
-olha Sasuke, eu só estou aqui por falta de opção- olhei raivoso para a figura na minha frente -ENTÃO VAI EMBORA CACETE- Me alterei -não quer ficar aqui, não fique, mas não dite regras que você não entende- um tapa, senti um tapa ser dado no meu rosto fazendo eu cair de primeira, sua presença raivosa se expandiu no ar e eu tive que me conter no chão.
-eu não quero saber, eu tive que te aturar dezessete anos na minha casa, o que são alguns dias- ele saiu do meu campo de visão, apenas me deixando ali, não foi como se aquela fosse a primeira vez que ele fizesse aquilo.
Levantei e mesmo com dificuldade fui ao meu banheiro, me olhei no espelho a frente da pia, estava inchado só que dava para esconder, era melhor sair dali, quando ele está bêbado, me assusta.
Me vesti de qualquer jeito, e devagar eu sai de casa trancando a porta ao sair, eu estava a sete meses sem beber ou usar cocaína, eu podia dar uma deslizada, né? É!
Andar pelas ruas das cidade de Nova York não era tão ruim quanto parecia, ver os homens em bares bebendo, alfas e ômegas junto a crianças passeando como uma linda família, e nos becos os drogados usando o que melhor sabiam, eu até uso ou usava, mais apenas pra descontrair.
Fiquei sentado naquele mesa de bar pela tarde toda, bebendo copos e copos de whisky e vodka, e quando eu sai dali sem dinheiro algum eu fui fazer dívida, ou seja, fui comprar cocaína sem dinheiro.
Naquele beco o homem me encarava como quem duvidasse -você não vem aqui a sete meses Sasuke... Por que quer isso agora?- não gostava de perguntas desnecessárias -eu só quero!- digo rápido -ótimo, porém, caso não pague até quarta, você sabe como vai me pagar, né?- sua mão estava no meu maxilar apertando o local, cara nojento.
-eu já sei, ok?- bati em sua mão a forçando cair pro lado oposto -ótimo, agora... Toma aí- ele me entregou um pino pequeno da farinha branca, a escondi rápido na roupa e sai dali sem olhar para trás.
E assim o fiz, eu ainda estava bêbado, e tinha certeza que minha recaída da coca ia ser ruim, eu estava mesmo sendo miserável a esse ponto, eu tinha parado, eu tinha prometido para minha mãe... Mesmo assim, não pude cumprir.
Eu comecei o psicólogo a três semanas, porém, ao menos deu para pagar a segunda consulta, minhas crises estavam voltando e com aquele merda em minha casa ao menos dava para tentar... Aqui na rua ele não pode fazer nada, não é? aqui ele não pode, ele... Não demorei com meu pensamento, quando o carro estava para passar por mim eu pulei em sua frente, senti a dor no meu braço esquerdo e ser arremessado no chão com força, o impacto na minha cabeça fez eu desmaiar, entre tanto, antes disso vi um homem de terno descer do carro, parecia desesperado e nisso, eu apaguei.
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Aquele dia tinha tudo para ser perfeito, exceto pelo fato de que eu tinha acabado de atropelar alguém.
Hinata e Shikamaru haviam me levado para um dia de bebedeira na minha boate após a vitória contra aquela pequena gangue, eles beberam até demais, porém eu tive que os levar para casa, quando estava voltando meio distraído para meu lar, tive que lidar com um homem que se jogou na frente do meu carro.
Quando sai ele não estava tão machucado, pelo cheiro, ômega!
Tive que notar que perto dele tinha um pino, o ômega gosta de cheirar cocaína afinal.
"Merda.."
O peguei nos braços e levei ao Banco de trás do meu carro, dirigi até um hotel qualquer, mandei que o dessem banho e cuidassem do ferimento, fizeram rápido e ali mesmo na poltrona eu fiquei, tinha que esperar um suicida acordar, ótimo dia Naruto!
-Sasuke Uchiha...conheço esse sobrenome- disse baixo a mim mesmo olhando a identidade do ômega, ele é até bonito. Deixei aquilo de lado e me sentei confortavelmente ainda bebendo meu Champanhe.
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𝘗𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘐𝘭𝘦𝘨𝘢𝘭 𝘋𝘦 𝘈𝘳𝘮𝘢𝘴
FanficSabe por que você gosta tanto de mim?- ele negou com a cabeça -eu te dou o que nenhum deles te deram!- ele me puxou para beijo, um que era necessitado, um que ele parecia me querer mais que tudo e sim, ele me queria assim como eu também, olhando ago...