Capítulo 47

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-Você a chamou para sair? - Toni disse recebendo novamente a confirmação da filha. Não entendia o que havia acontecido para Taylor ter a negado. - Com todas as letras? Não foi uma indireta que ela não entendeu? - Perguntou ainda relutante.

Depois de sua filha lhe contar que ela ficava todos os dias a vendo jogar, imaginava que estivesse interessada nela.

-Sim, mama. - Disse triste. - Eu, finalmente, tive oportunidade e coragem para chamá-la.

-Entendi. Ela, mesmo assim, virá aqui hoje? - Toni perguntou incerta.

-Sim. - Disse sorrindo. - Vamos treinar juntas.

-Que bom, meu amor. - Cheryl disse tentando alegrar a filha. - Vamos preparar algumas coisas para comerem. - Disse olhando para Toni.

-Eu ouvi tacos? - A morena perguntou sorrindo com o lábio entre os dentes.

-Tay deve gostar, sua família é latina. - Disse com um sorriso.

-Case-se com ela então. - Cheryl disse brincalhona se aproximando de Toni para sussurrar em seu ouvido. - Los latinos son los mejores.

-Nossa, isso foi bem excitante. - Toni disse próximo ao ouvido da mais velha. Olhou rapidamente para filha para constatar que ela não estava olhando para sua interação com a esposa, seus olhos estavam fixos no celular enquanto seus dedos escorregavam lentamente pelo teclado. - Acho que devemos subir enquanto elas estiverem treinando.

-Mas e os tacos? - Cheryl disse apertando a cintura da morena e recebendo um gemido manhoso em seu ouvido.

-Vai dar tempo. - Disse sorrindo de lado virando-se para filha que ainda olhava compenetrada para seu celular. Todo formato de seu rosto e os traços eram parecidos com os de Toni, mas a cor de seus olhos e as expressões de indecisão eram idênticas as de Cheryl. - O que foi, meu amor?

-E...eu devia mandar mensagem para ela, perguntando-lhe se devo ir buscá-la agora ou seria pressionar demais? - Perguntou insegura, após apagar e digitar novamente algumas vezes.

-Que horas vocês marcaram? - Cheryl perguntou abraçando Toni por trás para lhe instigar mais ainda, pressionando sua semi-ereção na bunda da morena.

-Disse que lhe buscaria em meia hora. - Respondeu alheia a interação das mães. - Mas eu já estou pronta e talvez ela já esteja também.

Cheryl mordeu o lábio inferior ao ver o quanto sua filha tinha o jeito parecido com o dela. Talvez a personalidade de Murilo fosse mais semelhante a Toni.

-Vá, meu amor. E lhe pergunte se ela tem costume de comer tacos. Esperaremos sua resposta para começarmos. - Toni disse empinando de forma imperceptível para indicar a Cheryl o que estava planejando na ausência da filha.

-E se eu mesma preparar algo para lancharmos no final do dia? Talvez ela se sinta constrangida com a família inteira reunida.

-Boa ideia, meu amor. - Toni disse feliz por ter a tarde inteira livre com sua esposa. - Nos chame caso precise de algo. Ficaremos no nosso quarto.

-Vocês poderiam descer em algum momento? Só para ela não imaginar que a chamei com segundas intenções, enquanto eu estava só em casa.

-Certo, meu amor. - Toni disse orgulhosa de sua filha. - Agora, vá lhe buscar. Dirija devagar e lhe mande mensagem quando chegar em sua casa. Se ela falar algo sobre o quão cedo chegou, fale que havia saído para resolver umas coisas na rua e aproveitou que estava fora para passar lá.

Luna concordou com um sorriso e saiu. Colocou uma música lenta para tocar e andou vagarosamente com o carro. Mesmo com toda lentidão, em 5 minutos chegou na casa de Taylor. Elas moravam muito perto uma da outra e o bairro era calma e com pouco ou quase nenhum trânsito.

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