Chapter Two
São 6h30 da manhã quando Brahms acorda, mas permanece na cama, decidindo se levanta agora ou não. Depois do que aconteceu ontem, será que ela vai me acordar no horário da regra? Será que ela sequer virá me acordar alguma hora? Seu coração se aperta com a possibilidade de ser deixado de lado pela babá, mesmo que ele saiba que precisa ter compreensão.
Demora alguns minutos até que ele finalmente decida levantar da cama, sentando-se e esticando os braços para cima de modo a espreguiçar-se. Será que aqueles dois ainda estão aqui? Lembrando-se do policial e da amiga de Greta, seu aperto no coração parece aliviar-se um pouco, já que recorda da noite passada. Ela não parece alguém ruim, é até engraçada. Não me incomodo que ficasse aqui por mais tempo. Ele levanta e deixa um bocejo escapar de seus lábios. Seria bom andar pela casa e ver se eles ainda estão aqui, principalmente aquele cara... Malcolm. Não gosto que ele fique andando como bem quer pela minha casa. Com isso em mente, o rapaz esquece completamente o fato de precisar comer e fazer suas necessidades matinais, começando a esgueirar-se pelas passagens para encontrar as três pessoas.
O primeiro que ele encontra é Malcolm, este que felizmente está em um quarto separado de Greta, sendo também de hospedes. Pela sua cara amassada no travesseiro, Brahms consegue ver de longe que provavelmente ele deva estar em seu décimo terceiro sono e, com isso, não apresenta tanta "ameaça".
Meio a contragosto em deixar o homem ali, ele retorna a esgueirar-se pelas passagens dentro das paredes, seu alvo de busca agora sendo o policial que (Seu Nome) chamou para ajudar. Ele procura em todos os lugares, mas nenhum sinal do policial e, ao invés dele, Brahms acaba deparando-se com (Seu Nome), que está sentada em uma das cadeiras da mesa da cozinha, tomando o que parece ser água enquanto olha pela janela a frente com um olhar pensativo. Ela passou a noite toda acordada de verdade? Mesmo que ela tenha feito tal coisa, sua feição não demonstra cansaço e sequer há olheiras abaixo de seus olhos. Nenhum sinal aparente. Provavelmente está acostumada a passar noites em claro? Sua atenção permanece na jovem, esquecendo de que não conseguiu encontrar Zeke.
Não demora muito para que a jovem venha a franzir o cenho em uma expressão desconfiada, começando a olhar para todos os cantos da cozinha procurando por algo. De novo a sensação de que estou sendo observada. Sei que aquele boneco não é legal, mas não tem mais ninguém aqui comigo e se tivesse eu já teria encontrado. Então por que essa sensação voltou? Pensa ao terminar de vasculhar o local com o olhar. Já Brahms leva novamente um pequeno susto ao ver ela procurando por alguém. Ela não consegue me ver, mas ainda sim parece que sente que estou a observando. Como isso é possível? Seu pensamento é interrompido pela figura masculina que adentra a cozinha.
- Bom dia, Tampinha.
Zeke a cumprimenta com um sorriso no rosto, deixando um singelo beijo em sua bochecha e caminhando até onde os copos estão, pegando água e sentando-se de frente para a mais baixa.
- Bom dia, Zeke. - Devolve o sorriso, rindo do desespero do outro ao beber a água que acabara de pegar.
- A noite foi mais tranquila do que eu estava esperando.
- Digo o mesmo. Nenhum sinal do imbecil e nem encontramos nada suspeito.
- Sim, mas isso não significa que ele não pode querer dar as caras hoje ou um dia desses. - Responde sério, colocando o copo em cima da mesa - A sorte é que as buscas irão ser retomadas hoje e irão encontrar ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Super Psycho Love - Brahms X Leitora
RomanceNa noite em que seu ex aparece repentinamente e parece colocar tudo a perder, alguém aparece para ajudar a nova babá dos Heelshire: sua amiga (Seu Nome), que não via há algum tempo. Depois desse reencontro, talvez o destino tome um novo rumo não...